Foto: Lauro Alves / Agencia RBS
A Arena, palco que Hélio Volkmer Dourado levou três anos para conhecer, vela desde esta terça-feira (1°/8) o presidente que, por sua ousadia e tenacidade, fez o Grêmio transpor os limites do Rio Grande do Sul.
Cirurgião torácico, Dourado tinha 87 anos e o ingresso na Calçada da Fama do clube, ocorrido em 2011, foi o reconhecimento a uma obra que inclui a modernização do Estádio Olímpico, hoje desativado, a e conquista do primeiro título brasileiro, em 1981.
Dourado nasceu em 20 de março de 1930, em Santa Cruz do Sul. Antes uma paixão vivida à distância, o Grêmio ingressou em sua vida em 1941, apenas um ano após sua vinda para a Capital. Era, então, um garoto de 11 anos e ganhou da mãe o título de sócio do clube.
A relação, intensificada no período em que atuou como centromédio nas categorias de base, foi momentaneamente interrompida pelo ingresso na Medicina, mas passou longe de ser quebrada.
Em 1968, Dourado tornou-se conselheiro. Foi vice-presidente de relações sociais e de finanças nas gestões de Hermínio Bittencourt e de Flávio Obino, respectivamente, abrindo caminho para assumir como presidente em 18 de dezembro de 1975, sucedendo a Luiz Carvalho, de quem havia sido diretor de futebol.
Desde então, sua trajetória se funde com a do Grêmio. Já no ano seguinte, ele traçou a meta de pôr fim ao domínio do Inter no futebol gaúcho. O rival, já campeão brasileiro, ainda havia melhorado a base, o que lhe asseguraria o bi. Interromper sua trilha vitoriosa no Estado soava, dessa forma, como impensável.
Não para Dourado, que montou o histórico time de 1977, comandado por Telê Santana, no qual despontavam nomes como Oberdan, Tadeu Ricci, Iúra, Tarciso, André Catimba e Éder. O resultado foi a quebra da hegemonia vermelha, com o título estadual.
Sucessivas reeleições fizeram com que ele ainda estivesse no comando do clube em 1981, o ano do primeiro título brasileiro, na histórica decisão contra o São Paulo, no Morumbi. Sob o visionário comando de Dourado, o Grêmio rompia os limites regionais e passava a vislumbrar a América e o mundo, metas atingidas em 1983.
Antes, o carisma de Dourado sustentara sua caminhada por todo o Estado, além de cidades de Goiás e Mato Grosso, arrecadando tijolos e cimento que permitiram a reforma do Olímpico, entregue ao torcedor em 1980. O fechamento do anel superior valeu ao estádio o pomposo complemento de Monumental.
— Foi a torcida que fez esta obra. Construímos aquilo tudo e deixamos dinheiro em caixa. Sem tirar um tostão do Grêmio — dizia, com orgulho.
Em 8 de junho de 2004, aceitou assumir como vice de futebol de Flávio Obino em um momento de grave crise técnica, que culminaria com o rebaixamento à Série B. Mais do que um ato de coragem, seu gesto foi interpretado como uma demonstração de amor, já que, um ano antes, fora o único integrante do Conselho Consultivo a se posicionar contra a aclamação de Obino como presidente.
O aval para encarar um cargo de tamanha exigência aos 74 anos veio da mulher Nina Rosa.
— Aceita, Hélio. Tu adoras o Grêmio — disse ela, convencendo o marido, que pretendia seguir como coordenador da construção de CT de Eldorado do Sul, que leva seu nome.
O nome de Hélio Dourado voltaria a ser lembrado com força no projeto de construção da Arena. Desde o início, sua posição foi contrária, por entender que o contrato havia sido pouco estudado e o ideal seria modernizar o Olímpico.
Chegou a afirmar que jamais colocaria seus pés na nova casa, mas, convencido pelo presidente Romildo Bolzan Júnior, conheceu-a em 11 de setembro de 2015, no festejos dos 112 anos do clube. E rendeu-se:
— A Arena é mais imponente do que o Olímpico, um estádio moderno.
Em nota oficial, o Grêmio lamentou a morte. "A história e a personalidade de Hélio Dourado se confundem com a própria história do Grêmio. Foram anos de dedicação e de entrega, que colocaram o Clube no patamar mais alto. Uma história que jamais será esquecida", diz o texto, postado na página oficial do clube.
Eleito em 3 de setembro de 2014 o terceiro patrono do Grêmio, honraria concedida antes somente a Aurélio de Lima Py e Fernando Kroeff, Hélio Dourado será cremado nesta quarta (2), às 10h, no Crematório São José, na Capital.
O homem que apresentou o Grêmio ao Brasil deixa, além da mulher, os filhos Karin, Luiz Fernando, Hélio Jr., Denise e Fernanda Vitória, seis netos e três bisnetos.
VEJA TAMBÉM
- Grêmio avalia propostas e sondagens por volante Ronald; confira os detalhes
- Grêmio avança em negociação e fica perto de acertar venda de Cristian Olivera.
- Atitude de Luís Castro empolga torcida, mas finanças do clube preocupam.
Cirurgião torácico, Dourado tinha 87 anos e o ingresso na Calçada da Fama do clube, ocorrido em 2011, foi o reconhecimento a uma obra que inclui a modernização do Estádio Olímpico, hoje desativado, a e conquista do primeiro título brasileiro, em 1981.
Dourado nasceu em 20 de março de 1930, em Santa Cruz do Sul. Antes uma paixão vivida à distância, o Grêmio ingressou em sua vida em 1941, apenas um ano após sua vinda para a Capital. Era, então, um garoto de 11 anos e ganhou da mãe o título de sócio do clube.
A relação, intensificada no período em que atuou como centromédio nas categorias de base, foi momentaneamente interrompida pelo ingresso na Medicina, mas passou longe de ser quebrada.
Em 1968, Dourado tornou-se conselheiro. Foi vice-presidente de relações sociais e de finanças nas gestões de Hermínio Bittencourt e de Flávio Obino, respectivamente, abrindo caminho para assumir como presidente em 18 de dezembro de 1975, sucedendo a Luiz Carvalho, de quem havia sido diretor de futebol.
Desde então, sua trajetória se funde com a do Grêmio. Já no ano seguinte, ele traçou a meta de pôr fim ao domínio do Inter no futebol gaúcho. O rival, já campeão brasileiro, ainda havia melhorado a base, o que lhe asseguraria o bi. Interromper sua trilha vitoriosa no Estado soava, dessa forma, como impensável.
Não para Dourado, que montou o histórico time de 1977, comandado por Telê Santana, no qual despontavam nomes como Oberdan, Tadeu Ricci, Iúra, Tarciso, André Catimba e Éder. O resultado foi a quebra da hegemonia vermelha, com o título estadual.
Sucessivas reeleições fizeram com que ele ainda estivesse no comando do clube em 1981, o ano do primeiro título brasileiro, na histórica decisão contra o São Paulo, no Morumbi. Sob o visionário comando de Dourado, o Grêmio rompia os limites regionais e passava a vislumbrar a América e o mundo, metas atingidas em 1983.
Antes, o carisma de Dourado sustentara sua caminhada por todo o Estado, além de cidades de Goiás e Mato Grosso, arrecadando tijolos e cimento que permitiram a reforma do Olímpico, entregue ao torcedor em 1980. O fechamento do anel superior valeu ao estádio o pomposo complemento de Monumental.
— Foi a torcida que fez esta obra. Construímos aquilo tudo e deixamos dinheiro em caixa. Sem tirar um tostão do Grêmio — dizia, com orgulho.
Em 8 de junho de 2004, aceitou assumir como vice de futebol de Flávio Obino em um momento de grave crise técnica, que culminaria com o rebaixamento à Série B. Mais do que um ato de coragem, seu gesto foi interpretado como uma demonstração de amor, já que, um ano antes, fora o único integrante do Conselho Consultivo a se posicionar contra a aclamação de Obino como presidente.
O aval para encarar um cargo de tamanha exigência aos 74 anos veio da mulher Nina Rosa.
— Aceita, Hélio. Tu adoras o Grêmio — disse ela, convencendo o marido, que pretendia seguir como coordenador da construção de CT de Eldorado do Sul, que leva seu nome.
O nome de Hélio Dourado voltaria a ser lembrado com força no projeto de construção da Arena. Desde o início, sua posição foi contrária, por entender que o contrato havia sido pouco estudado e o ideal seria modernizar o Olímpico.
Chegou a afirmar que jamais colocaria seus pés na nova casa, mas, convencido pelo presidente Romildo Bolzan Júnior, conheceu-a em 11 de setembro de 2015, no festejos dos 112 anos do clube. E rendeu-se:
— A Arena é mais imponente do que o Olímpico, um estádio moderno.
Em nota oficial, o Grêmio lamentou a morte. "A história e a personalidade de Hélio Dourado se confundem com a própria história do Grêmio. Foram anos de dedicação e de entrega, que colocaram o Clube no patamar mais alto. Uma história que jamais será esquecida", diz o texto, postado na página oficial do clube.
Eleito em 3 de setembro de 2014 o terceiro patrono do Grêmio, honraria concedida antes somente a Aurélio de Lima Py e Fernando Kroeff, Hélio Dourado será cremado nesta quarta (2), às 10h, no Crematório São José, na Capital.
O homem que apresentou o Grêmio ao Brasil deixa, além da mulher, os filhos Karin, Luiz Fernando, Hélio Jr., Denise e Fernanda Vitória, seis netos e três bisnetos.
VEJA TAMBÉM
- Grêmio avalia propostas e sondagens por volante Ronald; confira os detalhes
- Grêmio avança em negociação e fica perto de acertar venda de Cristian Olivera.
- Atitude de Luís Castro empolga torcida, mas finanças do clube preocupam.

Comentários
Comentários (5)
um olímpico modernizado acho que seria mais vantajoso para o Grêmio, sem contar na identificação com o clube a história e outras coisas mais.
seu nome ou o de santana deveria ser colocado na arena quando ela for realmente do grêmio
jogos pra esquecer e outros pra nunca ser esquecido. velho e bom olimpico
na minha humilde opiniao o olimpico nunca deveria ter acabado quando se fala olimpico da saudades
OLÁ VOCÊ DE TODO BRASIL QUE TEM TV POR ASSINATURA E TEM POUCOS CANAIS E PAGA CARO.
NÓS TEMOS A SOLUÇÃO
LIBERAMOS OS CANAIS E REDUZIMOS A FATURA
INTERESSADOS ZAP 11980799494
Enviar Comentário
Aplicativo Gremio Avalanche
Leia também
Nova base do Grêmio é apresentada no Centro de Formação Tricolor.
Torcida gremista aprova contratação de Luís Castro com grande maioria em enquete.
Grêmio planeja fortalecer base e define plano com Luís Castro para 2026.
Grêmio inicia planejamento com Luis Castro para temporada 2026
Grêmio mira conquista inédita na final da Copa Feminina.
Grêmio lança campanha de antecipação de mensalidades para sócios do clube
ceo do grêmio alerta para desejo do flamengo de dominar o brasileirão
Aposta milionária se transforma em pesadelo e trio uruguaio deixa Grêmio
Ceo do Grêmio pede união dos times para evitar domínio do Flamengo
dirigente do grêmio prevê domínio do flamengo no futebol brasileiro.
Grêmio demite treinador de goleiros em reestruturação da comissão técnica.
Sérgio Ilha Moreira Recebe Título de Associado Benemérito no Grêmio
Ceos de clubes se unem contra projeto "Bundesliga" do Flamengo no Brasil.
Ceos de clubes se unem contra projeto "Bundesliga" do Flamengo no Brasil.
Flamengo busca transformar Campeonato Brasileiro em uma Bundesliga
Flamengo pretende transformar Brasileirão em "Bundesliga", diz CEO do Grêmio
Gremio dispensa treinador de goleiros com chegada de Luis Castro
Desafio superado: técnico do Grêmio destaca oportunidade na Copinha Feminina.
Volante do Grêmio avalia propostas de transferência e pode sair do clube
Primeira solicitação de Luis Castro e proposta irrecusável para Kike deixar o clube
Grêmio avalia propostas e sondagens por volante Ronald; confira os detalhes
Grêmio é Notificado por Braithwaite sobre Dívida Milionária: Valor Revelado
Reforço Sondado e Parceria com Kike: Novidades no Mundo do Futebol
Grêmio avança em negociação e fica perto de acertar venda de Cristian Olivera.
Injeção de Recursos e Consultoria Badalada Impulsionam Performance do Grêmio
Trio Uruguaio de R$ 60 milhões Repete Roteiro no Grêmio e Frustra Expectativa