Jogadores do Grêmio entraram em campo com faixa contra o racismo
Lucas Uebel/Grêmio FBPA
Após torcedores chamarem o goleiro Aranha, do Santos, de macaco na quinta-feira, o Grêmio fez um trabalho com adesão da maioria dos torcedores para não ser considerado racista e evitar a exclusão na Copa do Brasil em julgamento do Superior Tribunal de Justiça Desportiva. Mas, neste domingo, ainda foi possível ouvir o termo depreciativo durante a vitória sobre o Bahia no estádio do clube gaúcho.
No confronto, foi possível ouvir da arquibancada norte o cântico "chora, macaco imundo", tradicional provocação da organizada Geral do Grêmio contra o Inter. A maioria dos presentes vaiou a música, e a repetição do terma racista indignou o presidente Fábio Koff.
"A três dias de um julgamento que poderá excluir o clube de uma competição, parece que, propositadamente, querem prejudicar o Grêmio. Que gremista é esse que vem para o estádio prejudicar o seu clube? Mas isso é uma presunção, não tenho certeza. E a grande maioria repudiou essa manifestação da minoria", lembrou o presidente.
O Grêmio tratou de expor no telão do estádio o termo "Chega" e os jogadores exibiram a faixa "Somos azuis, pretos e brancos. Chega de racismo". Torcedores também entraram com cartazes e inscrições como "Somos todos gremistas, não somos todos racistas. Punição a quem não nos representa" e "Gremista sim, racista, não. Não generalizem".
"É uma tristeza, uma aberração. Não basta só no futebol, mas a nação, o Governo tem que fazer alguma coisa para acabar com essa bobagem. Através de campanhas em escolas, não só com pronunciamentos", cobrou o técnico Luiz Felipe Scolari, reforçando discurso da diretoria.
"Cânticos racistas não cabem dentro de um estádio e não há como o Grêmio admitir, como instituição, que isso ocorra. Temos enfrentado esses problemas com muito rigor, expulsamos temporariamente e sumariamente os identificados no fato lamentável de quinta-feira e vamos ver se identificamos os envolvidos de hoje para exclui-los da convivência em jogo do Grêmio", avisou Koff, na esperança de não ser excluído da Copa do Brasil.
"O que cabia ao Grêmio, o Grêmio fez, trabalhou e segue trabalhando para identificar os autores. Aquele episódio não pode ser generalizado nem atribuído a uma instituição com 111 anos de vida marcada pela convivência fraterna entre todas as raças, religiões e ideologias. Não podemos concordar com isso", prosseguiu o presidente.
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No confronto, foi possível ouvir da arquibancada norte o cântico "chora, macaco imundo", tradicional provocação da organizada Geral do Grêmio contra o Inter. A maioria dos presentes vaiou a música, e a repetição do terma racista indignou o presidente Fábio Koff.
"A três dias de um julgamento que poderá excluir o clube de uma competição, parece que, propositadamente, querem prejudicar o Grêmio. Que gremista é esse que vem para o estádio prejudicar o seu clube? Mas isso é uma presunção, não tenho certeza. E a grande maioria repudiou essa manifestação da minoria", lembrou o presidente.
O Grêmio tratou de expor no telão do estádio o termo "Chega" e os jogadores exibiram a faixa "Somos azuis, pretos e brancos. Chega de racismo". Torcedores também entraram com cartazes e inscrições como "Somos todos gremistas, não somos todos racistas. Punição a quem não nos representa" e "Gremista sim, racista, não. Não generalizem".
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"O que cabia ao Grêmio, o Grêmio fez, trabalhou e segue trabalhando para identificar os autores. Aquele episódio não pode ser generalizado nem atribuído a uma instituição com 111 anos de vida marcada pela convivência fraterna entre todas as raças, religiões e ideologias. Não podemos concordar com isso", prosseguiu o presidente.
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