Foto: Félix Zucco / Agencia RBS
Como numa perfeita tacada de sinuca, o passe de Maicon, 31 anos, encontrou Pedro Rocha, 22, no espaço que Erazo, Fábio Santos e Gabriel haviam deixado aberto na defesa do Atlético-MG. A construção da jogada do primeiro gol do Grêmio no jogo de abertura da final da Copa do Brasil, no Mineirão, sintetiza o que Renato Portaluppi pensa do futebol.
Para o técnico, é sobre uma base que mescla veteranos e meninos que se constrói uma equipe vencedora. Os tais cascudos e casquinhas, expressão utilizada por ele desde 2010, quando assumiu pela primeira vez como treinador do clube que, hoje, pode romper uma espera de 15 anos por um título de expressão nacional.
No time de hoje, além de Maicon, a experiência é representada por Marcelo Grohe, Edílson, Geromel, Marcelo Oliveira e Douglas. Mesmo com 25 anos, o argentino Kannemann também pode se encaixar nesse grupo pela bagagem internacional.
É a segurança oferecida pelos cascudos que dá autonomia de voo a Walace, Ramiro, Pedro Rocha e Luan.
Em 2010, na arrancada em que retirou o Grêmio da zona de rebaixamento e o levou à pré-Libertadores, Renato valeu-se mais dos cascudos do que dos casquinhas.
Do meio para a frente, a base do time estava montada em cima de nomes rodados como o volante Fábio Rochemback, o meia Douglas e os atacantes Jonas e André Lima. Lúcio, também experiente, havia sido convertido pelo treinador de lateral-esquerdo em meia.
Eventualmente, Renato recorria a garotos como o lateral-direito Mário Fernandes, os zagueiros Neuton e Saimon, este frequentemente usado como volante, o meia Maylson e os atacantes Leandro e Júnior Viçosa.
O volante Fernando e Roberson, por vezes, eram alternativas. O técnico também não escondia sua admiração por Yuri Mamute, lançado por ele com apenas 16 anos, e o volante Matheus Biteco, uma das vítimas da tragédia da Chapecoense.
De volta de ruptura em um ligamento do tornozelo direito, o meia Souza perdeu espaço naquele time de 2010. Mas nunca deixou de valorizar a aposta de Renato na mescla de jovens e veteranos, uma prática comum nos maiores clubes europeus.
- Quando o Barcelona lançou Iniesta e Xavi, tinha jogadores mais experientes como Luis Enrique e Guardiola para dar sustentação. A garotada que surge precisa ter um espelho por perto. Sem essa mescla, a coisa não flui - entende Souza, hoje com 37 anos e prestes a fechar com o Brasiliense para a próxima temporada.
Ele recua mais no tempo e recorda sua passagem pelo São Paulo, entre 2003 e 2008, período em que o clube empilhou títulos brasileiros e internacionais. Souza chegou ao Morumbi aos 24 anos e, para se firmar, contou com o respaldo de cascudos como Ricardinho, Maldonado, Mineiro, Amoroso e Luisão.
- O futebol brasileiro sempre misturou veteranos e jovens. De uma hora para outra, achou-se que quem tinha mais de 30 anos já estava velho e não tinha mais retorno financeiro para dar. Resultado: perdemos jogadores de qualidade e os garotos ficaram sem orientação dentro de campo - critica.
Experientes e guris também se misturavam no Grêmio que Renato montou em 2013. O time que terminaria como vice-campeão brasileiro contava com a rodagem de Dida, Rhodolfo, Zé Roberto, Elano, Kleber e Barcos, mas apoiava-se no pulmão de Wendell, hoje no Bayer Leverkusen-ALE, Bressan, Alex Telles e Ramiro.
- A fórmula funcionou no Palmeiras, com Zé Roberto, Prass, Dracena e outros misturados com Dudu e Gabriel Jesus. No Grêmio, também. Renato faz muito bem essa mescla - elogia Wendell, direto da Alemanha.
Sem a garantia da transmissão do jogo pela televisão, o lateral-esquerdo diz que irá se valer do aplicativo da Rádio Gaúcha no celular para acompanhar cada instante do jogo.
- Acha que vou perder jogo do Grêmio? - sorri. - O time está bem encaminhado para ser campeão e terminar com essa espera que nos incomoda. Mas o Atlético é perigoso - alerta um dos casquinhas de 2013.
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Para o técnico, é sobre uma base que mescla veteranos e meninos que se constrói uma equipe vencedora. Os tais cascudos e casquinhas, expressão utilizada por ele desde 2010, quando assumiu pela primeira vez como treinador do clube que, hoje, pode romper uma espera de 15 anos por um título de expressão nacional.
No time de hoje, além de Maicon, a experiência é representada por Marcelo Grohe, Edílson, Geromel, Marcelo Oliveira e Douglas. Mesmo com 25 anos, o argentino Kannemann também pode se encaixar nesse grupo pela bagagem internacional.
É a segurança oferecida pelos cascudos que dá autonomia de voo a Walace, Ramiro, Pedro Rocha e Luan.
Em 2010, na arrancada em que retirou o Grêmio da zona de rebaixamento e o levou à pré-Libertadores, Renato valeu-se mais dos cascudos do que dos casquinhas.
Do meio para a frente, a base do time estava montada em cima de nomes rodados como o volante Fábio Rochemback, o meia Douglas e os atacantes Jonas e André Lima. Lúcio, também experiente, havia sido convertido pelo treinador de lateral-esquerdo em meia.
Eventualmente, Renato recorria a garotos como o lateral-direito Mário Fernandes, os zagueiros Neuton e Saimon, este frequentemente usado como volante, o meia Maylson e os atacantes Leandro e Júnior Viçosa.
O volante Fernando e Roberson, por vezes, eram alternativas. O técnico também não escondia sua admiração por Yuri Mamute, lançado por ele com apenas 16 anos, e o volante Matheus Biteco, uma das vítimas da tragédia da Chapecoense.
De volta de ruptura em um ligamento do tornozelo direito, o meia Souza perdeu espaço naquele time de 2010. Mas nunca deixou de valorizar a aposta de Renato na mescla de jovens e veteranos, uma prática comum nos maiores clubes europeus.
- Quando o Barcelona lançou Iniesta e Xavi, tinha jogadores mais experientes como Luis Enrique e Guardiola para dar sustentação. A garotada que surge precisa ter um espelho por perto. Sem essa mescla, a coisa não flui - entende Souza, hoje com 37 anos e prestes a fechar com o Brasiliense para a próxima temporada.
Ele recua mais no tempo e recorda sua passagem pelo São Paulo, entre 2003 e 2008, período em que o clube empilhou títulos brasileiros e internacionais. Souza chegou ao Morumbi aos 24 anos e, para se firmar, contou com o respaldo de cascudos como Ricardinho, Maldonado, Mineiro, Amoroso e Luisão.
- O futebol brasileiro sempre misturou veteranos e jovens. De uma hora para outra, achou-se que quem tinha mais de 30 anos já estava velho e não tinha mais retorno financeiro para dar. Resultado: perdemos jogadores de qualidade e os garotos ficaram sem orientação dentro de campo - critica.
Experientes e guris também se misturavam no Grêmio que Renato montou em 2013. O time que terminaria como vice-campeão brasileiro contava com a rodagem de Dida, Rhodolfo, Zé Roberto, Elano, Kleber e Barcos, mas apoiava-se no pulmão de Wendell, hoje no Bayer Leverkusen-ALE, Bressan, Alex Telles e Ramiro.
- A fórmula funcionou no Palmeiras, com Zé Roberto, Prass, Dracena e outros misturados com Dudu e Gabriel Jesus. No Grêmio, também. Renato faz muito bem essa mescla - elogia Wendell, direto da Alemanha.
Sem a garantia da transmissão do jogo pela televisão, o lateral-esquerdo diz que irá se valer do aplicativo da Rádio Gaúcha no celular para acompanhar cada instante do jogo.
- Acha que vou perder jogo do Grêmio? - sorri. - O time está bem encaminhado para ser campeão e terminar com essa espera que nos incomoda. Mas o Atlético é perigoso - alerta um dos casquinhas de 2013.
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