Foto: Lucas Uebel / Divulgação
O Grêmio venceu o Gre-Nal por 1 a 0 com justiça, sem reparos, porque é um time mais maduro e com mais repertório ofensivo do que o Inter. Nem precisou jogar tanto assim no clássico deste domingo para fazer valer esta realidade.
O Grêmio tem um conceito de futebol claro e só abre mão dele estrategicamente, como no segundo tempo, quando recuou para obrigar o adversário a sair e ceder espaços. Em essência, atuando bem ou mal, o Grêmio não foge ao seu estilo.
Antes do intervalo, impôs a troca de passes, a aproximação e os toques curtos. O contra-ataque que resultou no gol de Douglas é a prova. O Inter se revelou o contrário disso.
Inseguro para tocar a bola diante do Grêmio de Roger, se protegia no lançamento longo, na ligação direta, na busca pela segunda bola mais perto de Marcelo Grohe, torcendo para o lance cair no pé de Vitinho ou Sasha.
Bastou sair deste roteiro e se atrapalhou. Sasha tentou um drible na intermediária e foi desarmado. O que fez o Grêmio de Roger? Envolveu totalmente a recomposição colorada.
O Grêmio de Roger fez o que treina diariamente no CT Luiz Carvalho. Trocou passes em progressão, com muitos jogadores chegando à frente e todos buscando o espaço. E não apenas dois ou três, como o Inter. Em segundos a bola estava do lado esquerdo. Everton concluiu e, no rebote, Douglas selou o destino do Gre-Nal.
Nada se deu por acaso no único gol da partida. O encaixe do contra-ataque foi repetição, assim como o meia que entra na área, no caso Douglas, aproveitando o espaço criado pela movimentação de Luan na condição de falso 9. Éverton teve atuação de luxo até sair cansado, trocado por Bolaños.
Quantas vezes o Grêmio mudou o seu desenho tático desde sua chegada ao clube? Raras. Nem lembro. É sempre 4-2-3-1, apostando na repetição e no método.
O Inter, ao contrário do Grêmio, mudou esquema e escalação. Atua mais no 4-2-3-1, mas apostou em 3 volantes em losango para se defender melhor. Com poucos treinos, talvez um ou dois, não deu certo. Aliás, deu muito errado. A mexida, na prática, deixou o Inter exposto, vulnerável.
Rodrigo Dourado foi retirado do lugar em que rende mais, à frente da zaga. Como meia pela direita (Fabinho ocupou o lado esquerdo, igualmente sofrível), deixando Seijas na ponta do losango, Dourado sumiu na partida. Ainda no primeiro tempo, quando desfez o tripé de volantes e colocou Ferrareis no lugar de Fernando Bob, retomando o 4-2-3-1. Argel corrigiu o problema e obteve algum equilíbrio.
O segundo tempo mostrou o Inter com muito mais chances do que o Grêmio. Paulão, Vitinho e Ferrareis tiveram oportunidades claras. Mas a superioridade colorada na segunda etapa foi muito mais na força física e no fôlego do que na superioridade de organização e técnica.
O Grêmio recuou porque era conveniente. Não foi espremido do ponto de vista técnico. Ofereceu a posse da bola ao Inter para buscar o contra-ataque. Poucas vezes o Inter ameaçou Marcelo Grohe por dentro. Ergueu várias bolas para a área, tentando forçar o defeito gremista pelo alto, mas nem assim teve lucidez para empatar.
O Grêmio ganhou e subiu, confirmando ascensão na tabela. A zaga de Thyere e Fred não vazou pelo alto. Jaílson, Douglas e Everton foram os melhores do Grêmio em um jogo vencido no meio-campo.
O Inter perdeu e desceu, confirmando queda perigosa na tabela. Seijas, se não entrar na área, terminará na reserva. Sasha teve a sua pior atuação individual este ano. E Fernando Bob e Fabinho estiveram irreconhecíveis.
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Antes do intervalo, impôs a troca de passes, a aproximação e os toques curtos. O contra-ataque que resultou no gol de Douglas é a prova. O Inter se revelou o contrário disso.
Inseguro para tocar a bola diante do Grêmio de Roger, se protegia no lançamento longo, na ligação direta, na busca pela segunda bola mais perto de Marcelo Grohe, torcendo para o lance cair no pé de Vitinho ou Sasha.
Bastou sair deste roteiro e se atrapalhou. Sasha tentou um drible na intermediária e foi desarmado. O que fez o Grêmio de Roger? Envolveu totalmente a recomposição colorada.
O Grêmio de Roger fez o que treina diariamente no CT Luiz Carvalho. Trocou passes em progressão, com muitos jogadores chegando à frente e todos buscando o espaço. E não apenas dois ou três, como o Inter. Em segundos a bola estava do lado esquerdo. Everton concluiu e, no rebote, Douglas selou o destino do Gre-Nal.
Nada se deu por acaso no único gol da partida. O encaixe do contra-ataque foi repetição, assim como o meia que entra na área, no caso Douglas, aproveitando o espaço criado pela movimentação de Luan na condição de falso 9. Éverton teve atuação de luxo até sair cansado, trocado por Bolaños.
Quantas vezes o Grêmio mudou o seu desenho tático desde sua chegada ao clube? Raras. Nem lembro. É sempre 4-2-3-1, apostando na repetição e no método.
O Inter, ao contrário do Grêmio, mudou esquema e escalação. Atua mais no 4-2-3-1, mas apostou em 3 volantes em losango para se defender melhor. Com poucos treinos, talvez um ou dois, não deu certo. Aliás, deu muito errado. A mexida, na prática, deixou o Inter exposto, vulnerável.
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O segundo tempo mostrou o Inter com muito mais chances do que o Grêmio. Paulão, Vitinho e Ferrareis tiveram oportunidades claras. Mas a superioridade colorada na segunda etapa foi muito mais na força física e no fôlego do que na superioridade de organização e técnica.
O Grêmio recuou porque era conveniente. Não foi espremido do ponto de vista técnico. Ofereceu a posse da bola ao Inter para buscar o contra-ataque. Poucas vezes o Inter ameaçou Marcelo Grohe por dentro. Ergueu várias bolas para a área, tentando forçar o defeito gremista pelo alto, mas nem assim teve lucidez para empatar.
O Grêmio ganhou e subiu, confirmando ascensão na tabela. A zaga de Thyere e Fred não vazou pelo alto. Jaílson, Douglas e Everton foram os melhores do Grêmio em um jogo vencido no meio-campo.
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