Grêmio perde para o Atlético-PR e deixa o G-4 do Brasileirão

Se resta um consolo para a torcida, é o de que será difícil o Grêmio repetir uma atuação tão apática quanto a deste domingo, na Arena da Baixada. Com uma inexplicável postura defensiva, o time praticamente assistiu ao Atlético-PR fazer 2 a 0, com gols de Hernani e André Lima. Uma diferença de gols que só não foi maior pela irretocável atuação de Marcelo Grohe. Como castigo, o time despencou na tabela e saiu do G-4. Foi a segunda derrota consecutiva, uma semana antes do Gre-Nal.

Ofensivamente, o Grêmio teve um pálido primeiro tempo. Sem a armação de Douglas, preservado por desgaste físico, o time não causou o mínimo incômodo ao Atlético-PR. Luan, como de hábito, tentou as soluções individuais, mas pouco se encontrou com Bobô. Everton parou na marcação. Restava a aplicação de Giuliano, mas, atuando pelo lado esquerdo, ele ficava no meio do caminho para cuidar de Léo.

Relembre os lances do jogo

A primeira tentativa foi de fora da área, por Luan, a 15 minutos. Na segunda, aos 18, Everton, na frente do goleiro, demorou par chutar e permitiu o desarme. Antes, Nikão, em conclusão de fora da área, já havia forçado Grohe a defesa difícil.

A 24 minutos,Pablo, impedido, concluiu para dentro do gol. Alertado pelo auxilir Fabio Rodrigo Rubinho, diante dos protestos do Grêmio, o árbitro Wagner Reway anulou. Nem isso animou o Grêmio. O time levou novo susto em voleio de Thiago Heleno, de voleio, defendido por Grohe.

A 41 minutos, Rafael Thyere cometeu seu primeiro erro. E foi grave. O zagueiro perdeu a dividida para Pablo, que chutou muito perto da trave esquerda.

Pablo seguiu perturbando no começo da segunda etapa. Com menos de um minuto, depois de Marcelo Grohe afastar a bola para fora da área em escanteio e ficar caído, ele bateu pelo lado direito. Espantava a falta de reação do Grêmio. Não fosse a defesa monumental de Grohe, a cinco minutos, em cabeceio de André Lima, o time ficaria em desvantagem. O que aconteceria apenas três minutos depois. Com espaço na frente da área, Hernani chutou com força, desta vez fora do alcance de Grohe.

Como costuma ocorrer com times que ficam atrás no marcador, o Grêmio tornou-se um pouco mais audacioso. Para suprir a falta de criatividade, Roger Machado trocou o sumido Bobô por Lincoln. Só que, em vez de armar, o garoto de 17 anos foi displicente ao tentar afastar um cruzamento e quase permitiu que André Lima ampliasse.

A nova modificação de Roger foi ainda mais radical. Em busca de mais força ofensiva, trocou Walece pelo atacante Tilica, mas preservou Ramiro, que pouco produzia. Não deu tempo de o time obter qalquer melhora. A 22 minutos, André Lima definiu o jogo com um chute monumental de fora da área. A bola ainda atingiu a trave antes de entrar.

De novo Marcelo Grohe foi decisivo para evitar o terceiro, minutos depois, em conclusão de Nikão dentro da área. A mudança final foi a entrada de Jaílson na vaga de Everton. Para os torcedores, que clamaram toda a semana pelo volante, uma modificação tardia.

Luan ainda seguiria correndo de um lado a outro até o fim do jogo, sem uma parceria que lhe permitisse criar algo mais útil. Novato, Tilica não conseguia se impor a marcadores experientes. A defesa era envolvida a cada ataque do Atlético-PR, como na constrangedora "janelinha" de Nikão em Ramiro. O risco ainda ficou maior quando Autuori deu chance a Walter, no lugar de André Lima, que saiu mais cedo para ouvir os aplausos da torcida por seu golaço. Mas não havia mais nada a ser feito.

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