Luiz Zini Pires: quanto o Grêmio perde com Grohe na Seleção

É impressionante como Dunga consegue errar o passo nas convocações. Na semana passada, sem Douglas Costa, presente em todas as seleções dos melhores da temporada na Europa, chamou o veterano Kaká, estrela do inodoro futebol norte-americano. Nesta terça-feira, com a lesão do jovem e promissor Ederson, do Benfica, a CBF convocou Marcelo Grohe. O certo seria chamar outro jovem. Preparar um goleiro para o futuro. Mas o futuro de Dunga é hoje.

O gremista será o terceiro goleiro do Brasil na Copa América. Grohe é um goleiro experimentado e fez uma grande temporada em 2015. Passou outras vezes pela Seleção. Nunca foi titular, sempre navegou na suplência. Mesmo na Arena não é uma unanimidade, o goleiro número 1 dos corações tricolores.

Grohe costuma falhar em jogos decisivos. Não que seja um mau goleiro. Não é. Está na média dos brasileiros que defendem os grandes clubes. Poderia melhorar a saída de gol e a reposição da bola com os pés.

A falta momentânea de Grohe, boa parte deste junho, é um problema enorme para o treinador Roger Machado. Ele será obrigado a escalar o reserva Bruno Grassi. Douglas Friedrich, que veio do Corinthians, é outra opção. Bruno jogou pouco. Nunca fez a diferença e nem brilhou com a certeza de que poderia ser titular. Terá uma boa sequência agora. Douglas sequer estreou. Chegou muito recomendado de São Paulo.

Goleiro é um problema no Grêmio, um ponto de interrogação plantado a partir da quinta rodada do Brasileirão, que anuncia o Palmeiras como adversário e em São Paulo. O Brasileirão exigirá o máximo e mais um poucos dos goleiros tricolores. Ninguém sabe o que os reservas poderão oferecer ao time com Grohe nos Estados Unidos em nome da Copa América Centenária.

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