Não há indícios de que Grêmio e Kleber cheguem, em curto prazo, a um acordo para a rescisão de contrato. Vinculado ao clube até 30 de novembro de 2016, o atacante de 31 anos faz parte de um reduzido grupo de jogadores descartados por Felipão, entre eles os volantes Edinho e Adriano. Ao lado deles, treina no CT Luiz Carvalho em turno oposto ao dos titulares.
A cada final de mês, recebe um salário bruto de R$ 740 mil. Com os descontos, sobram R$ 640 mil.
São as cifras que representam todo o problema. Como o Grêmio vive um permanente terceiro turno eleitoral, trocam-se acusações mútuas. Quem comanda o clube, condena a diretoria passada por ter celebrado um contrato de valores tão elevados e por período tão longo — cinco anos. Quem está fora garante que, na época, foi um bom negócio, por tratar-se do jogador valorizado, que simbolizava, com seu apelido de gladiador, a transição para momentos gloriosos que se pretendia viver na Arena. O faturamento publicitário e em bilheteria seria consequência.
— Kleber foi contratado com autorização do conselho de administração. Estava dentro da previsão orçamentária. Encaixava-se na folha de R$ 6,5 milhões da época. Teve comportamento exemplar. Só não fez mais gols porque ficou 90 dias parado — destaca Paulo Pelaipe, o executivo de futebol que o contratou.

Não fosse a lesão sofrida no tornozelo direito, dia 25 de março de 2012 , em partida contra o Cruzeiro, em Novo Hamburgo, o roteiro da história poderia mesmo ter sido diferente. Kleber já tinha marcado nove gols no Gauchão e encantava a torcida. Sua parada comprometeu a estratégia de marketing que previa o faturamento, até agosto daquele ano, de R$ 1,2 milhão com a venda de produtos associados a sua imagem. Conforme o ex-diretor de marketing, Paulo César Verardi, a camisa 30 era a mais procurada pelos torcedores na época. Além disso, a imagem de Kleber ajudou o clube a ampliar o número de sócios durante o processo de migração para o novo estádio.
— No início de 2011, o Grêmio tinha cerca de 40 mil sócios. Ao final de 2012, este número era de quase 80 mil. Não só exploramos com sucesso a imagem do Kleber, mas também do Moreno e do Luxemburgo — comenta Verardi.
O ex-dirigente afirma que só não conseguiu criar mais produtos com a imagem de Kleber por conta de limitações impostas por contratos anteriores do atleta com seu fornecedor pessoal de material esportivo.
Kleber voltou na metade de 2012, chegou aos 15 gols, mas, em 29 de novembro, passaria por outra cirurgia, desta vez no tendão fibular esquerdo. O novo afastamento comprometeu o ano de 2013, finalizado com somente sete gols. O rendimento não condizia com os ganhos. A gota d'água para as críticas foi ter passado um turno inteiro do Brasileirão sem marcar.
Uma terceira cirurgia, agora no joelho direito, em março de 2014, começou a afastá-lo do Grêmio. Em junho, Kleber foi emprestado ao Vasco. No Grêmio, sua estatística parou em 105 jogos e 23 gols.
Hoje, a rotina do jogador inclui treinamentos diários, a maioria deles com portões fechados. No último final de semana, Kleber visitou a mãe que aniversariava em Osasco, interior paulista. A amigos, ele garante que, se for chamado, estará pronto para jogar.
A reintegração faria a alegria de parte da torcida, que ainda o idolatra. No momento, porém, tal possibilidade é inexistente. Não há chance de reconciliação com Felipão, com quem o jogador rompeu em 2011, no Palmeiras, pouco antes de ser contratado pelo Grêmio. Assim, nos gabinetes, advogados do Grêmio e de Kleber discutem a rescisão. Na ponta do lápis, ela sangraria o clube em R$ 14 milhões, o total da indenização até o final do contrato. O Grêmio propõe um longo parcelamento, hipótese, por enquanto, rechaçada.
— O Grêmio tem que resolver suas pendências, enfrentar suas questões. E uma delas é o Kleber. Queremos a segurança jurídica de ambas as partes, a melhoria do nosso fluxo financeiro e liberar o jogador para que siga a sua vida — diz o presidente Romildo Bolzan Júnior.
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A cada final de mês, recebe um salário bruto de R$ 740 mil. Com os descontos, sobram R$ 640 mil.
São as cifras que representam todo o problema. Como o Grêmio vive um permanente terceiro turno eleitoral, trocam-se acusações mútuas. Quem comanda o clube, condena a diretoria passada por ter celebrado um contrato de valores tão elevados e por período tão longo — cinco anos. Quem está fora garante que, na época, foi um bom negócio, por tratar-se do jogador valorizado, que simbolizava, com seu apelido de gladiador, a transição para momentos gloriosos que se pretendia viver na Arena. O faturamento publicitário e em bilheteria seria consequência.
— Kleber foi contratado com autorização do conselho de administração. Estava dentro da previsão orçamentária. Encaixava-se na folha de R$ 6,5 milhões da época. Teve comportamento exemplar. Só não fez mais gols porque ficou 90 dias parado — destaca Paulo Pelaipe, o executivo de futebol que o contratou.

Não fosse a lesão sofrida no tornozelo direito, dia 25 de março de 2012 , em partida contra o Cruzeiro, em Novo Hamburgo, o roteiro da história poderia mesmo ter sido diferente. Kleber já tinha marcado nove gols no Gauchão e encantava a torcida. Sua parada comprometeu a estratégia de marketing que previa o faturamento, até agosto daquele ano, de R$ 1,2 milhão com a venda de produtos associados a sua imagem. Conforme o ex-diretor de marketing, Paulo César Verardi, a camisa 30 era a mais procurada pelos torcedores na época. Além disso, a imagem de Kleber ajudou o clube a ampliar o número de sócios durante o processo de migração para o novo estádio.
— No início de 2011, o Grêmio tinha cerca de 40 mil sócios. Ao final de 2012, este número era de quase 80 mil. Não só exploramos com sucesso a imagem do Kleber, mas também do Moreno e do Luxemburgo — comenta Verardi.
O ex-dirigente afirma que só não conseguiu criar mais produtos com a imagem de Kleber por conta de limitações impostas por contratos anteriores do atleta com seu fornecedor pessoal de material esportivo.
Kleber voltou na metade de 2012, chegou aos 15 gols, mas, em 29 de novembro, passaria por outra cirurgia, desta vez no tendão fibular esquerdo. O novo afastamento comprometeu o ano de 2013, finalizado com somente sete gols. O rendimento não condizia com os ganhos. A gota d'água para as críticas foi ter passado um turno inteiro do Brasileirão sem marcar.
Uma terceira cirurgia, agora no joelho direito, em março de 2014, começou a afastá-lo do Grêmio. Em junho, Kleber foi emprestado ao Vasco. No Grêmio, sua estatística parou em 105 jogos e 23 gols.
Hoje, a rotina do jogador inclui treinamentos diários, a maioria deles com portões fechados. No último final de semana, Kleber visitou a mãe que aniversariava em Osasco, interior paulista. A amigos, ele garante que, se for chamado, estará pronto para jogar.
A reintegração faria a alegria de parte da torcida, que ainda o idolatra. No momento, porém, tal possibilidade é inexistente. Não há chance de reconciliação com Felipão, com quem o jogador rompeu em 2011, no Palmeiras, pouco antes de ser contratado pelo Grêmio. Assim, nos gabinetes, advogados do Grêmio e de Kleber discutem a rescisão. Na ponta do lápis, ela sangraria o clube em R$ 14 milhões, o total da indenização até o final do contrato. O Grêmio propõe um longo parcelamento, hipótese, por enquanto, rechaçada.
— O Grêmio tem que resolver suas pendências, enfrentar suas questões. E uma delas é o Kleber. Queremos a segurança jurídica de ambas as partes, a melhoria do nosso fluxo financeiro e liberar o jogador para que siga a sua vida — diz o presidente Romildo Bolzan Júnior.
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