Xodó de 4 a 1 em Gre-Nal há 24 anos apoia Ruiz por bronca rival: "Frescura"

Assim como Alan Ruiz fizera no 4 a 1 de domingo, Paulo Egídio marcou dois últimos gols já perto do fim do clássico de 1990, último vencido por esse placar pelo Tricolor


Fonte: Globo Esporte

Xodó de 4 a 1 em Gre-Nal há 24 anos apoia Ruiz por bronca rival: Frescura
Paulo Egídio marca dois gols em Gre-Nal de 4 a 1, como Alan Ruiz (Foto: Arivaldo Chaves/Agência RBS)

A facilidade do Youtube permitirá a Alan Ruiz ver e rever o quanto quiser, no futuro, os seus dois gols da marcante goleada do Grêmio sobre o Inter no domingo. No alvorecer dos anos 1990, não havia internet para Paulo Egídio, que eternizou numa fita VHS os dois tentos anotados contra o Colorado. Hoje, a história une o argentino catimbeiro e o sossegado ex-jogador habitante do interior paulista. Cada um a seu modo, ambos se tornaram protagonistas de Gre-Nais finalizados em 4 a 1 para o Tricolor.

O dilatado placar construído pelo time de Felipão na Arena não só encerrou um jejum de nove clássicos e alçou os gremistas ao G-4. Conseguiu igualar um escore não registrado desde o domingo de 29 de julho de 1990. Na ocasião, o Olímpico recebia um Gre-Nal que, na prática, só interessava ao Grêmio, que lutava pelo título estadual contra o Caxias no hexagonal final. Ao Inter, só restava tentar estragar a festa azul do hexacampeonato.

Começam, portanto, a brotar semelhanças dos 4 a 1, separados por 24 anos. O Grêmio saiu na frente e os dois gols finais foram de um mesmo jogador, num curto período de tempo. Paulo Egídio anotou aos 31 e aos 40 minutos do segundo tempo. A diferença básica foi que o Inter chegou a empatar o duelo.

- Tenho até gravado esses gols. Mas, hoje em dia, vejo sempre direto no Youtube - se diverte Paulo Egídio, 50 anos, e secretário de esporte da paulista Dumond, próximo a Ribeirão Preto, em contato com o GloboEsporte.com. - Os jogos foram parecidos, sim. O primeiro tempo foi mais difícil. Já no segundo deslanchamos.



Embora tenha sido artilheiro como Alan Ruiz, Egídio vê mais semelhanças com Dudu, pela movimentação e atrevimento. Comparações à parte, o ex-atacante já coloca o argentino na história dos clássicos, assim como ele próprio. E o absolve da bronca dos colorados, que reprovaram sua comemoração do quarto gol próximo ao banco de reservas vermelho.



- Quando falam desse Gre-Nal, sempre se lembram de mim. Esse clássico me marca até hoje. O mesmo vale para ele (Ruiz). Entrou para a história. Era um Gre-Nal importante, pode ter decidido a vaga à Libertadores - analisa. - Eu não vi explicitamente, que ele foi lá provocar. Passar pelo banco vibrando é normal. A bronca é uma p... de uma frescura. Hoje em dia não pode fazer nada.

Egídio conhece bem o valor de um Gre-Nal. Em outro clássico, antes, em maio de 1989, precisava provar seu valor para ter o contrato ampliado. Então capitão tricolor, Cristóvão Borges intimou o atacante a se esforçar em dobro. Deu certo. Marcou gol no triunfo de 3 a 1 no Beira-Rio e pavimentou espaço para seguir castigando o rival.

Atuou no clube de 1989 a 1991 e ajudou a levantar a primeira Copa do Brasil do clube. Também defendeu Botafogo, Vasco, Atlético-MG Corinthians e alcançou destaque no Joinville. Tudo começou em Gre-Nais. Alguma outra semelhança com Alan Ruiz, emprestado até o final deste ano? O torcedor espera que não seja mera coincidência.



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