Delegado mostra o dossiê apresentado pelo grupo de torcedores (Foto: Estêvão Pires/GloboEsporte.com)
Dois torcedores gremistas compareceram na tarde desta segunda-feira à 4ª Delegacia de Porto Alegre para reconhecer suspeitos de injúrias raciais contra o goleiro Aranha, na partida entre Grêmio e Santos, pela Copa do Brasil. Ambos se dizem dissidentes da Geral do Grêmio, torcida que frequenta o setor de onde partiram as ofensas verbais.
A Polícia Civil informou ter identificado até agora três torcedores que foram flagrados por imagens de TV. Após ser ouvido por policiais e analisar um vídeo de câmeras de segurança da Arena, um dos dissidentes da Geral afirmou ter reconhecido pelo menos quatro pessoas.
- Não é de hoje que eles cometem esses atos. Toda a nossa disposição é para mostrar que a torcida do Grêmio não é racista. Reconheci quatro torcedores ali - disse ao GloboEsporte.com gerente técnico Rodrigo Assis.
Ele diz que já foi frequentador da Geral do Grêmio, mas hoje integra a torcida "Família Grêmio Porto-Alegrense", recém criada. Assis e outros dissidentes enviaram à polícia, em abril deste ano, um dossiê com o histórico de incidentes envolvendo integrantes da Geral. Segundo ele, haveria incitação a atos racistas dentro da torcida.
- Foi um dos motivos que me fizeram sair da torcida. Os atos racistas da torcida. A finalidade da torcida que é indiferente em prejudicar ou não o Grêmio. Esse sentimento de gremismo não existe mais neles. Acham que a torcida está no mesmo status do clube - declarou.
pós a última partida do Grêmio, disputada neste domingo, diante do Bahia, na Arena, o presidente do clube, Fábio Koff, adotou um tom forte diante dos cânticos entoados por parte da torcida, chamando os colorados de "macacos".
Em entrevista coletiva na Arena, Koff afirmou que a atitude oriunda do setor da Geral do Grêmio justamente no jogo seguinte às injúrias de Aranha pode ser vista como proposital. Na quarta, o clube será julgado no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e pode ser excluído da Copa do Brasil.
- Eu tenho a lamentar de novo os cânticos racistas que não cabem dentro do estádio. Não há como o Grêmio admitir isso como instituição. Nós temos que enfrentar o problema e com muito rigor. Pois estamos sofrendo consequências... Estamos a dois dias de um julgamento que pode excluir o Grêmio de uma competição e parece que propositalmente querem prejudicar o Grêmio. Que torcedor é esse que vai ao estádio para prejudicar o seu clube - avaliou.
A Polícia Civil pretende ouvir até o final desta semana a jovem Patrícia Moreira, flagrada ao gritar "macaco" para o goleiro Aranha, do Santos, na partida contra o Grêmio pela Copa do Brasil, na última quinta-feira. Segundo o delegado Herbert Ferreira, responsável pelas investigações, ela ainda não foi intimada a depor. Além de Patrícia, outro torcedor, que não teve o nome divulgado, também foi identificado. Eles podem ser indiciados por injúria qualificada.
Inicialmente, a polícia cogitava ouvir Patrícia ainda nesta segunda-feira (1), porém a intimação para interrogatório ainda não foi oficializada. Segundo o delegado, a tendência é que nesta segunda o comunicado aconteça. Mesmo assim, ela pode se apresentar espontaneamente.
No domingo, os policiais receberam um vídeo de mais de uma hora de duração com imagens de câmeras de segurança da Arena do Grêmio, em Porto Alegre, que mostram os possíveis atos relatados pelo jogador. As imagens já começaram a ser analisadas pelo delegado.
- Além do vídeo, temos também fotos. Vamos ver se amanhã (terça) já conseguimos intimá-la. No máximo até o final dessa semana. O outro torcedor que já identificamos também. Tem mais gente para ser identificada. No depoimento do Aranha, ele foi bem claro ao dizer que várias pessoas o xingaram. Vamos analisar as imagens para saber quem são - disse Ferreira ao GloboEsporte.com.
Patrícia Moreira foi afastada do trabalho no Centro Médico e Odontológico da Brigada Militar. Ela era funcionária de uma empresa terceirizada e prestava serviços de auxiliar de odontologia na clínica da polícia militar gaúcha. As imagens da torcedora ofendendo o goleiro santista começaram a circular pelas redes sociais logo após a partida.
Jogo de volta suspenso
As injúrias raciais proferidas por torcedores gremistas contra o goleiro Aranha tiveram mais um desdobramento. O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) acatou pedido da Procuradoria de Justiça Desportiva e suspendeu o jogo de volta entre as duas equipes, na próxima quarta-feira, até que o caso seja julgado. No primeiro duelo das oitavas da Copa do Brasil, os paulistas bateram os gaúchos por 2 a 0.
O julgamento ocorrerá na próxima quarta-feira. O Grêmio responderá por ato de discriminação racial por parte de torcedores, além do arremesso de papel higiênico no gramado e atraso. O clube corre risco de exclusão na Copa do Brasil e multa de até R$ 200 mil. A denúncia se apoia no artigo 243-G (discriminação racial) e no 213 (arremesso de objeto em campo), ambos do CBJD. O clube responde ainda ao artigo 191 por descumprir o regulamento e entrar em campo três minutos após o horário previsto.
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Dois torcedores gremistas compareceram na tarde desta segunda-feira à 4ª Delegacia de Porto Alegre para reconhecer suspeitos de injúrias raciais contra o goleiro Aranha, na partida entre Grêmio e Santos, pela Copa do Brasil. Ambos se dizem dissidentes da Geral do Grêmio, torcida que frequenta o setor de onde partiram as ofensas verbais.
A Polícia Civil informou ter identificado até agora três torcedores que foram flagrados por imagens de TV. Após ser ouvido por policiais e analisar um vídeo de câmeras de segurança da Arena, um dos dissidentes da Geral afirmou ter reconhecido pelo menos quatro pessoas.
- Não é de hoje que eles cometem esses atos. Toda a nossa disposição é para mostrar que a torcida do Grêmio não é racista. Reconheci quatro torcedores ali - disse ao GloboEsporte.com gerente técnico Rodrigo Assis.
Ele diz que já foi frequentador da Geral do Grêmio, mas hoje integra a torcida "Família Grêmio Porto-Alegrense", recém criada. Assis e outros dissidentes enviaram à polícia, em abril deste ano, um dossiê com o histórico de incidentes envolvendo integrantes da Geral. Segundo ele, haveria incitação a atos racistas dentro da torcida.
- Foi um dos motivos que me fizeram sair da torcida. Os atos racistas da torcida. A finalidade da torcida que é indiferente em prejudicar ou não o Grêmio. Esse sentimento de gremismo não existe mais neles. Acham que a torcida está no mesmo status do clube - declarou.
pós a última partida do Grêmio, disputada neste domingo, diante do Bahia, na Arena, o presidente do clube, Fábio Koff, adotou um tom forte diante dos cânticos entoados por parte da torcida, chamando os colorados de "macacos".
Em entrevista coletiva na Arena, Koff afirmou que a atitude oriunda do setor da Geral do Grêmio justamente no jogo seguinte às injúrias de Aranha pode ser vista como proposital. Na quarta, o clube será julgado no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e pode ser excluído da Copa do Brasil.
- Eu tenho a lamentar de novo os cânticos racistas que não cabem dentro do estádio. Não há como o Grêmio admitir isso como instituição. Nós temos que enfrentar o problema e com muito rigor. Pois estamos sofrendo consequências... Estamos a dois dias de um julgamento que pode excluir o Grêmio de uma competição e parece que propositalmente querem prejudicar o Grêmio. Que torcedor é esse que vai ao estádio para prejudicar o seu clube - avaliou.
A Polícia Civil pretende ouvir até o final desta semana a jovem Patrícia Moreira, flagrada ao gritar "macaco" para o goleiro Aranha, do Santos, na partida contra o Grêmio pela Copa do Brasil, na última quinta-feira. Segundo o delegado Herbert Ferreira, responsável pelas investigações, ela ainda não foi intimada a depor. Além de Patrícia, outro torcedor, que não teve o nome divulgado, também foi identificado. Eles podem ser indiciados por injúria qualificada.
Inicialmente, a polícia cogitava ouvir Patrícia ainda nesta segunda-feira (1), porém a intimação para interrogatório ainda não foi oficializada. Segundo o delegado, a tendência é que nesta segunda o comunicado aconteça. Mesmo assim, ela pode se apresentar espontaneamente.
No domingo, os policiais receberam um vídeo de mais de uma hora de duração com imagens de câmeras de segurança da Arena do Grêmio, em Porto Alegre, que mostram os possíveis atos relatados pelo jogador. As imagens já começaram a ser analisadas pelo delegado.
- Além do vídeo, temos também fotos. Vamos ver se amanhã (terça) já conseguimos intimá-la. No máximo até o final dessa semana. O outro torcedor que já identificamos também. Tem mais gente para ser identificada. No depoimento do Aranha, ele foi bem claro ao dizer que várias pessoas o xingaram. Vamos analisar as imagens para saber quem são - disse Ferreira ao GloboEsporte.com.
Patrícia Moreira foi afastada do trabalho no Centro Médico e Odontológico da Brigada Militar. Ela era funcionária de uma empresa terceirizada e prestava serviços de auxiliar de odontologia na clínica da polícia militar gaúcha. As imagens da torcedora ofendendo o goleiro santista começaram a circular pelas redes sociais logo após a partida.
Jogo de volta suspenso
As injúrias raciais proferidas por torcedores gremistas contra o goleiro Aranha tiveram mais um desdobramento. O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) acatou pedido da Procuradoria de Justiça Desportiva e suspendeu o jogo de volta entre as duas equipes, na próxima quarta-feira, até que o caso seja julgado. No primeiro duelo das oitavas da Copa do Brasil, os paulistas bateram os gaúchos por 2 a 0.
O julgamento ocorrerá na próxima quarta-feira. O Grêmio responderá por ato de discriminação racial por parte de torcedores, além do arremesso de papel higiênico no gramado e atraso. O clube corre risco de exclusão na Copa do Brasil e multa de até R$ 200 mil. A denúncia se apoia no artigo 243-G (discriminação racial) e no 213 (arremesso de objeto em campo), ambos do CBJD. O clube responde ainda ao artigo 191 por descumprir o regulamento e entrar em campo três minutos após o horário previsto.
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