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Arbitragem no Brasileirão vem provocando críticas de atletas, técnicos e dirigentes
Bola na mão ou mão na bola? Foi gol ou não? Discussões que sempre fizeram parte do futebol ganharam força nas últimas semanas com as críticas feitas à arbitragem do Campeonato Brasileiro. Graças à orientação da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) para que os árbitros marquem falta em toda bola que encoste nas mãos dos atletas e a alguns erros graves, jogadores, técnicos e dirigentes não estão poupando os donos do apito.
Estes, por sua vez, entendem que só com o auxilio da tecnologia e a profissionalização da categoria os equívocos vão diminuir.
“O nível da arbitragem brasileira é muito bom. O problema é que está impossível apitar um jogo de futebol com a tecnologia avançada que nós temos hoje. É brigar contra a máquina e ninguém consegue”, disse Marco Antônio Martins, presidente da Anaf (Associação Nacional dos Árbitros de Futebol).
O ex-árbitro Sálvio Spínola Fagundes Filho, que comandou a final da Copa América 2011, até concorda sobre a tecnologia, mas julga o nível da arbitragem no Brasil fraco.
“Temos que diferenciar erro de arbitragem de arbitragem ruim. Erro vai ter sempre e em qualquer lugar que tenha futebol, mas tem que melhorar a arbitragem e reduzir os erros”, afirmou Spínola.
No empate entre São Paulo e Flamengo em 25 de setembro, foi assinalado um pênalti para o time paulista em uma bola que tocou de forma involuntária no braço do zagueiro Samir fora da área.
Três dias mais tarde, na vitória do Santos sobre o Goiás, a equipe goiana teve um gol legítimo não validado. O árbitro de linha, que fica ao lado da meta, não viu a bola quicar dentro do gol. O duelo estava 1 a 0 para os santistas no momento e terminou 2 a 0.
“A tecnologia gol-não-gol está aí testada, provada etc. É a única forma [de evitar lances como o do Goiás]”, opinou Spínola.
Já para Sidrack Marinho, ex-árbitro que tem as finais do Brasileiro de 1997 e das Copas do Brasil de 1996 e 1998 no currículo, a discussão sobre tecnologia é supervalorizada. O problema, segundo ele, é a má qualidade dos árbitros e de quem os instrui.
Salários da arbitragem pelo mundo. Veja quanto os árbitros ganham:
-Árbitro Fifa no Brasil ganha R$ 3,5 mil por jogo no Brasileirão.
-Na NFL, o árbitro ganha 173 mil dólares por ano (R$ 414 mil). Em 2019 esse valor sobe para 205 mil dólares (R$ 490 mil)
- A remuneração de juízes da NBA é de 400 mil dólares por ano para os experientes (R$ 957 mil) e de 90 mil dólares para iniciantes (R$ 215 mil).
- Sem contar bônus, os árbitros na Inglaterra são profissionalizados e recebem cerca de 100 mil euros por ano (R$ 330 mil), algo em torno de R$ 27,5 mil por mês.
- Na Alemanha, árbitro Fifa ganha 60 mil euros fixos por ano (R$ 182 mil). Intermediários recebem 50 mil euros (R$ 152 mil), e iniciantes 40 mil euros (R$ 122 mil)
- Na França, o fixo mensal é de 2,7 mil euros (R$ 8,1 mil) e a os árbitros ainda recebem 2,4 mil por jogo (R$ 7,2 mil).
- Em Portugal, os árbitros recebem 1 mil euros por partida (R$ 3,3 mil), mas todos, no mínimo, apitam quatro jogos por mês.
- Argentina: 4,5 mil dólares fixos por mês (R$ 10,7 mil) e mais 660 dólares por partida (R$ 1,5 mil).
- Paraguai: Árbitro Fifa recebe 390 dólares por jogo (R$ 930). Os demais 293 dólares (R$ 700).
- Colômbia: Árbitro Fifa recebe 500 dólares por jogo (R$ 1,2 mil). Os demais 350 dólares (R$ 837).
- Uruguai: Árbitro Fifa recebe 300 dólares por jogo (R$ 718). Os demais 230 dólares (R$ 550).
- Equador: Árbitro Fifa recebe 500 dólares por jogo (R$ 1,2 mil). Os demais 320 dólares (R$ 765).
- Peru: Árbitro Fifa recebe 600 dólares por jogo (R$ 1,4 mil), contando gastos com alimentação. Os demais 305 dólares (R$ 730).
- Venezuela: O árbitro recebe por quilômetro percorrido da sua cidade até o local do jogo, ida e volta: 1 bolivar (R$ 0,56).
- Bolívia: Os árbitros recebem 218 dólares por jogo (R$ 521).
“Falam que tem muita câmera, 20, 25 câmeras. Mas no meu tempo também tinha.
Eu já apitei em vários estádios do Brasil e da América do Sul com muitas câmeras, até na rede tinha microcâmera.
E o que acontecia? Não tinha esses problemas que você tem hoje. O problema todo é a interpretação de pessoas desqualificadas que estão orientando os árbitros de futebol”, falou Marinho.
“Inventaram agora o árbitro da linha de fundo que não participa de nada. É só pra tirar dinheiro de clubes, aumentar o valor do borderô. Porque é uma coisa impressionante: tem árbitro dentro de campo, árbitro reserva, assistentes, representantes da CBF, observador de arbitragem e agora dois árbitros de fundo de gol. E não muda nada. Continua do mesmo jeito ou pior”, prosseguiu o ex-árbitro.
Ajuda zero da CBF
Os árbitros de futebol no Brasil não são profissionais, o que significa que todos têm outros empregos. Eles são filiados às federações locais e “emprestados” à CBF para os campeonatos nacionais. Um juiz ganha R$ 3.500 para apitar uma partida no Brasileirão. Uma minoria privilegiada que não chega a 15 árbitros consegue ter um salário de R$ 15 mil por mês. A maioria, porém, recebe entre R$ 3 mil e R$ 4 mil mensais. E é com este dinheiro que eles têm que se manter em forma.
Gazeta Press
Ex-árbitro Sálvio Spínola reclama que não há ajuda da CBF para preparo físico dos juízes
“Nós somos profissionais por conta do nosso próprio esforço. Hoje um árbitro trabalha o dia inteiro e vai treinar à noite, às 6h da manhã. Paga fisioterapeuta e nutricionista por conta dele. Mas o que tem que haver é que as entidades entendam que a arbitragem não é custo. É investimento”, reclamou Martins.
“Árbitro em alto nível ganha em torno de R$ 100 mil por ano, mas é pago de forma errada. Tem aproximadamente 30% de impostos, tem que gastar com preparador físico, suplemento alimentar, treinos, fisioterapia, médico, remédios, alimentação etc. A ajuda das federações é zero. O goiano Wilton Sampaio está punido pelo STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) por 45 dias e tem que treinar todos os dias, gastando dinheiro”, disse Spínola.
Essa divisão entre o emprego formal e a arbitragem fez Sidrack Marinho tomar uma decisão radical. Contou o ex-árbitro que foi obrigado por seu chefe a fazer uma escolha – e ele acabou optando pelo apito.
“Eu fui gerente de uma empresa e, num determinado dia, fui escalado para apitar um jogo do Remo contra o São Paulo. Eu precisava sair às 15h do sábado para chegar a Belém a tempo. Eu fui pedir para meu supervisor me liberar e a resposta foi ‘você vai ter que optar’. E eu optei pela arbitragem. Comecei a trabalhar a arbitragem com profissionalismo”, revelou Marinho.
É por esse motivo que a Anaf defende a profissionalização e independência dos árbitros. A ideia é regulamentar a profissão de árbitro e não mais depender da CBF.
Gazeta Press
Sidrack Marinho teve que largar emprego como gerente para se dedicar somente à arbitragem
“Deve-se discutir o que é profissionalização. Muitos confundem que é registro na carreira, isto é inviável. O Brasil precisa copiar o resto do mundo e inverter: o árbitro precisa se dedicar primeiro ao futebol e na hora vaga a sua outra atividade.
Aqui é o contrário, o árbitro se dedica ao trabalho e depois vai apitar”, falou Spínola.
“O que nós entendemos hoje é que a arbitragem tem que ser independente. Os clubes cuidam dos clubes; as federações e a CBF, dos campeonatos; e a arbitragem, da arbitragem. A gente tem condição de gerir o andamento da categoria. Mas hoje não se tem vínculo empregatício, mas em contrapartida se tem a escala, a punição e tudo que configura o vínculo”, afirmou Martins.
Árbitro ganha mal?
Mesmo com todos os problemas da falta de ajuda, não é certo dizer que um árbitro de futebol ganha mal. Sobretudo se comparado com a renda média da população brasileira – R$ 24.065 por ano em 2013. Mas, levando em consideração o mundo do futebol, R$ 3.500 por partida é um valor baixo, segundo o presidente da Anaf.
“Se levar em consideração a grande maioria da população brasileira, ganha bem. Mas se levar em consideração o montante envolvido em uma partida de futebol, é irrisório o que um árbitro de futebol ganha. Um árbitro que for hoje apitar um jogo no Maracanã, com 70 mil pessoas, a renda dá R$ 4 milhões. Para o montante hoje do futebol, é muito pequena a fatia que cabe aos árbitros”, explicou Martins.
Para ele, essa enorme diferença para os salários dos jogadores é prejudicial até para o respeito que os árbitros impõem dentro de campo.
“Comparando com a América do Sul, as nossas condições são as melhores possíveis. Agora, se formos falar de Europa, é outra situação. Lá as condições de trabalho são melhores, os árbitros são mais respeitados. Qualquer comentário de qualquer jogador sobre arbitragem ele é punido e isso não acontece no Brasil”, finalizou o dirigente.
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- GRÊMIO AFASTA JOVENS PROMESSAS! Cheron e Zé Guilherme ficam fora enquanto diretoria busca soluções para 2025!
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Estes, por sua vez, entendem que só com o auxilio da tecnologia e a profissionalização da categoria os equívocos vão diminuir.
“O nível da arbitragem brasileira é muito bom. O problema é que está impossível apitar um jogo de futebol com a tecnologia avançada que nós temos hoje. É brigar contra a máquina e ninguém consegue”, disse Marco Antônio Martins, presidente da Anaf (Associação Nacional dos Árbitros de Futebol).
O ex-árbitro Sálvio Spínola Fagundes Filho, que comandou a final da Copa América 2011, até concorda sobre a tecnologia, mas julga o nível da arbitragem no Brasil fraco.
“Temos que diferenciar erro de arbitragem de arbitragem ruim. Erro vai ter sempre e em qualquer lugar que tenha futebol, mas tem que melhorar a arbitragem e reduzir os erros”, afirmou Spínola.
No empate entre São Paulo e Flamengo em 25 de setembro, foi assinalado um pênalti para o time paulista em uma bola que tocou de forma involuntária no braço do zagueiro Samir fora da área.
Três dias mais tarde, na vitória do Santos sobre o Goiás, a equipe goiana teve um gol legítimo não validado. O árbitro de linha, que fica ao lado da meta, não viu a bola quicar dentro do gol. O duelo estava 1 a 0 para os santistas no momento e terminou 2 a 0.
“A tecnologia gol-não-gol está aí testada, provada etc. É a única forma [de evitar lances como o do Goiás]”, opinou Spínola.
Já para Sidrack Marinho, ex-árbitro que tem as finais do Brasileiro de 1997 e das Copas do Brasil de 1996 e 1998 no currículo, a discussão sobre tecnologia é supervalorizada. O problema, segundo ele, é a má qualidade dos árbitros e de quem os instrui.
Salários da arbitragem pelo mundo. Veja quanto os árbitros ganham:
-Árbitro Fifa no Brasil ganha R$ 3,5 mil por jogo no Brasileirão.
-Na NFL, o árbitro ganha 173 mil dólares por ano (R$ 414 mil). Em 2019 esse valor sobe para 205 mil dólares (R$ 490 mil)
- A remuneração de juízes da NBA é de 400 mil dólares por ano para os experientes (R$ 957 mil) e de 90 mil dólares para iniciantes (R$ 215 mil).
- Sem contar bônus, os árbitros na Inglaterra são profissionalizados e recebem cerca de 100 mil euros por ano (R$ 330 mil), algo em torno de R$ 27,5 mil por mês.
- Na Alemanha, árbitro Fifa ganha 60 mil euros fixos por ano (R$ 182 mil). Intermediários recebem 50 mil euros (R$ 152 mil), e iniciantes 40 mil euros (R$ 122 mil)
- Na França, o fixo mensal é de 2,7 mil euros (R$ 8,1 mil) e a os árbitros ainda recebem 2,4 mil por jogo (R$ 7,2 mil).
- Em Portugal, os árbitros recebem 1 mil euros por partida (R$ 3,3 mil), mas todos, no mínimo, apitam quatro jogos por mês.
- Argentina: 4,5 mil dólares fixos por mês (R$ 10,7 mil) e mais 660 dólares por partida (R$ 1,5 mil).
- Paraguai: Árbitro Fifa recebe 390 dólares por jogo (R$ 930). Os demais 293 dólares (R$ 700).
- Colômbia: Árbitro Fifa recebe 500 dólares por jogo (R$ 1,2 mil). Os demais 350 dólares (R$ 837).
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- Equador: Árbitro Fifa recebe 500 dólares por jogo (R$ 1,2 mil). Os demais 320 dólares (R$ 765).
- Peru: Árbitro Fifa recebe 600 dólares por jogo (R$ 1,4 mil), contando gastos com alimentação. Os demais 305 dólares (R$ 730).
- Venezuela: O árbitro recebe por quilômetro percorrido da sua cidade até o local do jogo, ida e volta: 1 bolivar (R$ 0,56).
- Bolívia: Os árbitros recebem 218 dólares por jogo (R$ 521).
“Falam que tem muita câmera, 20, 25 câmeras. Mas no meu tempo também tinha.
Eu já apitei em vários estádios do Brasil e da América do Sul com muitas câmeras, até na rede tinha microcâmera.
E o que acontecia? Não tinha esses problemas que você tem hoje. O problema todo é a interpretação de pessoas desqualificadas que estão orientando os árbitros de futebol”, falou Marinho.
“Inventaram agora o árbitro da linha de fundo que não participa de nada. É só pra tirar dinheiro de clubes, aumentar o valor do borderô. Porque é uma coisa impressionante: tem árbitro dentro de campo, árbitro reserva, assistentes, representantes da CBF, observador de arbitragem e agora dois árbitros de fundo de gol. E não muda nada. Continua do mesmo jeito ou pior”, prosseguiu o ex-árbitro.
Ajuda zero da CBF
Os árbitros de futebol no Brasil não são profissionais, o que significa que todos têm outros empregos. Eles são filiados às federações locais e “emprestados” à CBF para os campeonatos nacionais. Um juiz ganha R$ 3.500 para apitar uma partida no Brasileirão. Uma minoria privilegiada que não chega a 15 árbitros consegue ter um salário de R$ 15 mil por mês. A maioria, porém, recebe entre R$ 3 mil e R$ 4 mil mensais. E é com este dinheiro que eles têm que se manter em forma.
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“Nós somos profissionais por conta do nosso próprio esforço. Hoje um árbitro trabalha o dia inteiro e vai treinar à noite, às 6h da manhã. Paga fisioterapeuta e nutricionista por conta dele. Mas o que tem que haver é que as entidades entendam que a arbitragem não é custo. É investimento”, reclamou Martins.
“Árbitro em alto nível ganha em torno de R$ 100 mil por ano, mas é pago de forma errada. Tem aproximadamente 30% de impostos, tem que gastar com preparador físico, suplemento alimentar, treinos, fisioterapia, médico, remédios, alimentação etc. A ajuda das federações é zero. O goiano Wilton Sampaio está punido pelo STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) por 45 dias e tem que treinar todos os dias, gastando dinheiro”, disse Spínola.
Essa divisão entre o emprego formal e a arbitragem fez Sidrack Marinho tomar uma decisão radical. Contou o ex-árbitro que foi obrigado por seu chefe a fazer uma escolha – e ele acabou optando pelo apito.
“Eu fui gerente de uma empresa e, num determinado dia, fui escalado para apitar um jogo do Remo contra o São Paulo. Eu precisava sair às 15h do sábado para chegar a Belém a tempo. Eu fui pedir para meu supervisor me liberar e a resposta foi ‘você vai ter que optar’. E eu optei pela arbitragem. Comecei a trabalhar a arbitragem com profissionalismo”, revelou Marinho.
É por esse motivo que a Anaf defende a profissionalização e independência dos árbitros. A ideia é regulamentar a profissão de árbitro e não mais depender da CBF.
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“Deve-se discutir o que é profissionalização. Muitos confundem que é registro na carreira, isto é inviável. O Brasil precisa copiar o resto do mundo e inverter: o árbitro precisa se dedicar primeiro ao futebol e na hora vaga a sua outra atividade.
Aqui é o contrário, o árbitro se dedica ao trabalho e depois vai apitar”, falou Spínola.
“O que nós entendemos hoje é que a arbitragem tem que ser independente. Os clubes cuidam dos clubes; as federações e a CBF, dos campeonatos; e a arbitragem, da arbitragem. A gente tem condição de gerir o andamento da categoria. Mas hoje não se tem vínculo empregatício, mas em contrapartida se tem a escala, a punição e tudo que configura o vínculo”, afirmou Martins.
Árbitro ganha mal?
Mesmo com todos os problemas da falta de ajuda, não é certo dizer que um árbitro de futebol ganha mal. Sobretudo se comparado com a renda média da população brasileira – R$ 24.065 por ano em 2013. Mas, levando em consideração o mundo do futebol, R$ 3.500 por partida é um valor baixo, segundo o presidente da Anaf.
“Se levar em consideração a grande maioria da população brasileira, ganha bem. Mas se levar em consideração o montante envolvido em uma partida de futebol, é irrisório o que um árbitro de futebol ganha. Um árbitro que for hoje apitar um jogo no Maracanã, com 70 mil pessoas, a renda dá R$ 4 milhões. Para o montante hoje do futebol, é muito pequena a fatia que cabe aos árbitros”, explicou Martins.
Para ele, essa enorme diferença para os salários dos jogadores é prejudicial até para o respeito que os árbitros impõem dentro de campo.
“Comparando com a América do Sul, as nossas condições são as melhores possíveis. Agora, se formos falar de Europa, é outra situação. Lá as condições de trabalho são melhores, os árbitros são mais respeitados. Qualquer comentário de qualquer jogador sobre arbitragem ele é punido e isso não acontece no Brasil”, finalizou o dirigente.
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