Esta quinta-feira será um dos dias mais importantes na relação de Kleber Gladiador com o Grêmio. Mesmo que não seja para selar a saída, a entrevista coletiva convocada pelo empresário Giuseppe Dioguardi tem status de "Dia D" na negociação para o adeus do atacante.
A longa novela completa quase três meses nesta quinta-feira. Na quarta, ganhou um capítulo importante. Diretor jurídico do Grêmio, Nestor Hein afirmou que o clube suspendera as negociações para a rescisão "amigável" dada a dificuldade de um consenso. Chegou a citar pressão por parte do estafe do jogador. Situação que pode ter precipitado a quebra de silêncio do lado do atleta, até então calado enquanto treina separado, com contrato milionário até fim de 2016.
> O GloboEsporte.com recapitula os capítulos mais decisivos do caso:
01
veto de felipão
A confirmação de que Kleber não seria utilizado em seu retorno ao Grêmio do empréstimo ao Vasco aconteceu por meio de Luiz Felipe Scolari. Após o empate com o Flamengo, na Arena, o treinador afirmou que não utilizaria o Gladiador na temporada seguinte.
- Não teria problema nenhum com Kleber, mas não vai trabalhar no Grêmio - definiu.
Treinador e atacante já haviam tido atrito no final de 2011, quando estavam no Palmeiras, último clube antes do jogador chegar a Porto Alegre. Promessa cumprida à risca. Desde que retornou, o Gladiador jamais frequentou o ambiente do elenco principal.
02
"novos ares"
No final de dezembro, em um jogo beneficente no interior de São Paulo, Kleber concedeu entrevista e confirmou que gostaria de “respirar novos ares”. Estava criada a divisão entre jogador e clube. Algo até hoje irreversível.
- Tenho mais dois anos de contrato com o Grêmio. A princípio, vou me reapresentar. Eu, particularmente, acho que para mim seria melhor outros ares. Até porque já foram dois anos e meio, infelizmente tive muitas lesões, três cirurgias que me atrapalharam muito. Se tiver que voltar, também, vou voltar e tentar buscar. Vamos ver o que vai acontecer - disse Kleber, na época.
Iniciou-se, aí, a procura por uma nova casa para o atacante. O Grêmio não contou muito com a disposição de Dioguardi, que sempre sustentou o discurso de que o atacante estava feliz no clube e iria cumprir suas obrigações. E não conseguiu nenhum clube para “recolocar seu ativo no mercado”, como usualmente se expressa o diretor executivo gremista.
03
contrato vira quebra-cabeça
Sem conseguir um novo clube para o atacante, os dirigentes gaúchos confirmaram que Kleber iria se reapresentar no CT Luiz Carvalho em data diferente do restante do elenco. Com o grupo de jogadores que não seria aproveitado - mesmo que com vencimentos superiores a R$ 600 mil. No dia da apresentação destes atletas, a imprensa foi impedida de entrar no CT.
Desde então, o diretor executivo Rui Costa, principalmente, trabalha para definir o que seria feito do atacante. Segundo levantamento do GloboEsporte.com, Kleber custou ao clube R$ 27 milhões em três anos. O alto salário impediu novos empréstimos, o mercado se fechou. A partir daí, os contatos foram quase diários com o procurador do atleta para tentar a rescisão de contrato com anuência das duas partes.
Foram simulados cenários, propostas feitas e refeitas, conversas de advogados levadas adiante. Mas nada resolveu a dissolução do contrato até o final de 2016 entre Grêmio e Kleber. Houve um momento de otimismo, quando o Tricolor havia acertado o que fazer com os 50% dos direitos econômicos que estão sob o domínio do Cruzeiro. Mas nada que se concretizasse em saída.
04
grêmio? só pela tv
Kleber cumpre rotina de treinos em horários alternativos. Num sábado recente, por exemplo, treinou às 7h, no CT Luiz Carvalho. Outro personagem e companheiro do Gladiador é o volante Edinho. Como está sempre presente nos treinos, se vê cumprindo as obrigações.
- Não falei com ninguém, estamos esperando o Grêmio. O Kleber tem contrato e vai cumprir tudo o que for preciso - afirma sempre o empresário Pepe Dioguardi.
Um torcedor, em meio a um treino, xingou Felipão e pediu a presença de ambos (veja abaixo). Logo depois, o atacante postou foto na internet onde dizia que havia achado um lugar para torcer para o Grêmio. Estava acompanhando o jogo pela TV, ao lado de Edinho, e ainda escreveu: "Vamos Grêmio".
05
reviravolta
Na madrugada desta quarta-feira, o diretor jurídico Nestor Hein, vice-presidente na última gestão, deu por encerradas as negociações para a rescisão com o jogador. Mesmo após constantes manifestações de Romildo Bolzan Júnior que o assunto estaria se encaminhado.
- Estamos encerrando as negociações. O Kleber não sai do Grêmio. O Kleber ficará no Grêmio. Havia uma tentativa de rescisão amigável. Não chegou a se redigir esse contrato nunca. Mas, diante de uma situação que foi exposta, não faremos essa negociação. O Grêmio não aceita ultimato de ninguém. Ou os negócios saem normalmente ou não saem. Com faca no pescoço, não sai - destacou Hein em entrevista para a Rádio Gaúcha.
O Grêmio não aceita ultimato de ninguém. Ou os negócios saem normalmente ou não saem. Com faca no pescoço, não sai
Nestor Hein, diretor jurídico
Nesta quinta-feira, talvez o capítulo mais importante tome corpo, com a manifestação pública do empresário, e sua consequente presença em Porto Alegre. Resta esperar o teor de suas palavras e o que acontecerá nos próximos capítulos.
Contratado sob muita expectativa em 2011, Kleber foi apresentado nas obras da Arena e até vestiu um capacete de gladiador na ocasião. Iniciou bem no clube, mas foi prejudicado por lesões. Em 2013, chegou a ficar um turno sem marcar gols, sob o comando de Renato Gaúcho. Desde então foi emprestado ao Vasco, na metade da última temporada, onde conseguiu o acesso a Série A. O contrato se encerra no fim de 2016, caso realmente não seja encurtado.
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- Grêmio reformula comissão técnica e departamento de futebol para próxima temporada.
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A longa novela completa quase três meses nesta quinta-feira. Na quarta, ganhou um capítulo importante. Diretor jurídico do Grêmio, Nestor Hein afirmou que o clube suspendera as negociações para a rescisão "amigável" dada a dificuldade de um consenso. Chegou a citar pressão por parte do estafe do jogador. Situação que pode ter precipitado a quebra de silêncio do lado do atleta, até então calado enquanto treina separado, com contrato milionário até fim de 2016.
> O GloboEsporte.com recapitula os capítulos mais decisivos do caso:
01
veto de felipão
A confirmação de que Kleber não seria utilizado em seu retorno ao Grêmio do empréstimo ao Vasco aconteceu por meio de Luiz Felipe Scolari. Após o empate com o Flamengo, na Arena, o treinador afirmou que não utilizaria o Gladiador na temporada seguinte.
- Não teria problema nenhum com Kleber, mas não vai trabalhar no Grêmio - definiu.
Treinador e atacante já haviam tido atrito no final de 2011, quando estavam no Palmeiras, último clube antes do jogador chegar a Porto Alegre. Promessa cumprida à risca. Desde que retornou, o Gladiador jamais frequentou o ambiente do elenco principal.
02
"novos ares"
No final de dezembro, em um jogo beneficente no interior de São Paulo, Kleber concedeu entrevista e confirmou que gostaria de “respirar novos ares”. Estava criada a divisão entre jogador e clube. Algo até hoje irreversível.
- Tenho mais dois anos de contrato com o Grêmio. A princípio, vou me reapresentar. Eu, particularmente, acho que para mim seria melhor outros ares. Até porque já foram dois anos e meio, infelizmente tive muitas lesões, três cirurgias que me atrapalharam muito. Se tiver que voltar, também, vou voltar e tentar buscar. Vamos ver o que vai acontecer - disse Kleber, na época.
Iniciou-se, aí, a procura por uma nova casa para o atacante. O Grêmio não contou muito com a disposição de Dioguardi, que sempre sustentou o discurso de que o atacante estava feliz no clube e iria cumprir suas obrigações. E não conseguiu nenhum clube para “recolocar seu ativo no mercado”, como usualmente se expressa o diretor executivo gremista.
03
contrato vira quebra-cabeça
Sem conseguir um novo clube para o atacante, os dirigentes gaúchos confirmaram que Kleber iria se reapresentar no CT Luiz Carvalho em data diferente do restante do elenco. Com o grupo de jogadores que não seria aproveitado - mesmo que com vencimentos superiores a R$ 600 mil. No dia da apresentação destes atletas, a imprensa foi impedida de entrar no CT.
Desde então, o diretor executivo Rui Costa, principalmente, trabalha para definir o que seria feito do atacante. Segundo levantamento do GloboEsporte.com, Kleber custou ao clube R$ 27 milhões em três anos. O alto salário impediu novos empréstimos, o mercado se fechou. A partir daí, os contatos foram quase diários com o procurador do atleta para tentar a rescisão de contrato com anuência das duas partes.
Foram simulados cenários, propostas feitas e refeitas, conversas de advogados levadas adiante. Mas nada resolveu a dissolução do contrato até o final de 2016 entre Grêmio e Kleber. Houve um momento de otimismo, quando o Tricolor havia acertado o que fazer com os 50% dos direitos econômicos que estão sob o domínio do Cruzeiro. Mas nada que se concretizasse em saída.
04
grêmio? só pela tv
Kleber cumpre rotina de treinos em horários alternativos. Num sábado recente, por exemplo, treinou às 7h, no CT Luiz Carvalho. Outro personagem e companheiro do Gladiador é o volante Edinho. Como está sempre presente nos treinos, se vê cumprindo as obrigações.
- Não falei com ninguém, estamos esperando o Grêmio. O Kleber tem contrato e vai cumprir tudo o que for preciso - afirma sempre o empresário Pepe Dioguardi.
Um torcedor, em meio a um treino, xingou Felipão e pediu a presença de ambos (veja abaixo). Logo depois, o atacante postou foto na internet onde dizia que havia achado um lugar para torcer para o Grêmio. Estava acompanhando o jogo pela TV, ao lado de Edinho, e ainda escreveu: "Vamos Grêmio".
05
reviravolta
Na madrugada desta quarta-feira, o diretor jurídico Nestor Hein, vice-presidente na última gestão, deu por encerradas as negociações para a rescisão com o jogador. Mesmo após constantes manifestações de Romildo Bolzan Júnior que o assunto estaria se encaminhado.
- Estamos encerrando as negociações. O Kleber não sai do Grêmio. O Kleber ficará no Grêmio. Havia uma tentativa de rescisão amigável. Não chegou a se redigir esse contrato nunca. Mas, diante de uma situação que foi exposta, não faremos essa negociação. O Grêmio não aceita ultimato de ninguém. Ou os negócios saem normalmente ou não saem. Com faca no pescoço, não sai - destacou Hein em entrevista para a Rádio Gaúcha.
O Grêmio não aceita ultimato de ninguém. Ou os negócios saem normalmente ou não saem. Com faca no pescoço, não sai
Nestor Hein, diretor jurídico
Nesta quinta-feira, talvez o capítulo mais importante tome corpo, com a manifestação pública do empresário, e sua consequente presença em Porto Alegre. Resta esperar o teor de suas palavras e o que acontecerá nos próximos capítulos.
Contratado sob muita expectativa em 2011, Kleber foi apresentado nas obras da Arena e até vestiu um capacete de gladiador na ocasião. Iniciou bem no clube, mas foi prejudicado por lesões. Em 2013, chegou a ficar um turno sem marcar gols, sob o comando de Renato Gaúcho. Desde então foi emprestado ao Vasco, na metade da última temporada, onde conseguiu o acesso a Série A. O contrato se encerra no fim de 2016, caso realmente não seja encurtado.
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