Juliano Ferrer: coragem e convicção

A atual direção do Grêmio pode e eventualmente deve ser criticada, mas dizer que não está executando um projeto claro, transparente e divulgado, me perdoem, é no mínimo injustiça


Fonte: ZeroHora

Juliano Ferrer: coragem e convicção
É preciso muita coragem para implementar um projeto que rompe o ciclo vicioso que assola o Grêmio há mais de uma década. É necessário muito trabalho e convicção para não cair na tentação de gastar o que não se tem. Ou pior, gastar montando grupos de jogadores de qualidade duvidosa com preços fora da realidade do clube, apenas para receber tapinhas nas costas pelos restaurantes da cidade. Esta sim uma forma de administrar com pensamento mágico.

Não duvidem, o Grêmio é imortal porque está alicerçado na paixão de milhões. Mas atenção! Pode adoecer com gravidade se não puder se apoiar em mais altruísmo daqueles que militam na sua política, finalmente afastando a lógica de que quem perde a eleição deve fazer inclusive o discurso vazio, apenas para jogar para a torcida. Ela, a torcida, não suporta mais isso. Ela clama por uma atitude diferente.

A atual direção do Grêmio pode e eventualmente deve ser criticada. Importante que lhe sejam apontados equívocos e necessárias correções de rumos. Mas dizer que não está executando um projeto claro, transparente e divulgado, me perdoem, é no mínimo injustiça.

Desde o início foi tornado público que a administração séria de austeridade, respeitando o orçamento do clube e buscando otimizar os processos de gestão para se ter um time competitivo. Para isso, a profissionalização foi aprimorada, já sendo percebido o resultado em ações concretas, como a recuperação do quadro social que está em curso e inovações na área do marketing.

Ser novamente um clube financeiramente saudável implica sacrifícios que serão recompensados, tenho convicção, logo ali na frente. Basta ouvir as notícias sobre a implementação do fair play financeiro, que após conquistar a Europa chegou ao Brasil. Isso é a realidade. Não o discurso que cega frente a riscos incalculáveis, previstos em regulamentos e pactos chefiados pelas entidades que administram o futebol no mundo.

O caminho é espinhoso e difícil. Aumentar as receitas com criatividade e arrojo, contando muito com a disseminação por cada gremista, deve e irá ajudar. É condição para que se consiga ultrapassar esta reestruturação imprescindível.

E quem duvida que vamos conseguir? É o Grêmio! Não o do pensamento mágico. É o Grêmio do atuar pragmático e corajoso, transparente, e que não faz discurso irreal. Que assimila a crítica, mas não se cala quando entende que tem razão.

Quão mais fácil será se muitos mais ajudarem?

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