Filipe Guilhon, orientador da Arena, presta depoimento na polícia (Foto: Diego Guichard)
O taxista Filipe Guilhon, de 27 anos, trabalha como orientador da Arena desde que o estádio iniciou as atividades com futebol, em dezembro de 2012. No início da tarde desta quinta-feira, compareceu à 4ª Delegacia de Polícia Civil de Porto Alegre para prestar depoimento e confirmou ter presenciado atos de injúria racial contra Aranha, na partida entre Grêmio e Santos, disputada na última semana, pela Copa do Brasil.
- Relatei ofensas racistas. Macaco, cambada de preto, negro sujo.
Foram bem poucos, uns três ou quatro que fizeram, mas não consegui identificar. Era um grupo bem atrás do gol, onde eu estava trabalhando – conta.
Por outro lado, Guilhon não soube identificar essas pessoas pelos nomes. Somente as reconheceu pelas imagens das câmeras, exibidas na delegacia.
- Qualquer um que tem acesso a internet consegue identificar quem fez. Não sei nome, nem apelido. Para mim são rostos totalmente estranhos – comenta.
O orientador revelou não ter visto Patrícia Moreira no estádio. A jovem de 23 anos, flagrada pelas câmeras da ESPN gritando “macaco”, prestou depoimento pela manhã. Chorando muito, ela chegou ao local por volta das 10h acompanhada do advogado e de um dos irmãos. Durante a passagem da jovem por entre jornalistas e curiosos, ouviu-se um grito de "racista".
Relato de agressão
Guilhon também passou por uma situação pessoal inédita em Grêmio x Santos. Revelou ter sido agredido por gremistas que tentaram invadir a Arena. Irritados com a derrota por 2 a 0, torcedores chegaram a forçar o portão de acesso e lançaram um rolo de papel higiênico ao gramado.
- Eles conseguiram abrir os portões e eu tive de segurar até a chegada do coordenador da segurança. Eles estavam revoltados com tudo, estavam acusando o Aranha de fazer cera no campo. Não consegui identificar quem me agrediu. Nunca tinha acontecido comigo. Levei chutes na mão e no peito – revela.
O taxista optou por não prestar queixa na polícia pelas agressões. Trata-se do sétimo chamado pela polícia a prestar depoimento à 4ª Delegacia de Polícia Civil.
Patrícia Moreira protege o rosto na chegada à delegacia (Foto: Ronaldo Bernardi/Agência RBS)
Diante da repercussão, Patrícia evitou dormir em casa nos últimos dias. Ela se refugiou em residências de parentes e amigos para evitar retaliação. Nem a mãe diz saber de seu paradeiro. Na sexta-feira, pedras foram jogadas em direção a sua casa. O GloboEsporte.com visitou a região na tarde de sábado e ouviu os vizinhos. Amigos negros da menina de 23 anos garantem que ela não é racista.
No total, oito mandados de intimação para depoimentos já foram expedidos para torcedores. Até agora, cinco pessoas haviam prestado esclarecimentos. Nesta quarta, foram três: Rodrigo Rysdyk, o Alemão, líder da torcida Geral do Grêmio, e os torcedores Fernando Ascal e Éder Braga. Os dois últimos aparecem nas imagens de TV durante as ofensas ao goleiro do Santos.
Mais cedo, o delegado Herbert Ferreira disse estar "mais ou menos" satisfeito com os depoimentos colhidos aqui.
Patrícia foi flagrada em xingamentos contra Aranha (Foto: Reprodução/ESPN)
- A investigação está evoluindo, tem mais gente para ser ouvida.
É que o pessoal mais próximo da grade não colabora, né. Diz que não viu e não ouviu nada. Um dos que vieram ontem estava grudado no guarda-corpo, mandei as imagens a ele, mas ele disse que não viu nada, ninguém xingando o goleiro. Mas claro, eles sao orientados pelo advogado -, avaliou.
As injúrias raciais proferidas por torcedores gremistas contra o goleiro tiveram mais um desdobramento. Em julgamento nesta quarta-feira, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) decidiu, por unanimidade, excluir o Grêmio da Copa do Brasil. No primeiro duelo das oitavas da Copa do Brasil, os paulistas bateram os gaúchos por 2 a 0. O jogo de volta já havia sido suspenso até o julgamento do caso no STJD.
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O taxista Filipe Guilhon, de 27 anos, trabalha como orientador da Arena desde que o estádio iniciou as atividades com futebol, em dezembro de 2012. No início da tarde desta quinta-feira, compareceu à 4ª Delegacia de Polícia Civil de Porto Alegre para prestar depoimento e confirmou ter presenciado atos de injúria racial contra Aranha, na partida entre Grêmio e Santos, disputada na última semana, pela Copa do Brasil.
- Relatei ofensas racistas. Macaco, cambada de preto, negro sujo.
Foram bem poucos, uns três ou quatro que fizeram, mas não consegui identificar. Era um grupo bem atrás do gol, onde eu estava trabalhando – conta.
Por outro lado, Guilhon não soube identificar essas pessoas pelos nomes. Somente as reconheceu pelas imagens das câmeras, exibidas na delegacia.
- Qualquer um que tem acesso a internet consegue identificar quem fez. Não sei nome, nem apelido. Para mim são rostos totalmente estranhos – comenta.
O orientador revelou não ter visto Patrícia Moreira no estádio. A jovem de 23 anos, flagrada pelas câmeras da ESPN gritando “macaco”, prestou depoimento pela manhã. Chorando muito, ela chegou ao local por volta das 10h acompanhada do advogado e de um dos irmãos. Durante a passagem da jovem por entre jornalistas e curiosos, ouviu-se um grito de "racista".
Relato de agressão
Guilhon também passou por uma situação pessoal inédita em Grêmio x Santos. Revelou ter sido agredido por gremistas que tentaram invadir a Arena. Irritados com a derrota por 2 a 0, torcedores chegaram a forçar o portão de acesso e lançaram um rolo de papel higiênico ao gramado.
- Eles conseguiram abrir os portões e eu tive de segurar até a chegada do coordenador da segurança. Eles estavam revoltados com tudo, estavam acusando o Aranha de fazer cera no campo. Não consegui identificar quem me agrediu. Nunca tinha acontecido comigo. Levei chutes na mão e no peito – revela.
O taxista optou por não prestar queixa na polícia pelas agressões. Trata-se do sétimo chamado pela polícia a prestar depoimento à 4ª Delegacia de Polícia Civil.
Patrícia Moreira protege o rosto na chegada à delegacia (Foto: Ronaldo Bernardi/Agência RBS)Diante da repercussão, Patrícia evitou dormir em casa nos últimos dias. Ela se refugiou em residências de parentes e amigos para evitar retaliação. Nem a mãe diz saber de seu paradeiro. Na sexta-feira, pedras foram jogadas em direção a sua casa. O GloboEsporte.com visitou a região na tarde de sábado e ouviu os vizinhos. Amigos negros da menina de 23 anos garantem que ela não é racista.
No total, oito mandados de intimação para depoimentos já foram expedidos para torcedores. Até agora, cinco pessoas haviam prestado esclarecimentos. Nesta quarta, foram três: Rodrigo Rysdyk, o Alemão, líder da torcida Geral do Grêmio, e os torcedores Fernando Ascal e Éder Braga. Os dois últimos aparecem nas imagens de TV durante as ofensas ao goleiro do Santos.
Mais cedo, o delegado Herbert Ferreira disse estar "mais ou menos" satisfeito com os depoimentos colhidos aqui.
Patrícia foi flagrada em xingamentos contra Aranha (Foto: Reprodução/ESPN)- A investigação está evoluindo, tem mais gente para ser ouvida.
É que o pessoal mais próximo da grade não colabora, né. Diz que não viu e não ouviu nada. Um dos que vieram ontem estava grudado no guarda-corpo, mandei as imagens a ele, mas ele disse que não viu nada, ninguém xingando o goleiro. Mas claro, eles sao orientados pelo advogado -, avaliou.
As injúrias raciais proferidas por torcedores gremistas contra o goleiro tiveram mais um desdobramento. Em julgamento nesta quarta-feira, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) decidiu, por unanimidade, excluir o Grêmio da Copa do Brasil. No primeiro duelo das oitavas da Copa do Brasil, os paulistas bateram os gaúchos por 2 a 0. O jogo de volta já havia sido suspenso até o julgamento do caso no STJD.
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