Réus do caso Aranha são liberados para frequentar estádios de futebol

Medida faz parte de acordo feito pelas partes com a Justiça para suspensão de ação penal. Ato de racismo foi relatado por goleiro em agosto de 2014, pela Copa do Brasil


Fonte: Globo Esporte

Réus do caso Aranha são liberados para frequentar estádios de futebol
Goleiro Aranha relatou prática de racismo por torcedora em Grêmio x Santos (Foto: Roberto Vinicius/ELEVEN/Agência Estado)

Os quatro réus do caso de racismo envolvendo o goleiro Aranha, em agosto de 2014, na Arena, já podem voltar a frequentar estádios de futebol de acordo com despacho do titular do Juizado do Torcedor de Porto Alegre, Marco Aurélio Martins Xavier. Conforme nota publicada no site do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, foi encerrada a primeira fase do cumprimento da Suspensão Condicional do Processo, que tem dois anos de duração.

Com isso, Patrícia Moreira, Eder Braga, Fernando Ascal e Rodrigo Rychter não precisarão mais se apresentar a Delegacias de Polícia em dias de partidas do Grêmio. Eles ficam liberados para entrar na Arena, contudo, deverão cumprir outras exigências, como apresentar-se à Justiça a cada três meses e "não se afastarem da comarca em que residem por longos períodos".

A medida alternativa interrompe a ação penal movida contra os quatro torcedores, mas pode ser revogada ou ter novas penalidades à medida que os algum dos réus não cumpra com as obrigações acordadas com a Justiça.

Patrícia Moreira foi flagrada cantando "macaco", na partida vencida pelo Santos diante do Grêmio por 2 a 0, em 28 de agosto de 2014, pelas oitavas de final da Copa do Brasil, na Arena. Na ocasião, Aranha reclamou com o árbitro Wilton Pereira Sampaio, alegando ter sido vítima de xingamentos por parte da torcida.

Além de Patrícia, outros três torcedores foram acusados pelo caso na Arena. No total, sete pessoas foram identificadas cometendo supostas injúrias contra o goleiro do Santos. Os quatro aceitaram em novembro de 2014 a proposta de suspensão condicional do processo.

Além de Patrícia, foram acusados Eder Braga, Fernando Ascal e Rodrigo Rychter. Os quatros acusados teriam que se apresentar a uma delegacia a ser determinada uma hora antes de cada jogo oficial do Grêmio – seja em casa ou fora –, com saída uma hora depois, durante dez meses.

Na esfera esportiva, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) eliminou o clube da competição por conta do ato de torcedores. Os auditores votaram contra a exclusão e decidiram punir os gaúchos com a perda de pontos, o que acarretou na eliminação da equipe, já que esta havia perdido a partida de ida para o Santos por 2 a 0, pelas oitavas.

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