Chineses prometem investir pesado no Brasil (Ilustração: Henrique Assale)
Cada vez mais aberta ao mercado ocidental, a China escolheu a bola da vez para investir: o futebol. O país já tem interesse, a longo prazo, em sediar uma Copa do Mundo.
Antes disso, a modalidade tem de ser fortalecida internamente. E para os clubes chineses, apoiados pelo governo local e por iniciativa privada, quem melhor pode ajudar a "nação da bola pequena" são os brasileiros.
Joseph Lee, agente Fifa responsável por praticamente todas as negociações entre clubes chineses e brasileiros, foi o representante do Shandong Luneng nas conversas que culminaram na compra do Desportivo Brasil (agremiação de Porto Feliz, interior de São Paulo). Ademais, o indonésio de 56 anos está por trás de uma parceria entre o clube chinês e o São Paulo, firmada no ano passado.
Shandong Luneng inaugurou CT em Porto Feliz em julho de 2014 (Foto: Bruno Grossi)
Estamos falando de estratégia de futebol no país. Tem também um pouco de apoio do governo (...) Governo quer ter o futebol. A China é mais conhecida pelo ping-pong, por esportes de bola pequena. Agora quer importar o futebol. Está na hora de alavancarem o futebol lá mesmo. Por isso há cada vez mais empresas e investidores – disse Lee, dono de uma das maiores investidoras do futebol mundial (e chinês), a Kirin Soccer.
De fato, se comparado com outros países e esportes, o futebol ainda engatinha na China. No quadro de medalhas dos Jogos Olímpicos, os chineses são os melhores em tênis de mesa e badminton; em futebol, ocupam a 25ª posição entre todos os países do mundo (têm apenas uma prata, conquistada pelo futebol feminino em 1996).
– O clube está confiante para investir mais. Todos os investimentos, como o Desportivo Brasil, não é só investimento do time (Shandong). Estão sendo formados jogadores para o país, eles mandam chineses para cá – explicou o agente, falando sobre o intercâmbio de jovens orientais em solo brasileiro.
Atualmente, cerca de 300 jogadores chineses circulam entre o Shandong (na China), o CT de Porto Feliz (do Desportivo Brasil) e o CT de Cotia (do São Paulo). Bem relacionado com o Tricolor Paulista, Lee agora mira expandir suas relações com outros brasileiros: Atlético-PR, Grêmio e Cruzeiro são alvos de clubes chineses.
– É importante para nós formarmos jogadores chineses. No Brasil tem mais espaço e eles também vão conviver com o jogador brasileiro e vão aprender tudo. Futebol não é só dentro das quatro linhas. Os chineses têm de aprender o gingado, a malandragem. E não há lugar melhor para isso do que Brasil – comentou o indonésio.
MERCADO EMERGENTE
"Booms" econômicos em países tidos como emergentes podem ajudar o crescimento de esportes nestes locais. No caso dos chineses, ainda há um bônus: crises politico-econômicas em mercados até pouco tempo atrás atrativos e, por questões geográficas, concorrentes (casos de Rússia e Ucrânia, por exemplo) podem, por tabela, facilitar a investida chinesa no mundo da bola.
– Economicamente, a China está em crescimento e vai procurar esse investimento. Quando países começam a melhorar economicamente, começam a procurar esse lado de esporte. É o que acontece hoje com a China – explicou Joseph Lee.
Agente também licenciado pela Fifa, o brasileiro Nick Arcuri deu sua opinião sobre o interesse de brasileiros no mercado chinês. Basicamente, o futebol chinês hoje é um dos mais confiáveis em termos financeiros.
O Guangzhou Evergrande, por exemplo, se aproveitou da última janela de transferências internacionais para fazer a mais cara negociação da história do futebol da China: Ricardo Goulart saiu do Cruzeiro por 15 milhões de euros (na época, algo em torno de R$ 48 milhões).
– As vantagens que eu exergo são: mercado emergente, contratos muito acima do que são oferecidos no Brasil e alguns mercados da Europa, pagamento rigorosamente em dia, estruturas excelentes de alguns clubes como o Shandong Luneng – diz o empresário brasileiro.
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Cada vez mais aberta ao mercado ocidental, a China escolheu a bola da vez para investir: o futebol. O país já tem interesse, a longo prazo, em sediar uma Copa do Mundo.
Antes disso, a modalidade tem de ser fortalecida internamente. E para os clubes chineses, apoiados pelo governo local e por iniciativa privada, quem melhor pode ajudar a "nação da bola pequena" são os brasileiros.
Joseph Lee, agente Fifa responsável por praticamente todas as negociações entre clubes chineses e brasileiros, foi o representante do Shandong Luneng nas conversas que culminaram na compra do Desportivo Brasil (agremiação de Porto Feliz, interior de São Paulo). Ademais, o indonésio de 56 anos está por trás de uma parceria entre o clube chinês e o São Paulo, firmada no ano passado.
Shandong Luneng inaugurou CT em Porto Feliz em julho de 2014 (Foto: Bruno Grossi)
Estamos falando de estratégia de futebol no país. Tem também um pouco de apoio do governo (...) Governo quer ter o futebol. A China é mais conhecida pelo ping-pong, por esportes de bola pequena. Agora quer importar o futebol. Está na hora de alavancarem o futebol lá mesmo. Por isso há cada vez mais empresas e investidores – disse Lee, dono de uma das maiores investidoras do futebol mundial (e chinês), a Kirin Soccer.
De fato, se comparado com outros países e esportes, o futebol ainda engatinha na China. No quadro de medalhas dos Jogos Olímpicos, os chineses são os melhores em tênis de mesa e badminton; em futebol, ocupam a 25ª posição entre todos os países do mundo (têm apenas uma prata, conquistada pelo futebol feminino em 1996).
– O clube está confiante para investir mais. Todos os investimentos, como o Desportivo Brasil, não é só investimento do time (Shandong). Estão sendo formados jogadores para o país, eles mandam chineses para cá – explicou o agente, falando sobre o intercâmbio de jovens orientais em solo brasileiro.
Atualmente, cerca de 300 jogadores chineses circulam entre o Shandong (na China), o CT de Porto Feliz (do Desportivo Brasil) e o CT de Cotia (do São Paulo). Bem relacionado com o Tricolor Paulista, Lee agora mira expandir suas relações com outros brasileiros: Atlético-PR, Grêmio e Cruzeiro são alvos de clubes chineses.
– É importante para nós formarmos jogadores chineses. No Brasil tem mais espaço e eles também vão conviver com o jogador brasileiro e vão aprender tudo. Futebol não é só dentro das quatro linhas. Os chineses têm de aprender o gingado, a malandragem. E não há lugar melhor para isso do que Brasil – comentou o indonésio.
MERCADO EMERGENTE
"Booms" econômicos em países tidos como emergentes podem ajudar o crescimento de esportes nestes locais. No caso dos chineses, ainda há um bônus: crises politico-econômicas em mercados até pouco tempo atrás atrativos e, por questões geográficas, concorrentes (casos de Rússia e Ucrânia, por exemplo) podem, por tabela, facilitar a investida chinesa no mundo da bola.
– Economicamente, a China está em crescimento e vai procurar esse investimento. Quando países começam a melhorar economicamente, começam a procurar esse lado de esporte. É o que acontece hoje com a China – explicou Joseph Lee.
Agente também licenciado pela Fifa, o brasileiro Nick Arcuri deu sua opinião sobre o interesse de brasileiros no mercado chinês. Basicamente, o futebol chinês hoje é um dos mais confiáveis em termos financeiros.
O Guangzhou Evergrande, por exemplo, se aproveitou da última janela de transferências internacionais para fazer a mais cara negociação da história do futebol da China: Ricardo Goulart saiu do Cruzeiro por 15 milhões de euros (na época, algo em torno de R$ 48 milhões).
– As vantagens que eu exergo são: mercado emergente, contratos muito acima do que são oferecidos no Brasil e alguns mercados da Europa, pagamento rigorosamente em dia, estruturas excelentes de alguns clubes como o Shandong Luneng – diz o empresário brasileiro.
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