Renato e Mano foram protagonistas em rivais da semi; relembre

Grêmio e Cruzeiro começam a decidir a vaga na final da Copa do Brasil na noite desta quarta-feira, a partir das 21h45, na Arena. Mano Menezes e Renato Gaúcho hoje comandam mineiros e gaúchos, respectivamente. Mas já viveram um passado identificado com os agora rivais em um passado não tão distante.



Renato, em sua época de jogador, teve uma fugaz e goleadora passagem pela Raposa, com direito a cinco gols em uma mesma partida e a ser decisivo na campanha pelo título da Supercopa da Libertadores e do Campeonato Mineiro de 92. Mano Menezes, como técnico, guiou o Tricolor em seu retorno à elite do futebol brasileiro, com direito a DVD da Batalha dos Aflitos, e tem o vice-campeonato da América no currículo, além do Gauchão de 2006.
As semelhanças talvez parem por aí, na história passada no rival. Mano Menezes tem o tom mais comedido em entrevistas e perfil estudioso. Renato, apesar de declarações menos polêmicas e ter amadurecido, não descola do personagem folclórico dos tempos de jogador.

"Eu quero ser campeao. Nasci para vencer. Sou um vencedor. Quando jogo o dois toques com os meus jogadores, eu quero ganhar. E o caminho mais curto para chegar nesse título é a Copa do Brasil e a Libertadores" (Renato).

"Sabemos que vamos encontrar uma grande equipe, que vem jogando um dos melhores futebois. Só temos dois caminhos: ou senta, chora e desespera ou enfrenta um grande adversário. E o Cruzeiro tem time para enfrentar um grande adversário" (Mano).

Os treinadores também se enfrentaram no ano passado. Foi justamente na mesma fase, em um tira-teima - ambos tinham um título e um vice cada.

Renato no Cruzeiro

Teve uma passagem meteórica pelo Cruzeiro, sendo contratado em agosto de 1992 e deixando a Toca ainda em janeiro de 1993. Após ter problemas no Botafogo, o atacante comprou seu próprio passe e acertou com o clube mineiro. Apesar de pouco tempo, teve momentos de glória na Toca da Raposa.

Além de ter sido lembrado para a Seleção no período que esteve em Minas, Renato ainda deixou sua marca no Cruzeiro, ao marcar cinco gols na goleada por 8 a 0 sobre o Atlético Nacional, da Colômbia, pela Supercopa da Libertadores. Da competição, veio o primeiro título. Na decisão, o Cruzeiro venceu o Racing, da Argentina, com Portaluppi terminando como artilheiro máximo do torneio - seis gols.

No fim de 1992, Renato ainda foi campeão mineiro, marcando quatro gols nos dois jogos da final contra o América-MG (relembre a conquista no vídeo acima). A diretoria cruzeirense, após seu sucesso, tentou renovar o vínculo com o artilheiro, mas ele desejou voltar ao Rio, por onde passou a jogar pelo Flamengo.

Mano Menezes no Grêmio

Mano assumiu o Grêmio após se destacar no 15 de Novembro, de Campo Bom, da região metropolitana de Porto Alegre. Levou a equipe às semifinais da Copa do Brasil de 2004. Assumiu o Tricolor após o ídolo Hugo De León deixar o clube, no início de 2005, já com a Série B em andamento. Aos trancos e barrancos, levou os gremistas ao título da competição, com o último jogo marcante com vitória sobre o Naútico, com dois pênaltis contra e sete jogadores contra 10 dos pernambucanos.

Em 2006, conquistou o Gauchão sobre o rival Inter, então badalado por estar na Libertadores e com jogadores de renome, como Iarley, Fernandão e Tinga. Empatou os dois jogos da final e, por ter marcado no Beira-Rio, com Pedro Júnior, em desvio de nuca, levou o título estadual daquele ano.

Em 2007, talvez o ponto mais importante da relação, embora o mais marcante fique com a Batalha dos Aflitos. Foi o cabeça da campanha pelo vice da América, com derrota para o Boca Juniors nos dois jogos da final, em time com Diego Souza, Lucas Leiva e Tcheco. Foi a última decisão de Libertadores que o Grêmio chegou, a primeira desde o título de 95.




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