Éverton Ribeiro em Dubai: mão na taça, "rei" no futevôlei e coração azul

Perto do título da liga dos Emirados Árabes, brasileiro se diverte com compatriotas, enaltece torcida local, mas se derrete pelos cruzeirenses: "Não dá para esquecer"


Fonte: Globo esporte

Éverton Ribeiro em Dubai: mão na taça, rei no futevôlei e coração azul
Éverton e o chapéu em Luiz Antônio em gol antológico no Mineirão (Foto: Daniel Oliveira/Foto Arena/Agência Estado)
Após conquista da Supercopa em 2015, logo na primeira temporada nos Emirados Árabes, Éverton Ribeiro segue o processo de evolução longe do Brasil e se aproxima de uma nova conquista. A três rodadas do fim, o Al Ahli, de Dubai, lidera com seis pontos de vantagem a liga nacional, com grandes de chances de confirmar o favoritismo. Assim como a equipe, o brasileiro ganha destaque e comemora a boa fase individual.

Em entrevista por telefone ao GloboEsporte.com, Éverton destaca a trajetória na temporada, relembra final histórica da Champions da Ásia - que acabou sendo vencida pelo Al Wahda, de Valdívia - e exalta os resultados na liga.

- É um momento muito bom, não só meu, mas o que a equipe inteira está passando. Nos entrosamos e fomos nos conhecendo cada vez melhor um ao outro.

Conseguimos chegar na final da Champions da Ásia, que foi um feito inédito, e estamos muito perto do título da liga. Estou muito feliz, conseguindo ajudar a equipe com gols, assistências. Fico feliz por estar podendo continuar fazendo meu trabalho bem feito e ver que está dando resultado.

O meia foi apresentado na equipe em fevereiro de 2015. Desde então, muitos jogadores acertaram a transferência para o mundo árabe. Segundo Éverton Ribeiro, a situação deixou a competição ainda mais competitiva.

- Desde a minha chegada vi que vieram mais jogadores de qualidade para cá, como Nilmar, Caio, o Tagliabúe, um argentino que está fazendo muitos gols, Valdívia, Denílson... São muitos jogadores que deixaram a liga mais forte, isso é bom, tanto para mim, que me mantenho em alto nível, quanto para a competição que vai se fortalecendo.

Adaptado e com boas atuações dentro de campo, o jogador rapidamente ganhou a torcida do Al Ahli. O próprio Éverton admite a mudança no comportamento dos torcedores, que passaram a apoiar a equipe em maior número na temporada.

- Quando eu cheguei aqui a torcida já comparecia, mas não o tanto de pessoas que comparecem hoje. A fase que a equipe vem vivendo também ajuda muito. Hoje eles comparecem em peso, quase todos os jogos são com muitos torcedores, então fico feliz do trabalho estar sendo reconhecido. A torcida até está me homenageando, celebrando comigo uma vitória importantíssima na temporada.

Mesmo com o carinho dos árabes, a cabeça e o coração do brasileiro por vezes se encontram em Minas Gerais. Os dois anos de Cruzeiro marcaram a carreira de Éverton Ribeiro, que revela que a torcida da equipe mineira é inesquecível.

- Não dá para esquecer, né (risos)? Foram dois anos incríveis, a torcida do Cruzeiro me acolheu muito bem. Sempre que eu precisei eles me apoiaram. Atualmente digo só que ganhei mais uma torcida.

FUTEVÔLEI: DESCONTRAÇÃO E "TÍTULO"

Não são muitos os dias livres nos Emirados, mas quando a acha espaço na agenda, Éverton Ribeiro aproveita para curtir a família e confraternizar com os brasileiros que moram em Dubai. Atualmente, a atividade preferida é o futevôlei. De acordo o meia, a mesma qualidade nos gramados é refletida na areia, para delírio de Ciel, companheiro de clube, que acabou perdendo o "título" do torneio organizado para o empresário Pierre Fernandes, que fez dupla com o ex-jogador do Cruzeiro.

- Sempre que tem um tempinho a gente brinca. O Ciel fica bravo quando ele perde (risos). A gente jogou na casa dele, fizemos um torneio, é bacana. Tem muitos brasileiros aqui, a maioria gosta de jogar futevôlei. Sempre que dá para reunir o pessoal a gente faz, vem brasileiros de outras equipes, até mesmo sem ser jogador, empresários, comissários de bordo. É bom para conversar, descontrair. Eu dei trabalho para eles lá (risos). Brincamos no torneio, e fui campeão ao lado do Pierre.



Éverton Ribeiro ao lado de Ciel e amigos brasileiros jogando futevôlei nos Emirados Árabes (Foto: Arquivo Pessoal)


A convivência com Ciel e Lima, os dois brasileiros do elenco do Al Ahli, e com o preparador Leandro é um dos fatores que auxiliam na adaptação e facilita a vida longe de casa. Com elogios aos colegas, Éverton revela que os encontros são frequentes.

- O Leandro ajuda muito na parte de comunicação, quando a gente não entende o que as pessoas falam e também na parte física, na prevenção de contusões, ajuda bastante. Dentro de campo, é fácil jogar com Ciel e o Lima, são jogadores que deram certo no futebol, têm qualidade. Fora de campo também, sempre que a gente pode nos reunimos, isso ajuda muito na convivência.

Confira outros trechos da entrevista de Éverton Ribeiro:

GLOBOESPORTE.COM: É sua segunda temporada nos Emirados. Muita coisa mudou no seu estilo de jogo?

ÉVERTON RIBEIRO: Meu jogo continua o mesmo, creio que eu não mudei muito. Acho que aprimorei mais a parte tática. Aqui a gente precisa bastante, o treinador é romeno, cobra muito isso. Mas tenho tentado jogar criando oportunidades para a equipe vencer os jogos.
A liga já está encaminhada, mas na Copa do Presidente estão nas quartas e pegam o time do Zé Love, o Al-Shaab, que já está rebaixado. É um jogo perigoso?

Com certeza. No ano passado pegamos um time que não vinha bem na liga e nos deram muito trabalho na Copa, por ser um jogo só. Tem que ter muita atenção, o ataque deles é muito forte, tem os brasileiros, não podemos dar bobeira. É entrar focado para classificar.

Quais são seus planos: permanecer por aí, voltar para o Brasil, buscar um novo mercado?

- Ainda tenho mais dois anos e meio de contrato. Estou muito bem aqui, cada vez mais adaptado, a equipe me dá uma estrutura muito bom de trabalho. Para minha família também é bom morar aqui. Estou feliz, a primeira coisa é concentrar nos campeonatos e tentar conquistar os dois títulos para fechar mais um ano de trabalho da melhor maneira possível. Depois é descansar e curtir a vida.

Você acabou perdendo espaço com o Dunga. Você concorda com quem diz que você abriu mão de defender a seleção brasileira?

- Foi uma escolha que eu fiz de estar vindo para os Emirados. Sabia que poderia ficar mais distante (da Seleção), é mais difícil de ser convocado. Mas é como falo, tenho que continuar fazendo meu melhor. Quando fui chamado pela última vez a própria comissão me falou que tem que estar sempre em alto nível, preparado para quando pintar a oportunidade, entrar e corresponder. É o que faço, trabalho muito e estou à disposição da Seleção. Não abri mão da Seleção. Pintou uma oportunidade na minha carreira de jogar fora do Brasil e optei por escolher esse caminho.
Mesmo com essa opção continuo pensando em Seleção, ajudar sempre que eu puder. Me mantenho no meu melhor nível e estou preparado.


VEJA TAMBÉM
- GRÊMIO COMEÇA A JORNADA NA COPINHA 2025! Sub-20 já em SP e se prepara para estreia contra o Vitória da Conquista!
- GRÊMIO ANUNCIA PRIMEIRO REFORÇO PARA 2025! Lateral-direito João Lucas chega para fortalecer o elenco!
- ESPORTE DA SORTE PERDE LICENÇA E AFETA GRÊMIO! Entenda o que acontece com o patrocinador do Tricolor!






Comentários



Nenhum comentário. Seja o primeiro a comentar!

Enviar Comentário

Para enviar comentários, você precisa estar cadastrado e logado no nosso site. Para se cadastrar, clique Aqui. Para fazer login, clique Aqui.

Leia também

2/1/2025






































1/1/2025