Grêmio projeta ganhar o dobro com "não patrocínio" (Foto: Lucas Uebel/Divulgação Grêmio)
O Grêmio até buscou novas marcas para exibir em seu uniforme, mas esbarrou num mercado publicitário retraído, incapaz de investimentos de peso. Resolveu, então, inovar para driblar a crise com um modelo de negócio no mínimo curioso.
Pasme: o Tricolor vetou patrocínios na região da omoplata, acima do distintivo e da marca da fabricante da camisa. Assim, irá receber a mais de sua fornecedora de material esportivo para não estampar patrocínio em sua camiseta, fruto de uma parceria que o faz projetar o dobro de faturamento até o final do ano.
As estimativas de consultorias especializadas apontam que o Tricolor poderia faturar até R$ 2 milhões anuais caso estampasse uma marca no local durante 12 meses.
Agora, o clube projeta que o "não patrocínio" renda, no pior cenário, R$ 3 milhões nos oito meses restantes do ano, o que representa 50% a mais do que receberia de um novo patrocinador. O número pode alcançar até R$ 4 milhões – 100%, ou o dobro de uma parceria convencional. Isso, se a torcida contribuir.
O acordo com o Grupo Dass, fabricante da Umbro no Brasil, prevê que o clube irá receber um valor fixo – não divulgado – da empresa. Além disso, o Tricolor ficará ainda com a renda plena de parte dos produtos oficiais vendidos em suas lojas – normalmente, o Grêmio recebe apenas royalties, próximos de 50% do preço total.
– Se buscou buscar algo novo para um contexto concorrido, como é esse dos patrocínios. É um ano em que as verbas de publicidade caíram. Temos que ser criativos nessas épocas de crise, ter um pensamento mais amplo com coisas que possam criar valor.
É um lugar de venda, que tem que render algo para o clube. Então, conversamos com a Umbro, a partir de um insight. Eles pagarão uma parcela desse valor ao clube, e o restante será ser no fornecimento de produtos para o próprio clube vender na sua loja – explica o diretor de marketing do Grêmio, Beto Carvalho, ao GloboEsporte.com.
A sacada pra o novo modelo de negócio surgiu de uma pesquisa encomendada pelo clube junto ao seu torcedor, sobre a colocação de marcas em seu uniforme.
O estudo apontou que a maioria da torcida tem boa aceitação dos patrocínios master, na região peitoral da camisa, e nas mangas e costas. O uso de marcas no espaço das omoplatas, no entanto, apresentou um índice elevado de rejeição junto aos torcedores.
Beto Carvalho, diretor de marketing do Grêmio (Foto: Diego Guichard)
Assim, o Tricolor uniu o útil ao agradável, para contemplar as três partes interessadas no negócio. O Grêmio vê sua receita no ano com possibilidade de ser inflada, ao passo que a Umbro ganha em exposição e, claro, nas vendas dos uniformes. Por fim, o torcedor fica satisfeito com uma camiseta "clean", que se enquadre ao gosto do torcedor.
– Nós encomendamos uma pesquisa qualitativa com quatro grupos de torcedores para ver qual a percepção do Grêmio ao patrocínio.
Tivemos todo um trabalho para saber qual o melhor lugar, que mais agradava aos torcedores, e eles não gostam desse patrocínio porque deixa a camisa muito poluída e ainda coloca determinada marca em cima do escudo. Perde força. Então, conversei com a Umbro. Nossa ideia é fazer uma camisa mais ajustada ao gosto, à preferência do nosso fã. Se for assim, ela vai vender mais – relata Carvalho.
Além de garantir o "não patrocínio", o Tricolor ainda trata para assegurar um substituto à Tramontina, que deixou de estampar sua marca na manga da camiseta em 2016. O clube conversa com algumas empresas, ainda sem acerto. O patrocínio eventual, apenas para jogos específicos, não está descartado, mas é uma alternativa de pouco prestígio entre os gremistas.
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Pasme: o Tricolor vetou patrocínios na região da omoplata, acima do distintivo e da marca da fabricante da camisa. Assim, irá receber a mais de sua fornecedora de material esportivo para não estampar patrocínio em sua camiseta, fruto de uma parceria que o faz projetar o dobro de faturamento até o final do ano.
As estimativas de consultorias especializadas apontam que o Tricolor poderia faturar até R$ 2 milhões anuais caso estampasse uma marca no local durante 12 meses.
Agora, o clube projeta que o "não patrocínio" renda, no pior cenário, R$ 3 milhões nos oito meses restantes do ano, o que representa 50% a mais do que receberia de um novo patrocinador. O número pode alcançar até R$ 4 milhões – 100%, ou o dobro de uma parceria convencional. Isso, se a torcida contribuir.
O acordo com o Grupo Dass, fabricante da Umbro no Brasil, prevê que o clube irá receber um valor fixo – não divulgado – da empresa. Além disso, o Tricolor ficará ainda com a renda plena de parte dos produtos oficiais vendidos em suas lojas – normalmente, o Grêmio recebe apenas royalties, próximos de 50% do preço total.
– Se buscou buscar algo novo para um contexto concorrido, como é esse dos patrocínios. É um ano em que as verbas de publicidade caíram. Temos que ser criativos nessas épocas de crise, ter um pensamento mais amplo com coisas que possam criar valor.
É um lugar de venda, que tem que render algo para o clube. Então, conversamos com a Umbro, a partir de um insight. Eles pagarão uma parcela desse valor ao clube, e o restante será ser no fornecimento de produtos para o próprio clube vender na sua loja – explica o diretor de marketing do Grêmio, Beto Carvalho, ao GloboEsporte.com.
A sacada pra o novo modelo de negócio surgiu de uma pesquisa encomendada pelo clube junto ao seu torcedor, sobre a colocação de marcas em seu uniforme.
O estudo apontou que a maioria da torcida tem boa aceitação dos patrocínios master, na região peitoral da camisa, e nas mangas e costas. O uso de marcas no espaço das omoplatas, no entanto, apresentou um índice elevado de rejeição junto aos torcedores.
Beto Carvalho, diretor de marketing do Grêmio (Foto: Diego Guichard)
Assim, o Tricolor uniu o útil ao agradável, para contemplar as três partes interessadas no negócio. O Grêmio vê sua receita no ano com possibilidade de ser inflada, ao passo que a Umbro ganha em exposição e, claro, nas vendas dos uniformes. Por fim, o torcedor fica satisfeito com uma camiseta "clean", que se enquadre ao gosto do torcedor.
– Nós encomendamos uma pesquisa qualitativa com quatro grupos de torcedores para ver qual a percepção do Grêmio ao patrocínio.
Tivemos todo um trabalho para saber qual o melhor lugar, que mais agradava aos torcedores, e eles não gostam desse patrocínio porque deixa a camisa muito poluída e ainda coloca determinada marca em cima do escudo. Perde força. Então, conversei com a Umbro. Nossa ideia é fazer uma camisa mais ajustada ao gosto, à preferência do nosso fã. Se for assim, ela vai vender mais – relata Carvalho.
Além de garantir o "não patrocínio", o Tricolor ainda trata para assegurar um substituto à Tramontina, que deixou de estampar sua marca na manga da camiseta em 2016. O clube conversa com algumas empresas, ainda sem acerto. O patrocínio eventual, apenas para jogos específicos, não está descartado, mas é uma alternativa de pouco prestígio entre os gremistas.
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