Grêmio minimiza dívida com Arena e vê déficit de R$ 31 mi como "normal"

Estádio gerou débito de R$ 9 milhões, mas que não preocupa por acordo com OAS


Fonte: globoesporte.com

Grêmio minimiza dívida com Arena e vê déficit de R$ 31 mi como normal
Romildo Bolzan Júnior busca equilíbrio (Foto: Lucas Rizzatti/GloboEsporte.com)

O Grêmio apresentou o demonstrativo fiscal do último ano da gestão de Fábio Koff no Conselho Deliberativo, na noite de segunda-feira. Os conselheiros gremistas tomaram conhecimento de um déficit de R$ 31,6 milhões em 2014, número considerado normal pelo atual presidente Romildo Bolzan Júnior, que está em cruzada contra os gastos irresponsáveis no clube. A operação da Arena terminou com prejuízo de R$ 40 milhões - destes, por contrato, R$ 9 milhões ficam com o clube, algo que pouco influencia no contexto, segundo o mandatário.

Na avaliação do presidente, o déficit está dentro do padrão comum do futebol brasileiro e condiz com a necessidade de investimento para a disputa da Libertadores, que ocorreu no ano passado. Romildo fazia parte da gestão do presidente Fábio Koff como um dos integrantes do Conselho de Administração.

- O balanço era uma situação que desde o ano passado já sabíamos que seria assim. O que buscamos mais na frente é minimizar o desequilíbrio. Já sabíamos que isso ocorreria no ano passado e está dentro de uma normalidade no contexto de disputa de Libertadores que havia em 2014. Já tínhamos conhecimento - destacou Romildo ao GloboEsporte.com.

O Tricolor arrecadou em 2014 cerca de R$ 38 milhões em negociações de jogadores. Alex Telles e Wendell foram as principais vendas do ano, além da comercialização dos direitos de Ramiro e Bressan. Negócios feitos para criar receitas e pagar contas. Grande parte do prejuízo do clube são por juros de adiantamentos de receitas. Que trazem junto uma conta a pagar. Em 2014, o Tricolor deixou de pagar impostos, por conta de uma renegociação que viria com o governo federal, assinada dia 19 pela presidente Dilma Rousseff.

O clube também assumiu 50% do prejuízo da Arena Porto Alegrense, como previsto no contrato com a OAS, dentro de um limite de até R$ 9 milhões. O outro montante de um total de cerca de R$ 40 milhões, segundo apurou o GloboEsporte.com, fica para a empreiteira. Mas a participação no prejuízo da Arena que entrou no balanço do clube não é efetivamente paga, não sai do caixa. É apenas contabilizada. Até porque pode não existir em breve, pela negociação de compra da gestão do estádio. E, se não forem pagos até o final dos 20 anos da parceria com a OAS, podem não ser efetivamente quitados. No ano, o Grêmio pagou R$ 15 milhões da sessão onerosa, para os sócios ocuparem a Arena com a manutenção de seus direitos. E aumentou para perto dos R$ 50 milhões sua arrecadação com o quatro social.

- Esses R$ 9 milhões não impactam em nada. Podem ser extintos no futuro, não são o problema atual. Não há como quantificar cada situação no déficit, o que se precisa é basicamente equilibrar o que se gasta e o que se arrecada. O Grêmio tem uma estrutura muito antiga e que tem despesas. O que estamos procurando fazer é diminuir isso - completou o presidente gremista.

O mandatário tricolor estuda ainda a colocação de um Planejamento Estratégico para os próximos anos a ser cumprido pelo clube, independente de quem estiver no comando. No entanto, a situação só tomaria corpo se o avanço na gestão de Romildo não fosse o esperado, na direção do equilíbrio financeiro que a atual diretoria busca. Até o momento, o presidente diz ter pago mais de R$ 30 milhões em dívidas em sua gestão. E quer mais. Com um novo plano de sócios, projeta aumentar as receitas - algo que vai ser impulsionado principalmente se for confirmada a compra da gestão da Arena pelo Tricolor.

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