Marcelo Oliveira sua a camiseta em Gramado (Foto: Lucas Rizzatti/GloboEsporte.com)
Para Marcelo Oliveira, dar um passo atrás sempre significou avançar. Afinal, começou como meio-campo, fixou-se como volante e até zagueiro foi durante dez partidas em 2014, pelo Palmeiras, antes de ser contratado pelo Grêmio para substituir Zé Roberto, que, curiosamente, se transferira para o Verdão. Fazendo o caminho inverso de seu antecessor, que iniciou na linha de defesa e fez fama mundial mais à frente, Oliveira tem a ambição de ficar à altura do quarentão.
Em entrevista ao GloboEsporte.com antes de subir para a pré-temporada em Gramado, Marcelo Oliveira deu o tom de suas pretensões no Tricolor. Quer retribuir a confiança dada por Felipão e fazer história. Pressão pelo jejum de 13 anos sem títulos nacionais não é problema. Além do Palmeiras, vestiu camisetas do quilate de Corinthians e Cruzeiro.
- A pressão, a partir do momento que você vestir a camisa de um time como o Grêmio, vai ter pressão sempre. Vai existir nas horas boas e ruins. Em relação a isso, já estou calejado, vivi momentos assim - receitou.
Marcelo Oliveira tem 27 anos e apenas seus dois primeiros foram vividos na terra natal Salvador. Por isso, não há sotaque nordestino. Soa muito mais como um autêntico paulista. Foi em no Interior, em Piracicaba, onde fora descoberto por acaso numa pelada em seu bairro, em 2002. O salto foi rápido. Foi para as bases de Guarani e Paulista e, em 2005, já estava no Corinthians. No Pacaembu, como lateral, foi campeão da Copa do Brasil sobre o Inter.
A pré-temporada começou sem bola para Oliveira, que se recupera de lesão muscular sofrida no final do Brasileirão. Mas o ano está apenas começando.
- Vou pensar em fazer o meu trabalho e me entregar o máximo. Vontade nunca vai faltar. Será um desafio enorme - define. - Posso ajudar também na liderança. Sou um cara amigo de todo mundo.
> Confira trechos da entrevista:
GloboEsporte.com - Como foi o seu ano de 2014 no Palmeiras?
Marcelo Oliveira - A gente sabe que foi de bastante luta, foi bastante complicado, pelas nossas últimas rodadas. O começo do ano foi bom. Depois, no Brasileiro, foi mais complicado. Mas fui o jogador que mais atuou pelo Palmeiras em 2014. Até fui capitão em alguns jogos, mostrei o meu valor.
Você acha que pode ser uma liderança no Grêmio?
Eu acho que essa parte da liderança é porque sou um cara positivo, acho que na hora das dificuldades tem que levantar a cabeça. A liderança é de ser amigo de todo mundo, ser um cara respeitado por todos. Acho que isso daí ajuda muito, não é só aquele cara que vai chegar no vestiário brigando com todo mundo, sou mais de pegar na mão e ajudar.
O torcedor gremista está ansioso por títulos, como você vê isso?
A pressão, a partir do momento que você vestir a camisa de um time como o Grêmio, vai ter pressão sempre. Vai existir nas horas boas e ruins. Em relação a isso, já estou calejado, vivi momentos assim.
No seu caso particular, há mais pressão porque o Grêmio tem uma dificuldade crônica com laterais, não?
É um desafio enorme (carência de laterais). Me preparo para tudo nessa vida. Eu não fico muito com isso na cabeça. Vou pensar em fazer o meu trabalho e me entregar o máximo. Vontade nunca vai faltar.
Como foi seu surgimento no futebol?
Foi bem rápido. Eu cresci sozinho com a minha em Piracicaba, não tinha ninguém próxima ao futebol. Mesmo assim, vivia jogando. Um dia, estava jogando num campo lá. Tinha o Carlão, me viu jogando. Ele treinava um clube local e me levou para jogar no outro dia. Isso foi em 2002. No infantil, joguei mais como volante. Antes, ainda era mais meia. No Guarani, fui para segundo volante. Foi no Paulista, com o Paulo Cesar Carpegiani, que surgiu a lateral esquerda para mim. No Corinthians, depois, só fui lateral. No Palmeiras, surgiu a opção até de zagueiro, em 2013. O Gilson Kleina perguntou se eu podia, eu falei que ele podia contar comigo, não tinha medo. Fiz umas dez partidas na zaga.
Você então costuma dar passos atrás para avançar, não?
É o que vem acontecendo comigo. Na estreia do Paulista de 2014, eu estava de volante. Um jogador nosso foi expulso e dei um passo atrás para virar zagueiro.
Sua prioridade é a marcação, certo?
Eu sou um jogador que marco muito, sempre que joguei na lateral, até pela minha estatura, tenho 1m85cm. Quando dá, saio por jogo.
Ser um pedido de Felipão motiva você um pouco mais?
Conversei com ele antes do acerto. O Felipão foi fundamental. Vou ser grato a ele. Mas meu “muito obrigado” vai ter que ser dado dentro de campo.
Será uma vida nova para a família também.
Eu tenho dois filhos, Lucas e Matteo. E será vida nova para eles também. O Lucas, que vai fazer quatro anos, é o que mais entende, terá escola nova… E, claro, vai torcer pelo Grêmio.
VEJA TAMBÉM
- STJ não gosta do Grêmio: é premente recorrer à injustiça que foi feita
- Renato Gaúcho faz declaração sobre possível ida para o Cruzeiro
- Botafogo x Grêmio será em campo neutro
Para Marcelo Oliveira, dar um passo atrás sempre significou avançar. Afinal, começou como meio-campo, fixou-se como volante e até zagueiro foi durante dez partidas em 2014, pelo Palmeiras, antes de ser contratado pelo Grêmio para substituir Zé Roberto, que, curiosamente, se transferira para o Verdão. Fazendo o caminho inverso de seu antecessor, que iniciou na linha de defesa e fez fama mundial mais à frente, Oliveira tem a ambição de ficar à altura do quarentão.
Em entrevista ao GloboEsporte.com antes de subir para a pré-temporada em Gramado, Marcelo Oliveira deu o tom de suas pretensões no Tricolor. Quer retribuir a confiança dada por Felipão e fazer história. Pressão pelo jejum de 13 anos sem títulos nacionais não é problema. Além do Palmeiras, vestiu camisetas do quilate de Corinthians e Cruzeiro.
- A pressão, a partir do momento que você vestir a camisa de um time como o Grêmio, vai ter pressão sempre. Vai existir nas horas boas e ruins. Em relação a isso, já estou calejado, vivi momentos assim - receitou.
Marcelo Oliveira tem 27 anos e apenas seus dois primeiros foram vividos na terra natal Salvador. Por isso, não há sotaque nordestino. Soa muito mais como um autêntico paulista. Foi em no Interior, em Piracicaba, onde fora descoberto por acaso numa pelada em seu bairro, em 2002. O salto foi rápido. Foi para as bases de Guarani e Paulista e, em 2005, já estava no Corinthians. No Pacaembu, como lateral, foi campeão da Copa do Brasil sobre o Inter.
A pré-temporada começou sem bola para Oliveira, que se recupera de lesão muscular sofrida no final do Brasileirão. Mas o ano está apenas começando.
- Vou pensar em fazer o meu trabalho e me entregar o máximo. Vontade nunca vai faltar. Será um desafio enorme - define. - Posso ajudar também na liderança. Sou um cara amigo de todo mundo.
> Confira trechos da entrevista:
GloboEsporte.com - Como foi o seu ano de 2014 no Palmeiras?
Marcelo Oliveira - A gente sabe que foi de bastante luta, foi bastante complicado, pelas nossas últimas rodadas. O começo do ano foi bom. Depois, no Brasileiro, foi mais complicado. Mas fui o jogador que mais atuou pelo Palmeiras em 2014. Até fui capitão em alguns jogos, mostrei o meu valor.
Você acha que pode ser uma liderança no Grêmio?
Eu acho que essa parte da liderança é porque sou um cara positivo, acho que na hora das dificuldades tem que levantar a cabeça. A liderança é de ser amigo de todo mundo, ser um cara respeitado por todos. Acho que isso daí ajuda muito, não é só aquele cara que vai chegar no vestiário brigando com todo mundo, sou mais de pegar na mão e ajudar.
O torcedor gremista está ansioso por títulos, como você vê isso?
A pressão, a partir do momento que você vestir a camisa de um time como o Grêmio, vai ter pressão sempre. Vai existir nas horas boas e ruins. Em relação a isso, já estou calejado, vivi momentos assim.
No seu caso particular, há mais pressão porque o Grêmio tem uma dificuldade crônica com laterais, não?
É um desafio enorme (carência de laterais). Me preparo para tudo nessa vida. Eu não fico muito com isso na cabeça. Vou pensar em fazer o meu trabalho e me entregar o máximo. Vontade nunca vai faltar.
Como foi seu surgimento no futebol?
Foi bem rápido. Eu cresci sozinho com a minha em Piracicaba, não tinha ninguém próxima ao futebol. Mesmo assim, vivia jogando. Um dia, estava jogando num campo lá. Tinha o Carlão, me viu jogando. Ele treinava um clube local e me levou para jogar no outro dia. Isso foi em 2002. No infantil, joguei mais como volante. Antes, ainda era mais meia. No Guarani, fui para segundo volante. Foi no Paulista, com o Paulo Cesar Carpegiani, que surgiu a lateral esquerda para mim. No Corinthians, depois, só fui lateral. No Palmeiras, surgiu a opção até de zagueiro, em 2013. O Gilson Kleina perguntou se eu podia, eu falei que ele podia contar comigo, não tinha medo. Fiz umas dez partidas na zaga.
Você então costuma dar passos atrás para avançar, não?
É o que vem acontecendo comigo. Na estreia do Paulista de 2014, eu estava de volante. Um jogador nosso foi expulso e dei um passo atrás para virar zagueiro.
Sua prioridade é a marcação, certo?
Eu sou um jogador que marco muito, sempre que joguei na lateral, até pela minha estatura, tenho 1m85cm. Quando dá, saio por jogo.
Ser um pedido de Felipão motiva você um pouco mais?
Conversei com ele antes do acerto. O Felipão foi fundamental. Vou ser grato a ele. Mas meu “muito obrigado” vai ter que ser dado dentro de campo.
Será uma vida nova para a família também.
Eu tenho dois filhos, Lucas e Matteo. E será vida nova para eles também. O Lucas, que vai fazer quatro anos, é o que mais entende, terá escola nova… E, claro, vai torcer pelo Grêmio.
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