Após a derrota com time reserva para o Flamengo, pelo Brasileirão, o Grêmio receberá o Athletico-PR, na Arena, nesta quarta-feira (14), pela ida da semifinal da Copa do Brasil. O confronto com o Furacão dará início a uma sequência de partidas decisivas do Tricolor. Nas próximas três semanas, o time de Renato Portaluppi vai enfrentar o Palmeiras, em 20 e 27 de agosto, pela Libertadores, e depois terá a volta diante dos paranaenses, em 4 de setembro.
Por fazer o primeiro jogo em casa, o Grêmio tentará abrir uma vantagem para o confronto de volta, em Curitiba. Rival gremista, o Athletico-PR vive sob o comando de Tiago Nunes um dos maiores momentos de sua história. Em 2018, o Furacão conquistou a Copa Sul-Americana — seu primeiro torneio internacional. Neste ano, o clube fez boa campanha na Libertadores — caiu nas oitavas de final para o Boca Juniors. Na semana passada, o CAP conquistou a Copa Levain, antiga Copa Suruga, ao golear o Shonan Bellmare, do Japão. O título foi o terceiro sob o comando de Tiago Nunes — que venceu ainda o Campeonato Paranaense com a equipe sub-23 no ano passado.
Apesar do bom momento, o Athletico-PR tem tido desempenhos diferentes quando atua em casa em relação ao que apresenta fora. Como mandante, soma nove vitórias, um empate e apenas duas derrotas em 12 partidas no ano. Fora da Arena da Baixada, tem apenas duas vitórias — após a Copa América sobre CSA e Cruzeiro, pelo Brasileirão —, sofreu dez derrotas e obteve três empates.
— O Athletico-PR normalmente tenta jogar fora parecido com o que faz em casa, apesar de não aparecer isso nos resultados. Penso que o que destoa disso são os confrontos com os argentinos. Contra o River, na Recopa, e diante do Boca, nas oitavas de final da Libertadores, o time acabou cometendo muitos erros e jogando em um nível menor que o normal — observa o repórter da Rádio Transamérica, de Curitiba, Daniel Piva.
Duelo do estilos no meio-campo
Grêmio e Athletico-PR têm como base o mesmo esquema tático, ambos são montados no 4-2-3-1, mas as equipes apresentam estilos de jogo diferentes. O time de Renato Portaluppi atua baseado em posse de bola, muitas vezes com calma para rodar em busca do espaço se aproveitando da qualidade de passe do trio Matheus Henrique, Maicon e Jean Pyerre. Já os paranaenses apresentam com Tiago Nunes como grande mudança em relação a Fernando Diniz, que comandou a equipe no começo de 2018, uma maior objetividade. O Furacão busca de forma direta o gol quando está no campo de ataque.
— É difícil o Athletico-PR ganhar na posse de bola porque o Grêmio é um time que costuma empurrar o adversário, ainda mais na Arena. Vai ser um jogo de disputa por espaço, por território. O que o Athletico-PR costuma ter é ser muito vertical no último terço. O time do Tiago Nunes não quer a posse de maneira obsessiva. Ele quer a bola, mas no último terço busca agredir o adversário — analisa o comentarista dos canais Fox Sports Paulo Vinícius Coelho, o PVC.
O Athletico-PR passou por uma mudança no seu meio-campo neste segundo semestre. Wellington segue como jogador que atua de forma mais fixa dando sustentação para Bruno Guimarães ter liberdade para se juntar à linha de meias. O argentino Lucho González, de 38 anos, foi para o banco para a entrada de Marcelo Cirino na equipe. Com Cirino na direita, Nikão passou a atuar centralizado.
Essa diferença deverá gerar uma atenção grande ao Tricolor para evitar gerar espaços para o contra-ataque, a exemplo do que ocorreu no empate com a Chapecoense na semana passada – o último jogo dos titulares no Brasileirão. Volante multicampeão pelo Grêmio nos anos 1990, Luís Carlos Goiano acredita que os erros contra os catarinenses foram pontuais e que o time de Renato Portaluppi voltará a ter o setor compactado nesta quarta-feira (14).
— Pode ter sido também circunstâncias do jogo. Isso pode se repetir em algumas partidas, mas no geral o Grêmio sempre foi equilibrado. Tem momentos em que o jogo oferece maior condição de saída e os volantes acabam subindo o mais. Vejo o Grêmio se mantendo com uma concentração alta nesta partida — espera Goiano.
Por onde atacar
Diante do Grêmio, o Athletico-PR não contará com um dos seus zagueiros titulares, Pedro Henrique, que já disputou a Copa do Brasil pelo Corinthians. Com Thiago Heleno fora pela suspensão por doping, o garoto Lucas Halter, de apenas 19 anos, deverá ser titular na Arena. Ele formará dupla de zaga com Léo Pereira, que aos 23 anos já é uma afirmação sendo considerado um dos destaques do Furacão.
Apesar de jovens, os zagueiros do Athletico-PR são considerados confiáveis. O time paranaense se mostra mais vulnerável pelo lado da defesa, com os laterais Jonathan e Márcio Azevedo, que herdou a posição de Renan Lodi (vendido para o Atlético de Madrid).
— O Jonathan faz uma temporada irregular. Tecnicamente ele é bom jogador, mas fisicamente tem problemas. Não falo em relação a lesões, mas ele cai muito de intensidade durante os jogos. Quando é exigido na defesa, tem momentos em que se atrapalha. O Márcio Azevedo também tem sido um ponto fraco. Contra o Boca, por exemplo, o Nández (meio-campista que atua aberto) caiu em cima dele e deitou e rolou — aponta o repórter Daniel Piva.
O comentarista dos canais Espn Leonardo Bertozzi concorda que a melhor forma para o Grêmio atacar é pelos lados do campo. Além disso, ressalta que a preocupação dos laterais paranaenses com Everton e Alisson pode ser uma forma do Tricolor empurrar o adversário para o seu campo.
— Uma grande saída para o Grêmio é tentar forçar pelos lados do campo. Ao mesmo tempo que você agride, também inibe a subida dos laterais. É uma forma que o Grêmio pode usar para empurrar o Athletico-PR para o seu campo. Usar os lados do campo será importante – projeta.
Onde tomar cuidado
Enquanto tentará atacar o Athletico-PR e construir vantagem no confronto, o Grêmio terá de tomar cuidado para não sofrer com os avanços dos paranaenses. O ponto principal em que o time de Renato Portaluppi precisará se preocupar é com a velocidade que o Furacão possui, principalmente pelos lados do campo com Rony e Marcelo Cirino.
— O Grêmio precisará ter uma recomposição rápida e fazer muito bem aquela pressão pós-perda. Isso custou muito caro ao Flamengo contra o Athletico na Copa do Brasil. O Flamengo joga com a defesa mais alta e sofreu quando não conseguiu manter a posse. A tendência do Grêmio é passar mais tempo no campo de ataque e ter os atacantes como primeiros marcadores — avalia Bertozzi.
Paulo Vinícius Coelho alerta ainda para os cuidados que o Grêmio deverá ter com os avanços do meio-campista Bruno Guimarães, considerado por ele como o principal destaque do Furacão.
— Tem um aspecto da parte central do Athletico-PR que é o Bruno Guimarães. Ele é o novo Arthur do futebol brasileiro. Ele é um jogador que conduz muito bem a bola. Tem momentos que o Bruno dá um tapa na bola, você pensa que ele vai organizar, mas acaba infiltrando — alerta PVC.
Luís Carlos Goiano, que também jogou no Athletico-PR, conhece bem o adversário do Grêmio desta quarta-feira. Embora alerte para dificuldades, ele mostra confiança na possibilidade do Tricolor avançar para a decisão da Copa do Brasil.
— O Athletico-PR é um time perigoso, o Renato sabe que é um jogo que deverá ter uma atenção. Eu acredito que o Grêmio tem valores para ir para a final. Os jogadores que estão no Grêmio já escreveram o nome na história do clube, além de ter um treinador com muita estrela — finaliza.
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Apesar do bom momento, o Athletico-PR tem tido desempenhos diferentes quando atua em casa em relação ao que apresenta fora. Como mandante, soma nove vitórias, um empate e apenas duas derrotas em 12 partidas no ano. Fora da Arena da Baixada, tem apenas duas vitórias — após a Copa América sobre CSA e Cruzeiro, pelo Brasileirão —, sofreu dez derrotas e obteve três empates.
— O Athletico-PR normalmente tenta jogar fora parecido com o que faz em casa, apesar de não aparecer isso nos resultados. Penso que o que destoa disso são os confrontos com os argentinos. Contra o River, na Recopa, e diante do Boca, nas oitavas de final da Libertadores, o time acabou cometendo muitos erros e jogando em um nível menor que o normal — observa o repórter da Rádio Transamérica, de Curitiba, Daniel Piva.
Duelo do estilos no meio-campo
Grêmio e Athletico-PR têm como base o mesmo esquema tático, ambos são montados no 4-2-3-1, mas as equipes apresentam estilos de jogo diferentes. O time de Renato Portaluppi atua baseado em posse de bola, muitas vezes com calma para rodar em busca do espaço se aproveitando da qualidade de passe do trio Matheus Henrique, Maicon e Jean Pyerre. Já os paranaenses apresentam com Tiago Nunes como grande mudança em relação a Fernando Diniz, que comandou a equipe no começo de 2018, uma maior objetividade. O Furacão busca de forma direta o gol quando está no campo de ataque.
— É difícil o Athletico-PR ganhar na posse de bola porque o Grêmio é um time que costuma empurrar o adversário, ainda mais na Arena. Vai ser um jogo de disputa por espaço, por território. O que o Athletico-PR costuma ter é ser muito vertical no último terço. O time do Tiago Nunes não quer a posse de maneira obsessiva. Ele quer a bola, mas no último terço busca agredir o adversário — analisa o comentarista dos canais Fox Sports Paulo Vinícius Coelho, o PVC.
O Athletico-PR passou por uma mudança no seu meio-campo neste segundo semestre. Wellington segue como jogador que atua de forma mais fixa dando sustentação para Bruno Guimarães ter liberdade para se juntar à linha de meias. O argentino Lucho González, de 38 anos, foi para o banco para a entrada de Marcelo Cirino na equipe. Com Cirino na direita, Nikão passou a atuar centralizado.
Essa diferença deverá gerar uma atenção grande ao Tricolor para evitar gerar espaços para o contra-ataque, a exemplo do que ocorreu no empate com a Chapecoense na semana passada – o último jogo dos titulares no Brasileirão. Volante multicampeão pelo Grêmio nos anos 1990, Luís Carlos Goiano acredita que os erros contra os catarinenses foram pontuais e que o time de Renato Portaluppi voltará a ter o setor compactado nesta quarta-feira (14).
— Pode ter sido também circunstâncias do jogo. Isso pode se repetir em algumas partidas, mas no geral o Grêmio sempre foi equilibrado. Tem momentos em que o jogo oferece maior condição de saída e os volantes acabam subindo o mais. Vejo o Grêmio se mantendo com uma concentração alta nesta partida — espera Goiano.
Por onde atacar
Diante do Grêmio, o Athletico-PR não contará com um dos seus zagueiros titulares, Pedro Henrique, que já disputou a Copa do Brasil pelo Corinthians. Com Thiago Heleno fora pela suspensão por doping, o garoto Lucas Halter, de apenas 19 anos, deverá ser titular na Arena. Ele formará dupla de zaga com Léo Pereira, que aos 23 anos já é uma afirmação sendo considerado um dos destaques do Furacão.
Apesar de jovens, os zagueiros do Athletico-PR são considerados confiáveis. O time paranaense se mostra mais vulnerável pelo lado da defesa, com os laterais Jonathan e Márcio Azevedo, que herdou a posição de Renan Lodi (vendido para o Atlético de Madrid).
— O Jonathan faz uma temporada irregular. Tecnicamente ele é bom jogador, mas fisicamente tem problemas. Não falo em relação a lesões, mas ele cai muito de intensidade durante os jogos. Quando é exigido na defesa, tem momentos em que se atrapalha. O Márcio Azevedo também tem sido um ponto fraco. Contra o Boca, por exemplo, o Nández (meio-campista que atua aberto) caiu em cima dele e deitou e rolou — aponta o repórter Daniel Piva.
O comentarista dos canais Espn Leonardo Bertozzi concorda que a melhor forma para o Grêmio atacar é pelos lados do campo. Além disso, ressalta que a preocupação dos laterais paranaenses com Everton e Alisson pode ser uma forma do Tricolor empurrar o adversário para o seu campo.
— Uma grande saída para o Grêmio é tentar forçar pelos lados do campo. Ao mesmo tempo que você agride, também inibe a subida dos laterais. É uma forma que o Grêmio pode usar para empurrar o Athletico-PR para o seu campo. Usar os lados do campo será importante – projeta.
Onde tomar cuidado
Enquanto tentará atacar o Athletico-PR e construir vantagem no confronto, o Grêmio terá de tomar cuidado para não sofrer com os avanços dos paranaenses. O ponto principal em que o time de Renato Portaluppi precisará se preocupar é com a velocidade que o Furacão possui, principalmente pelos lados do campo com Rony e Marcelo Cirino.
— O Grêmio precisará ter uma recomposição rápida e fazer muito bem aquela pressão pós-perda. Isso custou muito caro ao Flamengo contra o Athletico na Copa do Brasil. O Flamengo joga com a defesa mais alta e sofreu quando não conseguiu manter a posse. A tendência do Grêmio é passar mais tempo no campo de ataque e ter os atacantes como primeiros marcadores — avalia Bertozzi.
Paulo Vinícius Coelho alerta ainda para os cuidados que o Grêmio deverá ter com os avanços do meio-campista Bruno Guimarães, considerado por ele como o principal destaque do Furacão.
— Tem um aspecto da parte central do Athletico-PR que é o Bruno Guimarães. Ele é o novo Arthur do futebol brasileiro. Ele é um jogador que conduz muito bem a bola. Tem momentos que o Bruno dá um tapa na bola, você pensa que ele vai organizar, mas acaba infiltrando — alerta PVC.
Luís Carlos Goiano, que também jogou no Athletico-PR, conhece bem o adversário do Grêmio desta quarta-feira. Embora alerte para dificuldades, ele mostra confiança na possibilidade do Tricolor avançar para a decisão da Copa do Brasil.
— O Athletico-PR é um time perigoso, o Renato sabe que é um jogo que deverá ter uma atenção. Eu acredito que o Grêmio tem valores para ir para a final. Os jogadores que estão no Grêmio já escreveram o nome na história do clube, além de ter um treinador com muita estrela — finaliza.
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