Sobrinho se inspira em "tio Bolaños" e aumenta apoio da família pelo Grêmio

Javier com os tios Miller e Alex (Foto: Arquivo Pessoal)

Foram menos de dois jogos completos com a camisa do Grêmio. Mas Miller Bolaños já tem status de xodó no clube, conforme dito pelo volante Edinho. A estreia ocorreu justamente contra a LDU, de seu país, adversário da próxima quarta pela Libertadores. Nesta quarta-feira, o atacante não estará em campo, ainda se recuperando de fratura na mandíbula. Entretanto, já transformou toda a família em tricolor. A torcida engrossada foi revelada pelo sobrinho do jogador, Javier David Rodriguez Bolaños, de 14 anos, que segue o roteiro dos tios.

O menino quer ser jogador de futebol. Completa 15 anos dia 12 de julho, quando poderá fazer parte das seleções de base do Equador. A inspiração está em casa. Seus tios Miller e Alex são os espelhos para começar em uma profissão difícil. Joga no clube de Alex, o Aucas, de Quito. E viaja com frequência para Guayaquil, onde está Mirtha, sua mãe.

Foi o contato mais próximo com os tios, na infância, que fez Javier querer se tornar jogador de futebol. Hoje, sua intenção é se tornar um camisa 10 de respeito no Equador. Posição, veja só, ocupada por Miller com Gustavo Quintero, o técnico da seleção. O sobrinho do atacante gremista também acrescenta que pode ser o camisa 9.

- Eu quando vivi com eles, não gostava de futebol. Aí fui vendo jogarem e comecei a gostar. Me caracterizo por ser um 10 ou um 9. Gosto mais de ser 10. Gosto de ir para cima, não gosto de perder. De Miller aprendo que não posso ter medo de nenhum rival, seja grande ou pequeno. De Alex, aprendo que preciso ser um guerreiro dentro de campo - relatou Javier ao GloboEsporte.com.


Javier Bolaños sobrinho de Miller Bolaños Grêmio Equador (Foto: Arquivo Pessoal)

A lesão sofrida no tio, no Gre-Nal, deixou a família toda em estado de alerta. Mas com o passar dos dias, tudo se acalmou nos Rodriguez Bolaños. Leila, a mãe, ficou mais tranquila. A esposa do jogador viajou ao Brasil com os filhos do casal para um amparo. O atacante já até voltou a trabalhar com bola. Javier diz que sabe que o tio pode retornar aos gramados contra o Toluca, dia 19 de abril, na Arena, na última rodada da fase de grupos da Libertadores.

O jogo de quarta, claro, entra no papo. Ainda que seja contra um dos maiores clubes do Equador, a família estará atenta mesmo é nas cores azul, preto e branco. Mesmo que Miller não esteja em campo, desfilando sua velocidade e qualidade, o jovem lembra que todos foram cativados.

- A família agora é torcedora do Grêmio. E na quarta-feira estaremos apoiando ao Grêmio para que saia com os três pontos aqui de Quito - completou.

O gosto por futebol vem de berço. Além de Javier e dos tios Alex e Miller, o avô do jovem, Milton, pai do pai de Javier, e um outro tio, Nefer, também eram jogadores - camisa 10 e volante, respectivamente. Dá para dizer que a bola está no sangue. Ainda mais em Esmeraldas, província reconhecida por produzir os melhores atletas do Equador - a parte física é determinante.

A família é grande. Além de Alex e Bolaños, a mãe Leila criou outras quatro irmãs. Uma delas, claro, a mãe de Javier. Hoje, estão separados pelo Equador. Alex mora em Quito, onde joga com o Aucas. As irmãs estão espalhadas entre Guayaquil, no litoral, e Esmeraldas, onde nasceram e mora a matriarca, Leila.


Bolanos treina com bola Grêmio (Foto: Ronaldo Bernardi/Agência RBS)



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