Renato tem o desafio de melhorar poder de ataque do Grêmio, após organizar defesa

Ao passo que média de gols sofridos cai no Grêmio do novo treinador, produção ofensiva ainda é baixa. Tricolor não marca há três jogos e busca aperfeiçoar mira


Fonte: globoesporte.com

Renato tem o desafio de melhorar poder de ataque do Grêmio, após organizar defesa
Lucas Uebel/Grêmio
Renato tem desafio de atribuir equilíbrio ao Grêmio

Ao seu estilo, Renato Gaúcho atua junto ao elenco neste hiato de compromissos devido à pausa no Brasileirão para manter elevado o nível de concentração do Grêmio até a final da Copa do Brasil. Mas sua missão não se encerra por aí. Ao passo que depara com uma defesa bem mais segura e guarnecida, trabalha para aumentar o poder de ataque, que deixa, por vezes, a desejar.

As estatísticas chancelam tanto o momento positivo vivido por seu sistema defensivo e a ineficiência de seus atacantes. Sob a gestão de Renato, a média de gols sofridos do Tricolor diminuiu, assim como a média de gols anotados, numa comparação tanto com a passagem de Roger Machado quanto com o total da temporada

Com o ídolo no comando, o Grêmio sofreu sete gols nos 13 jogos até aqui, o que corresponde a uma média de 0,69 por partida. O número é bastante inferior ao apresentado no total de 66 jogos no ano, em que a equipe foi vazada 70 vezes (média de 1,06), e nos 52 compromissos com Roger Machado, quando foram tomados 62 tentos (média de 1,19). A evolução tem a ver com alguns ajustes feitos pelo comandante para solucionar as brechas deixadas pela defesa.

– Tudo são ajustes. Agora tem essa situação do Pedro (Rocha) voltar para ajudar o volante. Não só do meu lado, mas na direita também. O Renato pede muito nossa atenção para atacar já marcando. A gente está mais preparado quando sai para atacar. Estamos preparados para o contra-ataque adversário. Tem ajudado todo mundo – avalia o lateral-esquerdo Marcelo Oliveira.

Por outro lado, a eficiência do ataque também foi podada com o comandante. São apenas nove gols anotados nas 13 partidas até aqui, para uma média de 0,69 por partida. Ao todo, o Tricolor balançou as redes 91 vezes na temporada (média de 1,37). Com Roger, a média é de 1,57 – ambas são mais do que o dobro apresentado por Renato.



A equipe não balança as redes há três partidas, jejum que também é o pior da era Roger Machado. Em setembro, o Grêmio perdeu por 4 a 0 para o Coritiba, empatou em 0 a 0 com o Palmeiras e foi derrotado pela Ponte Preta por 3 a 0, o que culminou com o pedido de demissão do antigo treinador. Em seguida, o Tricolor enfileirou mais dois duelos sem balançar as redes – um com o interino James Freitas e outro com Renato Gaúcho. Ou seja, a pior seca da temporada é de um total de cinco compromissos.

Não à toa, o comandante dá atenção especial ao ataque nos trabalhos durante a parada no Campeonato Brasileiro. Na quarta-feira, por exemplo, o treinador dividiu o elenco em duas equipes e orientou um treinamento de arrancadas e enfrentamento mano a mano, em campo reduzido. A ordem era sair em disparada até a bola, limpar o marcador e finalizar.

Em meio à pausa no Brasileirão para os jogos das Eliminatórias da Copa de 2018, o Grêmio retoma os treinamentos na manhã desta quinta-feira, no CT Luiz Carvalho. O Tricolor só volta a campo no dia 17, às 21h, quando encara o São Paulo, no Morumbi, pela 35ª rodada do Nacional.

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