Com ataque "fazedor de gols", Grêmio enfrenta Coritiba, na Arena, na luta pela liderança do Brasileirão

Em 2016, o Grêmio buscava um fazedor de gols. Em 2017, eles sobram na Arena. Não houve um jogo sequer na temporada em que a equipe titular tenha passado sem marcar. Tal poderio ofensivo volta a ser testado nesta quinta (22), contra o Coritiba, às 21h, na Arena.



Computados três jogos ainda de 2016, já são 32 em que os gols vêm em abundância. No total, o Grêmio marcou 67 vezes, sem contar as partidas em que usou reservas.

Luan, que marcou 13 vezes, dispara entre os goleadores, seguido de Lucas Barrios, que recuperou-se de lesão muscular e volta a ficar relacionado, com 12. Até mesmo reservas, como Everton, mostram bom aproveitamento. O atacante só precisou de dois jogos para fazer quatro gols.

— É treinamento, trabalho. O mais importante é que apresentamos em campo o que treinamos. Fechamos os portões para treinarmos. Fazemos gol de todos os jeitos, pois treinamos assim — explica o técnico Renato Portaluppi.

A rigor, alguns dos fazedores de gols já estavam na Arena. Em alguns casos, faltava a sequência de jogos. Algo que o equatoriano Bolaños passou a ter a partir do afastamento de Douglas, por cirurgia. Até sofrer lesão muscular em 27 de abril, o equatoriano já havia marcado oito vezes.

— O Grêmio é o time que vem jogando o melhor futebol do Brasil no momento. Tem uma mobilidade constante, sem um homem de referência, mas com uma troca de posições interessante — elogia o técnico Dorival Jr., para acrescentar em seguida:— Luan vive um momento maravilhoso e a qualidade da saída de bola desses meninos do meio é impressionante. Dá gosto ver o este time jogar.

Presidente do Grêmio na gestão 2009-2010, Duda Kroeff diz que, antes do atual, o melhor ataque do Grêmio que viu em ação foi o de 1977, formado por Tarciso, André Catimba e Éder.

Ao mesmo tempo em que também elogia o de 1983, em que despontavam, Tarciso e Renato, valoriza os atuais atacantes. Com destaque especial para Luan.

— Luan é um jogador muito talentoso. Gosto quando vem de trás, pifando os outros. Everton e Fernandinho também têm entrado muito bem. É impressionante a capacidade de Renato de recuperar jogadores — enfatiza.


O atual presidente Romildo Bolzan Jr. volta ainda mais no tempo. Mergulha nos anos 1960, período em que, ainda menino, festejava os gols de Babá, João Severiano, Alcindo e Volmir.

Com alguma nostalgia, lamenta que hoje não existam mais ponteiros, como Volmir. Mas não deixa de elogiar o desempenho dos atacantes atuais.

— Um ataque que faz gols é o ataque dos sonhos. Tomara que o atual siga assim. Mas será muito difícil manter um nível tão bom quanto o atual— acautela-se.

Para o também ex-presidente Luiz Carlos Silveira Martins, o Cacalo, os gols não são mérito específico dos atacantes. Ele valoriza também o apoio dos laterais e a efetividade de jogadores que partem de trás.

— Até Ramiro virou fazedor de gols. Muito do sucesso se deve a Luan, que, além de fazer gols, presta assistência — destaca.

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