A Polícia Civil de Porto Alegre indiciou, no mês de maio, um torcedor do Grêmio por injúria racial ocorrida no Gre-Nal da Arena, pela Libertadores, no dia 12 de março. O caso agora está com o Ministério Público do Rio Grande do Sul, mas ajudou o Tricolor a afinar o protocolo interno para diminuir problemas ao identificar torcedores no estádio e combater este tipo de conduta.
Conforme apurado pelo GloboEsporte.com, o Grêmio identificou o homem - que não teve o nome revelado pela polícia - como não sócio. O caso gerou uma atenção ao processo, sempre ajustado constantemente, para ser já quase automático em eventuais denúncias futuras. Cada situação, claro, tem sua particularidade, e a intenção é minimizar chances de não haver identificação de torcedores.
O vice-presidente do Conselho Deliberativo, Alexandre Bugin, lidera a iniciativa #ClubedeTodos no Tricolor. Consiste em uma série de ações internas e externas do próprio clube no combate à discriminação racial e de engajamento nesta luta. Nesta quinta, por exemplo, o clube se uniu ao Observatório Racial em campanha nas redes sociais.
"Fizemos um protocolo quando e se ocorrer situações similares. Nosso trabalho de investigação foi feito e bem sucedido" (Alexandre Bugin)
— Na nossa iniciativa como clube de todos, faz parte de treinamentos que estamos fazendo, procedimentos internos. É um processo que estamos aperfeiçoando de alguns controles. Desde o momento que o torcedor entra no estádio, onde ocorrer eventualmente, rastrear a entrada da pessoa, como foi feita a compra do ingresso. Serviu para nos mostrar caminhos de melhorias nesse protocolo — completou Bugin em contato com o GloboEsporte.com.
Não é um documento escrito nem algo definitivo. Todo caso pode ter uma nuance diferente. Mas é uma maneira de gerir processos internos para chegar ao objetivo de apontar torcedores que tenham qualquer comportamento inapropriado nas arquibancadas.
Neste caso, em conjunto com a Arena, o Grêmio detectou o local ocupado pela pessoa, o ingresso comprado e por onde foi feita a entrada no estádio. Até chegar na identidade. Encaminhou o fato para a comissão de ética do Conselho Deliberativo, mas o parecer foi de não ter como penalizá-lo. Todas as informações foram repassadas à Polícia Civil e ao Ministério Público.
O Grêmio já havia informado, um dia após o Gre-Nal, que apuraria o suposto caso. Um vídeo circulou nas redes sociais mostrando um torcedor gremista imitando gestos de macaco em direção ao anel superior da Arena, onde estava a torcida visitante.
Inquérito em andamento
A delegada Laura Rodrigues, da 4ª Delegacia de Polícia Distrital de Porto Alegre, explicou o caso ao GloboEsporte.com. Foi feita a identificação do sócio dono do ingresso, via CPF, que deu o ticket ao homem envolvido no caso de injúria racial.
— Falamos com o sócio, ele nos disse quem era a pessoa do gesto. Entramos em contato com a pessoa na delegacia. Já encaminhamos o inquérito para o poder judiciário. Indiciei ele pela injúria racial. Ele comprou a tese da defesa. Disse que não quis imitar — contou a delegada.
Nos últimos dias o Ministério Público solicitou outras diligências à Polícia Civil, que já providencia as mesmas.
Se não foi possível ao Grêmio punir o torcedor, o clube ao menos estabeleceu melhorias no processo para chegar à identificação dos gremistas nas cadeiras, seja para casos semelhantes ou outras demandas. O trabalho conjunto contou também com o auxílio do Departamento do Torcedor Gremista e do departamento jurídico.
Grêmio, combate ao racismo
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Conforme apurado pelo GloboEsporte.com, o Grêmio identificou o homem - que não teve o nome revelado pela polícia - como não sócio. O caso gerou uma atenção ao processo, sempre ajustado constantemente, para ser já quase automático em eventuais denúncias futuras. Cada situação, claro, tem sua particularidade, e a intenção é minimizar chances de não haver identificação de torcedores.
O vice-presidente do Conselho Deliberativo, Alexandre Bugin, lidera a iniciativa #ClubedeTodos no Tricolor. Consiste em uma série de ações internas e externas do próprio clube no combate à discriminação racial e de engajamento nesta luta. Nesta quinta, por exemplo, o clube se uniu ao Observatório Racial em campanha nas redes sociais.
"Fizemos um protocolo quando e se ocorrer situações similares. Nosso trabalho de investigação foi feito e bem sucedido" (Alexandre Bugin)
— Na nossa iniciativa como clube de todos, faz parte de treinamentos que estamos fazendo, procedimentos internos. É um processo que estamos aperfeiçoando de alguns controles. Desde o momento que o torcedor entra no estádio, onde ocorrer eventualmente, rastrear a entrada da pessoa, como foi feita a compra do ingresso. Serviu para nos mostrar caminhos de melhorias nesse protocolo — completou Bugin em contato com o GloboEsporte.com.
Não é um documento escrito nem algo definitivo. Todo caso pode ter uma nuance diferente. Mas é uma maneira de gerir processos internos para chegar ao objetivo de apontar torcedores que tenham qualquer comportamento inapropriado nas arquibancadas.
O Grêmio FBPA, engajado na luta contra todas as manifestações de preconceito, principalmente as que caracterizam atos de racismo e homofobia, dentro e fora de campo, comunica que o Clube está apurando o episódio ocorrido na noite de ontem entre torcedores da Dupla...
— Grêmio FBPA (de ??) (@Gremio) March 13, 2020
Neste caso, em conjunto com a Arena, o Grêmio detectou o local ocupado pela pessoa, o ingresso comprado e por onde foi feita a entrada no estádio. Até chegar na identidade. Encaminhou o fato para a comissão de ética do Conselho Deliberativo, mas o parecer foi de não ter como penalizá-lo. Todas as informações foram repassadas à Polícia Civil e ao Ministério Público.
O Grêmio já havia informado, um dia após o Gre-Nal, que apuraria o suposto caso. Um vídeo circulou nas redes sociais mostrando um torcedor gremista imitando gestos de macaco em direção ao anel superior da Arena, onde estava a torcida visitante.
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A delegada Laura Rodrigues, da 4ª Delegacia de Polícia Distrital de Porto Alegre, explicou o caso ao GloboEsporte.com. Foi feita a identificação do sócio dono do ingresso, via CPF, que deu o ticket ao homem envolvido no caso de injúria racial.
— Falamos com o sócio, ele nos disse quem era a pessoa do gesto. Entramos em contato com a pessoa na delegacia. Já encaminhamos o inquérito para o poder judiciário. Indiciei ele pela injúria racial. Ele comprou a tese da defesa. Disse que não quis imitar — contou a delegada.
Nos últimos dias o Ministério Público solicitou outras diligências à Polícia Civil, que já providencia as mesmas.
Se não foi possível ao Grêmio punir o torcedor, o clube ao menos estabeleceu melhorias no processo para chegar à identificação dos gremistas nas cadeiras, seja para casos semelhantes ou outras demandas. O trabalho conjunto contou também com o auxílio do Departamento do Torcedor Gremista e do departamento jurídico.
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