Diogo Olivier: Não, Felipão


Fonte: Diário Gaúcho

Diogo Olivier: Não, Felipão
Tudo bem, aceito que a intenção foi boa. Ele queria acordar os jogadores. Tirá-los do estado de coma. Conectar-se com o torcedor revoltado com tanta ruindade. Felipão tentou dizer que um Grêmio péssimo não pode ser batido inapelavelmente na Arena para o melhor VEC da história, que dirá para o lanterna. Mas o gesto escolhido foi lamentável.

Ir para o vestiário antes de o jogo terminar passou a ideia do general que abandona o campo de batalha sem socorrer os feridos. Que não sabe mais o que fazer e, portanto, dane-se. Felipão ganha bom salário também para ficar até o fim ao lado de seus jogadores. E receber com eles a vaia da torcida.

Na entrevista, disse que nada do que treinou aconteceu. Culpa deles, portanto. Eles é que não entendem sua sapiência. É preciso repartir responsabilidades, mas não só no discurso do "a culpa é do técnico". De tão batida e monótona, esta frase já mudou de sentido. Significa: "olha gente, não posso fazer nada, vocês estão vendo aí, mas, como eu sou magnânimo, direi que a culpa é só minha, valeu?".

Qualquer criança sabe que culpas devem ser repartidas. Por que uma hora é Mathias, noutra Galhardo? Por que Júnior não é titular sempre? Por que Marcelo Oliveira zanza pelo time? Quem indicou Douglas? Vou repetir o que tenho dito: Felipão não é mágico.

Faz o que é possível na penúria. A perda de qualidade é enorme de 2014 para 2015. Mas o seu gesto - o gesto, não ele - foi injusto e prepotente. Mesmo um Grêmio ruim, se bem treinado, tem obrigação de ganhar do lanterna do Gauchão.

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