Vice do Grêmio: 'Imprensa não perdoa 7 a 1 e ataca clube'


Fonte: Espn

Vice do Grêmio: Imprensa não perdoa 7 a 1 e ataca clube
Felipão chegou a falar em 'armadilha' de Aranha após os incidentes na Copa do Brasil

Na falta de explicações para o que acreditam ser um processo que tem como objetivo fechar suas portas, os dirigentes do Grêmio sugerem que os ataques ao clube após as injúrias raciais ao goleiro Aranha, em 28 de agosto, e a sua exclusão da Copa do Brasil podem estar ligados até mesmo à contratação de Luiz Felipe Scolari. Segundo eles, a "perseguição" à torcida tricolor havia esfriado, mas voltou com toda força nesta quinta-feira, durante o empate de 0 a 0 com o Santos, em Porto Alegre.

Membro do conselho administrativo e um dos vice-presidentes do time, Odorico Roman acredita que parte da imprensa não teria "perdoado" o ex-técnico da seleção brasileira pela campanha na última Copa do Mundo.

"Não sabemos o que pensar. Às vezes, ficamos com a impressão de que não perdoaram o Felipão pela goleada de 7 a 1 para a Alemanha e se voltam contra a gente por conta disso", afirma Odorico ao ESPN.com.br.

Ele esteve no estádio acompanhando o reencontro entre a torcida do Grêmio e Aranha ontem.

O dirigente foi testemunha do ambiente hostil encontrado pelo camisa 1 na capital gaúcha, porém, nega que tenha havido qualquer motivação racial nas vaias direcionadas ao adversário desde o aquecimento até o último minuto.

"O que acontece: ninguém nega que houve injúria racial contra Aranha. A reação dele foi de emoção, justa e etc. O pessoal fica usando o episódio de forma repetida, sem entender que, no primeiro jogo (das oitavas de final da Copa do Brasil), ele fez muita cena, deixando a torcida irritada, mesmo aqueles que não o xingaram. Depois, claro, vieram as declarações de não querer uma reaproximação com o clube, não aceitar desculpas, o tratamento com a menina, tudo um direito dele", comenta Odorico Roman.

"Mas realmente o que aconteceu nesta partida foi um protesto pela cena que ele fez. A torcida do Grêmio não é mais ou menos racista que o povo do Brasil. Existe uma campanha para estigmatizá-la (como racista). Somos brasileiros como a sociedade. Nosso racismo não é muito diferente", prossegue.

O vice-presidente tricolor acredita ser difícil o clube controlar o comportamento de sua torcida, por mais que ações preventivas tenham sido feitas após o julgamento em primeira instância no STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva).

"O ‘ranço' contra o Grêmio continua aceso. Ontem, em função do jogo, houve um refluxo. A torcida do Grêmio foi massacrada, não aceitam nada que não seja o fechamento do clube, racista e estigmatizado. É um ódio difícil de compreender, havia acontecido um esfriamento e voltaram com tudo. Somos tão racistas quanto o resto da sociedade brasileira", finaliza.

Em sua súmula, o árbitro mineiro Ricardo Marques Ribeiro não relatou qualquer ocorrência relacionada ao comportamento dos donos da casa com Aranha.

O Grêmio ainda irá ao Pleno do STJD tentar convencê-lo a admiti-lo de volta na Copa do Brasil após a exclusão por injúrias raciais. O julgamento está sem data oficial para ser realizado no momento.





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