Venda de Hernane ao Al-Nassr significa taxa de R$ 104 mil a ser paga pelo Flamengo à Faap (Foto: Divulgação)
Ao mesmo tempo em que muitos clubes tentam renegociar suas dívidas, terão uma despesa a mais, depois de enviada uma circular pela CBF para garantir o cumprimento de uma lei já existente. De acordo com o artigo 57 da Lei Pelé, os clubes têm que recolher 0,5% do salário pago mensalmente a cada jogador para a Federação das Associações de Atletas Profissionais (Faap), entidade responsável por dar assistência social e educacional a atletas profissionais, aposentados e em formação. Além disso, o clube que negociar um jogador em definitivo deve pagar 0,8% do valor da transferência. A informação foi divulgada pelo jornal "Folha de S.Paulo" na quinta-feira.
Um exemplo: o Flamengo, que em agosto vendeu o atacante Hernane para o Al-Nassr, da Arábia Saudita, deveria ter pago R$ 104 mil para a Faap, o que corresponde a 0,8% dos R$ 13,6 milhões da transferência. A porcentagem é sempre em cima do valor total, e não da parcela a que tem direito o clube.
- A relação de trabalho é entre clube e atleta. Os direitos federativos e econômicos pertencem ao clube. Se ele não tem 100% do jogador, é porque em algum momento negociou parte da porcentagem de acordo com os seus interesses e já recebeu dinheiro por isso. Para nós, não interessa se parte do jogador pertence a bancos, empresários, agentes, patrocinadores, investidores, financeiras. Estas figuras não existem na legislação esportiva. Se o clube negociou uma porcentagem do jogador com alguma delas, é problema dele - explicou o superintendente da Faap, Márcio Tannús de Almeida.
A circular enviada pela diretoria de Registro e Transferência da CBF estabelece que o comprovante de pagamentos dessas contribuições seja anexado ao seu sistema. Em caso de sonegação, não haverá registro do contrato, e consequentemente o nome do atleta não será publicado no BID, impedindo-o de atuar. Isso significa que o clube comprador só poderá colocar em campo o seu reforço se o vendedor pagar a taxa. No caso de uma negociação com outro país, a CBF não deve autorizar a transferência sem o pagamento da taxa.
Em tom irônico, o presidente Alexandre Kalil disse que o Atlético-MG vem questionando na Justiça a norma - que surgiu em 2007 e se tornou obrigatória a partir de 2013 - e criticou a CBF.
- Isso já está sob juízo, está com nosso departamento jurídico. Essa é mais uma grande contribuição da CBF para o futebol brasileiro. Estão arrumando mais despesa para a gente pagar. Ou seja, não fazem coisa nenhuma, mas não param de arrumar despesa. Agora arrumaram isso de entrar de mãozinha dada, tocar o hino nacional e vetaram as crianças. Mas já estamos na Justiça há muito tempo por causa disso. A CBF está atropelando a lei - disse Kalil, que ainda não tem estimativa do valor que o clube teria que gastar com a aplicação destes dispositivos.
A CBF divulgou nota em que afirma que não criou a regra ("nem é da sua competência") e citou que ela está prevista na Lei Pelé.
A Faap informou que arrecadou R$ 4,5 milhões em 2013 com estas contribuições e que o valor poderia chegar a R$ 15 milhões se os clubes fizessem o pagamento sem qualquer tipo de sonegação.
Segundo o superintendente, a quantia é destinada a jogadores desempregados e ex-atletas através de bolsas de estudo, auxílio funeral, cestas básicas, exames laboratoriais, medicamentos, contribuição previdenciária, entre outros benefícios.
- O sonho de todo jogador que atua em time pequeno é marcar um gol ou ter atuações de destaque para ter a oportunidade de vestir a camisa de um grande clube. No entanto, nem todos conseguem. Aí é que entra a Faap. Nosso trabalho é auxiliar aquela quantidade enorme de jogadores que não tem esta chance e assina contratos de apenas três ou quatro meses com times de menor investimento, principalmente para a disputa dos estaduais, ficando o restante do ano sem emprego. O tempo passa e, quando esses jogadores decidem abandonar os gramados, ficam sem perspectiva de futuro. A nossa base de atuação é a educação destes atletas. Se parou de jogar bola, que vá estudar para tentar uma vaga no mercado de trabalho, e não acabar na rua da amargura, no crime, no tráfico ou mesmo no mercado informal, sem os direitos trabalhistas assegurados - disse Márcio Tannús de Almeida.
VEJA TAMBÉM
- Grêmio avalia propostas e sondagens por volante Ronald; confira os detalhes
- Grêmio avança em negociação e fica perto de acertar venda de Cristian Olivera.
- Atitude de Luís Castro empolga torcida, mas finanças do clube preocupam.
Ao mesmo tempo em que muitos clubes tentam renegociar suas dívidas, terão uma despesa a mais, depois de enviada uma circular pela CBF para garantir o cumprimento de uma lei já existente. De acordo com o artigo 57 da Lei Pelé, os clubes têm que recolher 0,5% do salário pago mensalmente a cada jogador para a Federação das Associações de Atletas Profissionais (Faap), entidade responsável por dar assistência social e educacional a atletas profissionais, aposentados e em formação. Além disso, o clube que negociar um jogador em definitivo deve pagar 0,8% do valor da transferência. A informação foi divulgada pelo jornal "Folha de S.Paulo" na quinta-feira.
Um exemplo: o Flamengo, que em agosto vendeu o atacante Hernane para o Al-Nassr, da Arábia Saudita, deveria ter pago R$ 104 mil para a Faap, o que corresponde a 0,8% dos R$ 13,6 milhões da transferência. A porcentagem é sempre em cima do valor total, e não da parcela a que tem direito o clube.
- A relação de trabalho é entre clube e atleta. Os direitos federativos e econômicos pertencem ao clube. Se ele não tem 100% do jogador, é porque em algum momento negociou parte da porcentagem de acordo com os seus interesses e já recebeu dinheiro por isso. Para nós, não interessa se parte do jogador pertence a bancos, empresários, agentes, patrocinadores, investidores, financeiras. Estas figuras não existem na legislação esportiva. Se o clube negociou uma porcentagem do jogador com alguma delas, é problema dele - explicou o superintendente da Faap, Márcio Tannús de Almeida.
A circular enviada pela diretoria de Registro e Transferência da CBF estabelece que o comprovante de pagamentos dessas contribuições seja anexado ao seu sistema. Em caso de sonegação, não haverá registro do contrato, e consequentemente o nome do atleta não será publicado no BID, impedindo-o de atuar. Isso significa que o clube comprador só poderá colocar em campo o seu reforço se o vendedor pagar a taxa. No caso de uma negociação com outro país, a CBF não deve autorizar a transferência sem o pagamento da taxa.
Em tom irônico, o presidente Alexandre Kalil disse que o Atlético-MG vem questionando na Justiça a norma - que surgiu em 2007 e se tornou obrigatória a partir de 2013 - e criticou a CBF.
- Isso já está sob juízo, está com nosso departamento jurídico. Essa é mais uma grande contribuição da CBF para o futebol brasileiro. Estão arrumando mais despesa para a gente pagar. Ou seja, não fazem coisa nenhuma, mas não param de arrumar despesa. Agora arrumaram isso de entrar de mãozinha dada, tocar o hino nacional e vetaram as crianças. Mas já estamos na Justiça há muito tempo por causa disso. A CBF está atropelando a lei - disse Kalil, que ainda não tem estimativa do valor que o clube teria que gastar com a aplicação destes dispositivos.
A CBF divulgou nota em que afirma que não criou a regra ("nem é da sua competência") e citou que ela está prevista na Lei Pelé.
A Faap informou que arrecadou R$ 4,5 milhões em 2013 com estas contribuições e que o valor poderia chegar a R$ 15 milhões se os clubes fizessem o pagamento sem qualquer tipo de sonegação.
Segundo o superintendente, a quantia é destinada a jogadores desempregados e ex-atletas através de bolsas de estudo, auxílio funeral, cestas básicas, exames laboratoriais, medicamentos, contribuição previdenciária, entre outros benefícios.
- O sonho de todo jogador que atua em time pequeno é marcar um gol ou ter atuações de destaque para ter a oportunidade de vestir a camisa de um grande clube. No entanto, nem todos conseguem. Aí é que entra a Faap. Nosso trabalho é auxiliar aquela quantidade enorme de jogadores que não tem esta chance e assina contratos de apenas três ou quatro meses com times de menor investimento, principalmente para a disputa dos estaduais, ficando o restante do ano sem emprego. O tempo passa e, quando esses jogadores decidem abandonar os gramados, ficam sem perspectiva de futuro. A nossa base de atuação é a educação destes atletas. Se parou de jogar bola, que vá estudar para tentar uma vaga no mercado de trabalho, e não acabar na rua da amargura, no crime, no tráfico ou mesmo no mercado informal, sem os direitos trabalhistas assegurados - disse Márcio Tannús de Almeida.
VEJA TAMBÉM
- Grêmio avalia propostas e sondagens por volante Ronald; confira os detalhes
- Grêmio avança em negociação e fica perto de acertar venda de Cristian Olivera.
- Atitude de Luís Castro empolga torcida, mas finanças do clube preocupam.

Comentários
Enviar Comentário
Aplicativo Gremio Avalanche
Leia também
Grêmio mira conquista inédita na final da Copa Feminina.
Grêmio lança campanha de antecipação de mensalidades para sócios do clube
ceo do grêmio alerta para desejo do flamengo de dominar o brasileirão
Aposta milionária se transforma em pesadelo e trio uruguaio deixa Grêmio
Ceo do Grêmio pede união dos times para evitar domínio do Flamengo
dirigente do grêmio prevê domínio do flamengo no futebol brasileiro.
Grêmio demite treinador de goleiros em reestruturação da comissão técnica.
Sérgio Ilha Moreira Recebe Título de Associado Benemérito no Grêmio
Ceos de clubes se unem contra projeto "Bundesliga" do Flamengo no Brasil.
Ceos de clubes se unem contra projeto "Bundesliga" do Flamengo no Brasil.
Flamengo busca transformar Campeonato Brasileiro em uma Bundesliga
Flamengo pretende transformar Brasileirão em "Bundesliga", diz CEO do Grêmio
Gremio dispensa treinador de goleiros com chegada de Luis Castro
Desafio superado: técnico do Grêmio destaca oportunidade na Copinha Feminina.
Volante do Grêmio avalia propostas de transferência e pode sair do clube
Primeira solicitação de Luis Castro e proposta irrecusável para Kike deixar o clube
Grêmio avalia propostas e sondagens por volante Ronald; confira os detalhes
Grêmio é Notificado por Braithwaite sobre Dívida Milionária: Valor Revelado
Reforço Sondado e Parceria com Kike: Novidades no Mundo do Futebol
Grêmio avança em negociação e fica perto de acertar venda de Cristian Olivera.
Injeção de Recursos e Consultoria Badalada Impulsionam Performance do Grêmio
Trio Uruguaio de R$ 60 milhões Repete Roteiro no Grêmio e Frustra Expectativa