Mesmo com "proteção" entre organizadas, polícia deve concluir inquérito até o fim do mês

Foto: Reprodução, ESPN

Pelo menos cinco pessoas seguem na mira da Polícia Civil no caso de injúria racial contra o goleiro Aranha, do Santos, na Arena do Grêmio. Além da jovem Patrícia Moreira, flagrada por câmeras de televisão, agentes da 4ª Delegacia de Polícia (DP) de Porto Alegre buscam a identificação exata de outros torcedores que aparecem imitando macacos no setor de arquibancada norte do estádio naquele 28 de agosto.

Segundo o titular da 4ª DP, delegado Herberth Ferreira, para ter a certeza da participação dos suspeitos listados pela polícia — porém não revelados, exceto Patrícia — foram requisitados fonoaudiólogos para realização da leitura labial e corporal dos gremistas que aparecem em câmeras de segurança e também nas imagens da televisão.

A polícia ainda tenta encontrar mais vídeos que possam facilitar na investigação. Novos depoimentos devem ser tomados nos próximos dias. O inquérito tem prazo até o dia 28 deste mês para ser remetido ao Ministério Público, podendo ser prorrogado.

Contudo, Ferreira acredita que o documento será entregue no tempo hábil. Uma das dificuldades encontradas nos depoimentos colhidos pela polícia diz respeito à proteção que membros de torcidas organizadas têm entre si:

— É claro que eles se protegem. Dizem que não conhecem, dão respostas evasivas, e a gente sabe que não são verdadeiras. Mas temos meios de superar essas questões — afirma o delegado.

A partir das novas diligências a serem feitas pela polícia, outras pessoas podem ser chamadas a prestar esclarecimentos.

Não está descartada a inclusão de mais nomes entre os indiciados.

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