"Os torcedores vão pensar melhor", diz presidente de comissão que excluiu Grêmio da Copa do Brasil

Julgamento durou mais de quatro horas no Rio de Janeiro
Foto: Leandro Behs / Agencia RBS

Momentos após a Terceira Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) decidir pela exclusão do Grêmio da Copa do Brasil pelos atos racistas contra o goleiro Aranha, o presidente do colegiado definiu a pena como "um marco" no futebol brasileiro. Para o auditor Fabrício Dazzi, o torcedor passará agora a tomar mais cuidado em suas atitudes dentro dos estádios.

— Fica um marco, um exemplo. Acredito que não vá acontecer de novo esse caso de racismo. Os torcedores vão pensar melhor, porque eles precisam ter a consciência de que vão ao estádio para torcer. Mas também podem prejudicar. Alguns deixam de comer para pagar um ingresso caro — comentou Dazzi.

Ainda conforme a condenação, os torcedores que forem identificados pelo clube por insultar o goleiro santista ficarão impedidos de entrar em estádios por 720 dias. A fiscalização referente à presença destes gremistas nos jogos fica por conta do clube, conforme explica o auditor:

— A gente espera que o Grêmio passe para o tribunal essa relação de torcedores e, caso continuem frequentando (a Arena), que o clube nos avise.

De acordo com o advogado do Grêmio, Gabriel Vieira, a direção precisará se reunir conjuntamente com a administração da Arena para definir quais atitudes tomar com relação aos torcedores. Com a publicação do acórdão do julgamento, o que deve ocorrer nesta quinta-feira, o clube passará a elaborar o recurso que será remetido ao Pleno do STJD.

— Amanhã sai o acórdão, aí vamos saber quais pontos efetivamente vamos recorrer — resumiu Vieira.

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