Eu havia cogitado a hipótese de, simplesmente, me omitir desse assunto. Entretanto, muitas pessoas pediram minha opinião sobre as imagens que surgiram de torcedores colorados proferindo insultos racistas ao Fabrício, inclusive chamando-o de macaco. Bem, devo dizer que provavelmente não expressarei o sentimento da maioria neste texto, mesmo assim, convido vocês a continuarem a leitura e fazerem uma reflexão.
Não posso achar que uma eventual punição ao rival é plausível dessa vez, simplesmente porque a decisão proferida outrora ao Grêmio foi uma total aberração da justiça desportiva brasileira. Da mesma forma que me posicionei no caso Patrícia, no ano passado, me posiciono agora: eu não acho que devam punir os colorados.
Naquela vez, escrevi que um clube não deve ser responsabilizado pelos atos racistas de torcedores quando estes forem identificados, pelo fato que uma instituição não tem como prever insultos proferidos por sua torcida. Logo, um clube não pode ser punido por tal conduta porque ela foge do seu poder de impedir tal ato. É inaceitável que a “pena” respingue em quem não tem nada a ver com isso. E mesmo que hoje quem esteja vivenciando essa triste história seja justamente o nosso rival, não há como aceitar que tal injustiça aconteça de novo. Seria incoerência minha desejar isso.
É compreensível que a maioria não concorde com estas palavras, afinal, a decisão do STJD em excluir o Grêmio de uma competição não promoveu a sensação de justiça nos torcedores, pelo contrário, instigou a revolta perante uma punição descabida. O sentimento que trazemos conosco, agora, não é de justiça, mas de vingança. Aquela vontade de ver outro sentir na pele o que sentimos àquela vez; de ver alguém sofrer as consequências daquele precedente absurdo ter sido aberto. Eu compreendo quem sente isso, mas essa não é a solução para acabar com o racismo no futebol, nem para sanar essa ferida que ainda está aberta. A única coisa que a repetição da punição dada ao Grêmio poderá promover é a disseminação do ódio e do sentimento de vingança.
O que aconteceu com Fabrício comprova que o racismo não se restringe a uma torcida, é uma mazela social. Pode acontecer com o meu time, com o teu time, porque essa problemática está inserida na sociedade como um todo. Deve ser combatida com ações sociais e não usando um clube, uma massa de torcedores, como exemplo.
E por mais que identifiquem o infrator, também não vou querer que aconteça com ele o que fizeram com Patrícia: uma verdadeira caça às bruxas. Que essa pessoa responda perante o poder judiciário, com toda a dignidade para se defender, de modo que não haja espaço para “justiça com as próprias mãos”.
Entretanto, o que eu gostaria de ver é a mesma revolta quanto ao racismo nos dois casos; que existisse a mesma motivação em investigar, em identificar infratores, em puni-los. Queria ver a mesma indignação das pessoas, a mesma vontade de se fazer justiça...
Ah, se isso estivesse acontecendo! Que passo largo nossa humanidade teria dado. Teria finalmente colocado o humanismo na frente da cor da camiseta e percebido que é com a união de forças que se vencerá o racismo, ao invés da segregação de uma torcida.
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É compreensível que a maioria não concorde com estas palavras, afinal, a decisão do STJD em excluir o Grêmio de uma competição não promoveu a sensação de justiça nos torcedores, pelo contrário, instigou a revolta perante uma punição descabida. O sentimento que trazemos conosco, agora, não é de justiça, mas de vingança. Aquela vontade de ver outro sentir na pele o que sentimos àquela vez; de ver alguém sofrer as consequências daquele precedente absurdo ter sido aberto. Eu compreendo quem sente isso, mas essa não é a solução para acabar com o racismo no futebol, nem para sanar essa ferida que ainda está aberta. A única coisa que a repetição da punição dada ao Grêmio poderá promover é a disseminação do ódio e do sentimento de vingança.
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E por mais que identifiquem o infrator, também não vou querer que aconteça com ele o que fizeram com Patrícia: uma verdadeira caça às bruxas. Que essa pessoa responda perante o poder judiciário, com toda a dignidade para se defender, de modo que não haja espaço para “justiça com as próprias mãos”.
Entretanto, o que eu gostaria de ver é a mesma revolta quanto ao racismo nos dois casos; que existisse a mesma motivação em investigar, em identificar infratores, em puni-los. Queria ver a mesma indignação das pessoas, a mesma vontade de se fazer justiça...
Ah, se isso estivesse acontecendo! Que passo largo nossa humanidade teria dado. Teria finalmente colocado o humanismo na frente da cor da camiseta e percebido que é com a união de forças que se vencerá o racismo, ao invés da segregação de uma torcida.
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