Jefferson apoia Aranha, mas diz que caso de racismo tomou proporção grande demais

Goleiro do Botafogo afirmou que não se pode pagar mal com mal ao comentar incêndio na casa de torcedora gremista que chamou goleiro do Santos de "macaco"


Fonte: LanceNet!

Jefferson apoia Aranha, mas diz que caso de racismo tomou proporção grande demais
Jefferson voltou a comentar caso de racismo sofrido por Aranha (Foto: Bruno de Lima/LANCE!Press)

Na opinião de Jefferson, o episódio de recismo sofrido pelo goleiro Aranha, do Santos, na partida contra o Grêmio, pela Copa do Brasil, na Arena do Grêmio, em Porto Alegre, em 28 de agosto, tomou uma dimensão grande demais. Para o jogador do Botafogo, a torcedora Patrícia Moreira, flagrada pelas câmeras de TV xingando o jogador santista de "macaco", serviu de "bode expiatório" para os diversos casos de preconceito racial que acontecem no Brasil.

- Todo mundo tem de comprar essa briga, mas cada um tem uma forma diferente de agir. Não tem como eu dizer o que faria, até porque cada um tem uma reação na hora, mas são episódios que acontecem e que a gente devia dar um basta. Isso não vai levar ninguém a lugar nenhum. Claro que a gente não tem de pegar ninguém para Cristo, mas todos em volta têm de se conscientizar sobre o que aconteceu. Acho que eu apoio o Aranha em todas as declarações, mas até ele mesmo sabe que não precisava chegar a esse ponto para que as coisas fossem resolvidas - disse Jefferson, em entrevista ao UOL Esporte.

Na época em que ocorreu o episódio com Aranha, Jefferson disse ser solidário a Aranha e apoiá-lo nas manifestações. No entanto, o fato de a casa de Patrícia ter sido incendiada fez o botafoguense relativizar os desdobramentos do caso.

- Acho que não precisava esse negócio de botar fogo na casa da menina. A gente não vai vencer o mal com o mal, mas hoje o Brasil é preconceituoso. Houve esse caso, e esse caso foi meio que um bode expiatório - disse o goleiro.

Quando o fogo foi ateado em sua residência, a torcedora Patrícia já não morava mais no endereço, pois se mudou devido a dimensão que tomado pelo caso. Inconformado com o caso, Aranha registrou queixa em Porto Alegre, e a gremista está respondendo na Justiça pelo caso de racismo.

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