Dentro de dois dias, o Grêmio voltará a viver a sensação de quinze anos atrás, quando subiu no gramado do Morumbi para disputar a grande decisão da Copa do Brasil de 2001 contra o Corinthians. Desta vez, poderá decidir em casa, testemunhado certamente por mais de 50 mil gremistas na Arena, que prometem ficar sem voz para empurrar o time em busca de uma vitória sobre o Atlético-MG na quarta-feira.
Neste artigo, o Torcedores.com propõe um desafio ao apaixonado gremista e quer saber: qual time era melhor, o de 2001 ou o de 2016?
Na casamata
A primeira grande diferença entre as duas equipes está na casamata. Há 15 anos, Tite dava os seus primeiros passos como treinador de ponta e desde lá mostrava seu apego à parte tática e à estratégia de jogo. Renato Gaúcho, comandante atual, gosta de passar confiança ao elenco através do seu perfil motivador, sem grandes invenções ou inovações no que diz respeito ao sistema de jogo.
Tite, lá atrás, teve a oportunidade de iniciar a temporada no Grêmio e já havia ganho o Gauchão de 2001 antes de decidir a Copa do Brasil contra o Corinthians. Participou da montagem do grupo e, diferentemente de Renato, em 2016, não herdou um reconhecido legado do seu antecessor. Atualmente, o próprio Renato admite a importância de Roger Machado dentro da boa fase que o Grêmio vive.
“Sou muito amigo do Roger, ele fez um trabalho maravilhoso. Você quando é inteligente, procura tirar o máximo do grupo e do que vinha sendo feito. Ele valorizava muito a posse e o que eu consegui incrementar é que não levamos muitos gols. Com bola parada ou rolando. Temos uma pegada muito forte, eu mudei neste aspecto também”, avaliou Renato ainda no início de novembro.
Na sua vitoriosa carreira, Tite, atual técnico da seleção, guarda com carinho o título conquistado com o Grêmio no Morumbi. Para ele, o grande diferencial daquela equipe, que jogava no 3-5-2, era a mobilidade do setor de meio campo. “Era um time que tinha rodinha no pé”, brincou.
“A expectativa do título era muito grande. O empate no estádio Olímpico, em que saímos perdendo por 2×0, nos deu muita confiança para jogar em São Paulo. E a qualidade técnica da nossa equipe era muito grande. Com uma virtude: ela tinha transições defensivas, era muito móvel, muito rápido. Praticamente não tinha zagueiros. Era o Marinho, jogador de muita velocidade”, disse Tite em sua biografia escrita pela jornalista Camila Mattoso.
“E tinha o Zinho, que fazia a cadência. O restante, Marcelinho Paraíba, camisa 9, o Luís Mário, que fazia a beirada, Tinga no meio… nós fazíamos pressão alta, utilizando o 3-6-1 o tempo todo, porque era um time móvel. Então pressionava lá dentro. Foi o time mais leve que treinei em termos criativos, com maior transição. Aquele Grêmio tinha rodinha no pé”, acrescentou.
Dentro de campo
Na comparação entre os times, a primeira grande semelhança está no gol. Em 2001, Danrlei guardava as traves gremistas e já naquela altura era um ídolo pela coleção de títulos na década de 90 e por também ser oriundo das categorias de base. É a mesma trajetória do atual titular Marcelo Grohe, criado no Olímpico e que só agora terá a oportunidade de vencer o seu primeiro título pelo Grêmio.
Já na composição da defesa, uma diferença significativa. O Grêmio de 2001 trabalhava com três zagueiros. Tomando como base o time que jogou a partida final contra o Corinthians, no Morumbi, Tite escalou a linha de três com Marinho, Mauro Galvão e Roger Machado. Renato não chega a ser avesso ao sistema, que tanto utilizou no vice-campeonato brasileiro de 2013, mas tem trabalhado com apenas dois zagueiros: Pedro Geromel e Walter Kannemann. A consistência da defesa de 2016 está traduzida nos números: pela Copa do Brasil, em 7 jogos, foram apenas quatro gols sofridos.
No meio campo, a diferença é de concepção de jogo. Até pelas mudanças que o futebol passou em mais de uma década, os volantes de hoje em dia participam mais da partida e têm mais liberdade para avançar sobre o campo adversário. Nesta perspectiva, Walace e Maicon “jogam” mais que Anderson Polga e Tinga, titulares no Morumbi em 2001. Enquanto os primeiros dão posse de bola e criação à equipe, os segundos davam poder de marcação e mobilidade. Como coincidência, a presença dos camisas 10: Zinho, em 2001, e Douglas, em 2016.
No ataque, novas semelhanças. Nenhum dos “Grêmios” usava um homem fixo de área. Há 15 anos, Marcelinho Paraíba era o homem mais avançado, enquanto Luan cumpre a tarefa nos dias atuais.
Relembre os dois times-base:
Grêmio 2001: Danrlei; Marinho, Mauro Galvão, Roger; Anderson Lima, Anderson Polga, Tinga, Zinho, Rubens Cardoso; Luís Mário e Marcelinho Paraíba. Técnico: Tite.
Grêmio 2016: Marcelo Grohe; Edílson, Pedro Geromel, Kannemann, Marcelo Oliveira; Walace, Maicon, Ramiro, Douglas, Pedro Rocha; Luan.
E aí, gremista, com qual dos dois times você fica?
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Na casamata
A primeira grande diferença entre as duas equipes está na casamata. Há 15 anos, Tite dava os seus primeiros passos como treinador de ponta e desde lá mostrava seu apego à parte tática e à estratégia de jogo. Renato Gaúcho, comandante atual, gosta de passar confiança ao elenco através do seu perfil motivador, sem grandes invenções ou inovações no que diz respeito ao sistema de jogo.
Tite, lá atrás, teve a oportunidade de iniciar a temporada no Grêmio e já havia ganho o Gauchão de 2001 antes de decidir a Copa do Brasil contra o Corinthians. Participou da montagem do grupo e, diferentemente de Renato, em 2016, não herdou um reconhecido legado do seu antecessor. Atualmente, o próprio Renato admite a importância de Roger Machado dentro da boa fase que o Grêmio vive.
“Sou muito amigo do Roger, ele fez um trabalho maravilhoso. Você quando é inteligente, procura tirar o máximo do grupo e do que vinha sendo feito. Ele valorizava muito a posse e o que eu consegui incrementar é que não levamos muitos gols. Com bola parada ou rolando. Temos uma pegada muito forte, eu mudei neste aspecto também”, avaliou Renato ainda no início de novembro.
Na sua vitoriosa carreira, Tite, atual técnico da seleção, guarda com carinho o título conquistado com o Grêmio no Morumbi. Para ele, o grande diferencial daquela equipe, que jogava no 3-5-2, era a mobilidade do setor de meio campo. “Era um time que tinha rodinha no pé”, brincou.
“A expectativa do título era muito grande. O empate no estádio Olímpico, em que saímos perdendo por 2×0, nos deu muita confiança para jogar em São Paulo. E a qualidade técnica da nossa equipe era muito grande. Com uma virtude: ela tinha transições defensivas, era muito móvel, muito rápido. Praticamente não tinha zagueiros. Era o Marinho, jogador de muita velocidade”, disse Tite em sua biografia escrita pela jornalista Camila Mattoso.
“E tinha o Zinho, que fazia a cadência. O restante, Marcelinho Paraíba, camisa 9, o Luís Mário, que fazia a beirada, Tinga no meio… nós fazíamos pressão alta, utilizando o 3-6-1 o tempo todo, porque era um time móvel. Então pressionava lá dentro. Foi o time mais leve que treinei em termos criativos, com maior transição. Aquele Grêmio tinha rodinha no pé”, acrescentou.
Dentro de campo
Na comparação entre os times, a primeira grande semelhança está no gol. Em 2001, Danrlei guardava as traves gremistas e já naquela altura era um ídolo pela coleção de títulos na década de 90 e por também ser oriundo das categorias de base. É a mesma trajetória do atual titular Marcelo Grohe, criado no Olímpico e que só agora terá a oportunidade de vencer o seu primeiro título pelo Grêmio.
Já na composição da defesa, uma diferença significativa. O Grêmio de 2001 trabalhava com três zagueiros. Tomando como base o time que jogou a partida final contra o Corinthians, no Morumbi, Tite escalou a linha de três com Marinho, Mauro Galvão e Roger Machado. Renato não chega a ser avesso ao sistema, que tanto utilizou no vice-campeonato brasileiro de 2013, mas tem trabalhado com apenas dois zagueiros: Pedro Geromel e Walter Kannemann. A consistência da defesa de 2016 está traduzida nos números: pela Copa do Brasil, em 7 jogos, foram apenas quatro gols sofridos.
No meio campo, a diferença é de concepção de jogo. Até pelas mudanças que o futebol passou em mais de uma década, os volantes de hoje em dia participam mais da partida e têm mais liberdade para avançar sobre o campo adversário. Nesta perspectiva, Walace e Maicon “jogam” mais que Anderson Polga e Tinga, titulares no Morumbi em 2001. Enquanto os primeiros dão posse de bola e criação à equipe, os segundos davam poder de marcação e mobilidade. Como coincidência, a presença dos camisas 10: Zinho, em 2001, e Douglas, em 2016.
No ataque, novas semelhanças. Nenhum dos “Grêmios” usava um homem fixo de área. Há 15 anos, Marcelinho Paraíba era o homem mais avançado, enquanto Luan cumpre a tarefa nos dias atuais.
Relembre os dois times-base:
Grêmio 2001: Danrlei; Marinho, Mauro Galvão, Roger; Anderson Lima, Anderson Polga, Tinga, Zinho, Rubens Cardoso; Luís Mário e Marcelinho Paraíba. Técnico: Tite.
Grêmio 2016: Marcelo Grohe; Edílson, Pedro Geromel, Kannemann, Marcelo Oliveira; Walace, Maicon, Ramiro, Douglas, Pedro Rocha; Luan.
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