Presidente da Conmebol nega ter indicado LaMia: Oportunismo imoral

Dirigente afirma que não conhecia a empresa e que os clubes decidem sozinhos como viajam. Além disso, prevê crescimento do futebol com a nova Libertadores


Fonte: SporTV

Presidente da Conmebol nega ter indicado LaMia: Oportunismo imoral
Alejandro Domínguez, presidente, nega indicação da LaMia (Foto: Jorge Adorno/Reuters)
O presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, negou qualquer ligação com a empresa LaMia, considerada responsável pelo acidente com o avião da Chapecoense, que matou 71 pessoas, no fim de novembro. O dirigente disse que houve uma acusação "imoral" depois da tragédia de que a entidade havia indicado a companhia aérea ao clube catarinense.

- Para mim, é imoral que, enquanto havia incerteza, havia gente que queria chorar e estar ao lado de suas pessoas queridas, e ainda há a possibilidade de que os jogadores se recuperem, inventem acusações falsas, mentirosas. É oportunismo, é imoral. Se alguém acusa, tem que ter provas. Nós organizamos o futebol, desenvolvemos o futebol. O que nós fazemos é marcar data, um calendário, e transferir o dinheiro. Mas o transporte, a organização é responsabilidade de cada clube. Eu nem conhecia a empresa, nem o nome da empresa - disse o dirigente.

Alejandro Domínguez disse ainda que a reforma da Taça Libertadores e da Copa Sul-Americana será importante para o crescimento do futebol sul-americano. O presidente da Conmebol destacou que, agora, os clubes poderão se dedicar aos seus campeonatos nacionais, enquanto disputam os torneios continentais.

- Eu me preocupo muito que estamos perdendo terreno para os nossos colegas na Europa. Não sei se essa é a fórmula, mas sei que a Libertadores é o torneio internacional de clubes mais antigo do mundo. E nunca tinha tido nenhuma modificação. Em mais de 50 anos, era jogada da mesma maneira. Os resultados nos dizem que não estamos em um bom caminho. Começamos a refletir, para pensar no que fazer para fortalecer o futebol em cada um dos países. Nós percebemos que a Libertadores e a Sul-Americana, jogadas em duas partes do ano, comprimiam muito os campeonatos locais. Então, a primeira intenção é que os campeonatos nacionais se fortaleçam. Queremos que os clubes joguem seus campeonatos nacionais, lutando para ganhar, e, ao mesmo tempo, jogar a Libertadores ou a Sul-Americana, ao longo de todo o ano, sabendo as datas, os horários, o calendário, os locais, com muita antecedência.

O presidente da Conmebol afirmou que ainda não descartou a possibilidade de fazer a final da Libertadores em apenas uma partida.

- Uma das tantas ideias que temos, e que eu gosto muito em particular, é que haja só uma final. O conceito de uma só final não é a final em si, mas toda uma ideia. Não é somente uma partida de futebol, é um conceito muito maior, que precisa ser definido. Isso não se faz da noite para o dia, nem com a motivação de uma única pessoa. Só se faz se for possível, se for de forma muito organizada. Também pensamos que esta única final será em campo neutro, apesar de esta Libertadores permitir que haja uma final entre dois clubes de um mesmo país. Talvez dois times de um mesmo país tenham que jogar em outro. Não é um sistema perfeito, mas tem muitas vantagens. Mas temos que começar a pensar diferente, para que o nosso futebol também tenha um produto ícone no mundo.


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