Vaias e xingamentos: para dirigente do Grêmio, foi tudo “absolutamente normal”

Rui Costa afirma que não houve nenhum episódio de racismo e agressividade, já Aranha esperava ser recebido de outra maneira


Fonte: Yahoo!

Vaias e xingamentos: para dirigente do Grêmio, foi tudo “absolutamente normal”
Aranha goleiro do Santos durante a partida válida pelo Campeonato Brasileiro Foto: Helio Suenaga /Gazeta Press

21 dias depois de ter sofrido injúrias raciais em partida pela Copa do Brasil no dia 28 de agosto, Aranha volta à Arena do Grêmio, encontra clima hostil e se diz “triste” com o comportamento da torcida gremista, mais uma vez. No entando o Diretor Executivo do Grêmio, Rui Costa, considera que foi tudo completamente normal e afirma em entrevista exclusiva para o Yahoo! Esporte Interativo: “Não houve nenhum episódio de racismo ou de agressividade. É óbvio que não ia chegar aqui e ser recebido com pétalas de rosas”.

Não foi um jogo qualquer nem para o goleiro, nem para a torcida. Após a exclusão do time da Copa do Brasil, torcedores pareciam precisar achar um culpado e isso foi atribuído ao santista. O reencontro foi repleto de vaias, ironias, deboches e muita tensão.

Foram ouvidos aplausos durante suposta "cera" do goleiro e ainda um grito de "vai, Branca de Neve!". Em outros momentos podia-se ouvir "Aranha viado" e “ão, ão, ão, o Aranha é alemão”, em claro tom irônico, já que a torcida tratou de evitar a palavra “macaco” em seus gritos.

Para o goleiro do Peixe as vaias não eram comuns do jogo: “Normalmente o adversário sempre é vaiado fora de casa. É normal. Mas ficou bem claro que as vaias não eram pela partida, mas sim pelo que aconteceu da outra vez que eu vim e isso entristece”.

A Arena não ficou lotada, tinha apenas 21 mil pessoas presentes no estádio, mas mesmo assim, quando Aranha começou a se destacar no gol, a intensidade dos xingamentos aumentou. Se isso for considerado inadequados, para Rui Costa “Ai teríamos que fechar os estádios. Em uma situação de alto risco, a torcida do Grêmio teve um comportamento de futebol, de torcedor de futebol”.

Não foi o que achou o goleiro Aranha, que ao final da partida disse aos jornalistas: “Me chamaram de branquelo. Era piada? O que acontece lá é um caso à parte, é diferente”. E critica a torcida do time porto alegrense: “Deu para perceber bem qual é o pensamento do torcedor gremista, da grande maioria que apoiou aquele ato. Teve muita gente, como teve hoje também e a única coisa que eu fiz foi relatar para o árbitro”.

Rui Costa, em entrevista na última quarta-feira (17), disse ao Yahoo Esporte Interativo que os gremistas iriam “receber o Santos aqui com todo respeito e cortesia”, mas Aranha não se sentiu assim ao fim do jogo: “Eu, sinceramente, esperava ser recebido de outra maneira. Acreditava que a grande maioria tinha repudiado as atitudes. Pelo que vi hoje, concordam com tudo. Acham isso bonito”.

O Grêmio ainda tentará convencer o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) a recolocá-lo na competição de mata-mata da Copa do Brasil após a exclusão por injúrias raciais. O julgamento no Pleno está sem data oficial para ser realizado.

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