Pênalti de Fagner no jogo entre Flamengo x Corinthians Foto: Sportv)
Presidente da Comissão Nacional de Arbitragem, Sérgio Corrêa da Silva foi convidado pelo "Arena SporTV" para discutir um tema polêmico: os recentes pênaltis marcados pelos árbitros brasileiros por mão na bola. Por uma nova interpretação da Fifa, o critério adotado pelos apitadores mudou, o que aumentou o número de marcações.
De acordo com o dirigente, as novas interpretações vêm sendo discutidas desde 2013, mas passaram a entrar em vigor em abril deste ano. Em um fórum, foram exibidos e discutidos 26 vídeos com diferentes situações. Elas, porém, não estão escritas na regra.
- O conceito estava muito bem definido, o Brasil conseguiu com muita dificuldade equalizar essa situação de bola na mão e mão na bola. Intenção e não intenção. Com essas novas orientações, pedimos para que a Fifa nos mandasse por escrito. A resposta foi que as orientações tem as considerações e a decisão que a Fifa entende como corretas (...) Pedi para que colocassem os vídeos no site da Fifa. Nós, Alemanha, Itália, Espanha e Portugal já vimos situações semelhantes. No olhar de anos atrás, nenhum dos lances pode ser interpretado como falta. No novo olhar, o árbitro tem o direito de interpretar dessa forma. A Fifa não dá orientação para ajudar a defesa. Ela quer que a bola entre e saia mais gols.
Corrêa garante que os árbitros brasileiros têm o entendimento correto da regra, apesar de cada árbitro parecer ter um critério a cada rodada de Campeonato Brasileiro.
- Esse assunto foi muito debatido por 72 árbitros e oito instrutores em abril. É claro que eles falaram: "Poxa, o assunto ampliou". Mas o árbitro tem mais ferramentas para definir. Ver se abriu o braço em demasia, se ao correr ele toca na bola, as informações estão nos 26 vídeos. De agosto para cá as situações apareceram mais, mas o conceito para nós é muito claro - garante.
Uma marcação usada como exemplo para a discussão foi a que ocorreu na vitória do Flamengo contra o Corinthians, por 1 a 0.
Na ocasião, Everton chutou, a bola bateu no braço de Fagner - que estava colcado ao corpo - e Sandro Meira Ricci pitou pênalti - Cássio defenderia a cobrança de Eduardo da Silva.
- Ele viu o jogador do Corinthians fazendo um movimento no sentido de bloquear com braço. Entendeu bloqueio - explicou Corrêa, antes de Leonardo Gaciba dizer:
- Sandro errou na marcação desse pênalti. Fagner toma todos os cuidados para não correr risco algum de ser marcado o pênalti. A Fifa quis deixar menos interpretativo a mão na bola e deu mais itens: velocidade da bola, distância da bola, a bola que vem de surpresa, se corre risco por estar em posição de bloqueio, se está em um movimento natural ou não. Para mim o grande erro da Fifa foi: tu não pode passar esse conceito para os árbitros se não estão escritos na regra do jogo. É injusto. Botem na regra do jogo que a partir daí fica claro. A Fifa pode fazer um vídeo e mostra para o mundo inteiro qual será a regra do jogo e a interpretação do árbitro - aconselhou.
BOLA NA MÃO APÓS CARRINHO
Pênalti de Fluminense x Palmeiras (Reprodução)
Leonardo Gaciba explicou que pênaltis como o marcado por Elmo Alves da Cunha na goleada do Fluminense por 3 a 0 contra o Palmeiras serão comuns. Na ocasião, Wagner foi á linha de fundo no lado direito do campo, cruzou e a bola bateu no braço do jovem Renato, do Verdão, que deu carrinho para interceptá-la. Mesmo involuntário, o movimento foi irregular.
- Quando vou fazer um cruzamento ou chute a gol, o jogador se atira para bloquear a bola. Se faz isso com o braço, utiliza uma parte do corpo que a regra não permite. Então só não vão punir com o braço em frente do corpo ou exatamente colado nele - esclarece.
BOLA NA MÃO NA BARREIRA
Uma situação que gerou polêmica durante o programa foi a afirmação de Sérgio Corrêa da Silva de que se o jogador estiver na barreira de uma falta e impedir a bola de acertar rosto com o braço terá a penalidade assinalada.
- Se interpretar como bloqueio, o árbitro pode marcar falta, sim - garante.
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De acordo com o dirigente, as novas interpretações vêm sendo discutidas desde 2013, mas passaram a entrar em vigor em abril deste ano. Em um fórum, foram exibidos e discutidos 26 vídeos com diferentes situações. Elas, porém, não estão escritas na regra.
- O conceito estava muito bem definido, o Brasil conseguiu com muita dificuldade equalizar essa situação de bola na mão e mão na bola. Intenção e não intenção. Com essas novas orientações, pedimos para que a Fifa nos mandasse por escrito. A resposta foi que as orientações tem as considerações e a decisão que a Fifa entende como corretas (...) Pedi para que colocassem os vídeos no site da Fifa. Nós, Alemanha, Itália, Espanha e Portugal já vimos situações semelhantes. No olhar de anos atrás, nenhum dos lances pode ser interpretado como falta. No novo olhar, o árbitro tem o direito de interpretar dessa forma. A Fifa não dá orientação para ajudar a defesa. Ela quer que a bola entre e saia mais gols.
Corrêa garante que os árbitros brasileiros têm o entendimento correto da regra, apesar de cada árbitro parecer ter um critério a cada rodada de Campeonato Brasileiro.
- Esse assunto foi muito debatido por 72 árbitros e oito instrutores em abril. É claro que eles falaram: "Poxa, o assunto ampliou". Mas o árbitro tem mais ferramentas para definir. Ver se abriu o braço em demasia, se ao correr ele toca na bola, as informações estão nos 26 vídeos. De agosto para cá as situações apareceram mais, mas o conceito para nós é muito claro - garante.
Uma marcação usada como exemplo para a discussão foi a que ocorreu na vitória do Flamengo contra o Corinthians, por 1 a 0.
Na ocasião, Everton chutou, a bola bateu no braço de Fagner - que estava colcado ao corpo - e Sandro Meira Ricci pitou pênalti - Cássio defenderia a cobrança de Eduardo da Silva.
- Ele viu o jogador do Corinthians fazendo um movimento no sentido de bloquear com braço. Entendeu bloqueio - explicou Corrêa, antes de Leonardo Gaciba dizer:
- Sandro errou na marcação desse pênalti. Fagner toma todos os cuidados para não correr risco algum de ser marcado o pênalti. A Fifa quis deixar menos interpretativo a mão na bola e deu mais itens: velocidade da bola, distância da bola, a bola que vem de surpresa, se corre risco por estar em posição de bloqueio, se está em um movimento natural ou não. Para mim o grande erro da Fifa foi: tu não pode passar esse conceito para os árbitros se não estão escritos na regra do jogo. É injusto. Botem na regra do jogo que a partir daí fica claro. A Fifa pode fazer um vídeo e mostra para o mundo inteiro qual será a regra do jogo e a interpretação do árbitro - aconselhou.
BOLA NA MÃO APÓS CARRINHO
Pênalti de Fluminense x Palmeiras (Reprodução)
Leonardo Gaciba explicou que pênaltis como o marcado por Elmo Alves da Cunha na goleada do Fluminense por 3 a 0 contra o Palmeiras serão comuns. Na ocasião, Wagner foi á linha de fundo no lado direito do campo, cruzou e a bola bateu no braço do jovem Renato, do Verdão, que deu carrinho para interceptá-la. Mesmo involuntário, o movimento foi irregular.
- Quando vou fazer um cruzamento ou chute a gol, o jogador se atira para bloquear a bola. Se faz isso com o braço, utiliza uma parte do corpo que a regra não permite. Então só não vão punir com o braço em frente do corpo ou exatamente colado nele - esclarece.
BOLA NA MÃO NA BARREIRA
Uma situação que gerou polêmica durante o programa foi a afirmação de Sérgio Corrêa da Silva de que se o jogador estiver na barreira de uma falta e impedir a bola de acertar rosto com o braço terá a penalidade assinalada.
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