Romildo Bolzan Jr. sugere transformar o Humaitá no "bairro do Grêmio"

Foto: Jean Pimentel / Agencia RBS

Futebol e política surgiram praticamente juntos na vida de Romildo Bolzan Júnior, o candidato apoiado por Fábio Koff na sucessão presidencial do Grêmio.

Aos seis anos, junto com o pai, o ex-prefeito de Osório e deputado estadual Romildo Bolzan, falecido em 2001, ele já frequentava a social do Olímpico em dia de jogo.

— Naquele tempo, minha maior alegria era comer picolé no estádio — gargalha.

Era ainda mais jovem quando começou a ser incluído pelo pai nas comitivas que inspecionavam obras no interior de Osório, entre 1963 e 1969. Duas décadas depois, seguiu os passos do velho Bolzan e instalou-se na cadeira de prefeito. Ao todo, foram três mandatos.

Por isso, não foi fácil a tarefa de cortar os laços políticos, mesmo que o prêmio possa ser a honraria de comandar o clube do coração. Entre seguir na presidência estadual do PDT e ser o ungido de Koff, fez a segunda opção. Divide, ao mesmo tempo, o privilégio de ser o cavalo do comissário e a responsabilidade de suceder o presidente mais vencedor do clube.

Em junho, Koff emitiu os primeiros sinais de que não ficaria. Indagou a seus vices se alguém gostaria de ser indicado e Bolzan "foi ficando". Quando Renato Moreira anunciou que saía do processo, restou como único interessado.

Koff é seu espelho e cartão de visitas. Bolzan já se dará por satisfeito se chegar perto dele em títulos.

— O presidente está acima de todos nós. Não disputarei espaço com ele. Seguirei seus exemplos, mas terei minha forma de conduzir, sempre dentro de um processo de lealdade — avisa.

No Grêmio, é a longo prazo o projeto de Bolzan, conselheiro desde 1990 e sócio há 51 anos. Começa por criar o que chama de governança da Arena, depois da conclusão da compra do estádio, uma convicção sua ainda na atual gestão. Sonha com a duplicação do quadro social e com 100% dos assentos no estádio comprados pelo torcedor, após a repactuação da migração.

— A torcida está sendo estimulada a pensar no futuro. A compra do estádio passa por isso. Temos pesquisas científicas sobre isso. Claro que a maioria ainda almeja a vitória no futebol, mas, hoje, há uma visão clara do futuro — entende.



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