Bobô encontrou melhor forma com Roger e disputa titularidade (Foto: Eduardo Moura/GloboEsporte.com)
Um dos artilheiros do Grêmio na temporada não nega o ofício. Centroavante de carteirinha, já marcou gols até em cima de um dos seus companheiros mais elogiados, Pedro Geromel, na época das categorias de base em duelos entre Corinthians e Palmeiras. Mas Bobô continua em processo de evolução, mesmo aos 31 anos. Depois da dificuldade de comunicação na Turquia, se moldou ao estilo do Tricolor de Roger para colocar sua eficiência à disposição do time.
Titular nas últimas partidas e na sequência que se avizinha com o jogo desta quarta, às 19h30, contra o Brasil de Pelotas, na Arena, e na partida contra a LDU, na próxima semana, pela Libertadores, Bobô tem cinco gols no ano. Ao lado de Luan e Pedro Rocha, é o artilheiro gremista no ano. Condição que espera manter até o final de 2016, sem metas, sem números estipulados, mas com a ambição de ajudar em títulos para a temporada.
São 14 jogos no ano até o momento. Nas chances recebidas, agradou a ponto de fazer Roger mudar a função de Luan. Mas não a característica do ataque. Bobô passou a ser figura também próxima da linha lateral, para dar mais opções de passe aos companheiros. Participa constantemente de jogadas de gol, como o de Douglas no empate com o Juventude ou o salvador de Lincoln no Nuevo Gasômetro, no 1 a 1 com o San Lorenzo. Sempre na área. Porque, querendo ou não, Bobô é centroavante. E dos eficientes.
GloboEsporte.com: Você está vivendo um bom momento, artilheiro do time... Como encara essa sequência que recebe do Roger?
Bobô – Sequência sempre é boa, principalmente para atacante. Você pega muito mais ritmo do que uma pessoa que fica entrando durante os jogos. Consegui fazer os gols, junto com o pessoal do ataque, que faz bastante gol. O Grêmio é o ataque mais positivo do campeonato. A gente espera manter.
Além de marcar, também tem participado de gols diretamente. Satisfaz participar da mecânica de jogo?
O objetivo é esse: me adaptar ao estilo do Grêmio. Não só fazer gol, como dar passes aos companheiros. E cair nas beiradas, como o Roger pede, fazendo a movimentação.
Muito se fala de sua adaptação ao estilo de jogo do Grêmio. O que foi mais determinante, a dedicação, alguma orientação diferente ou pegar ritmo de jogo mesmo?
Acho que tudo. A força de vontade, a orientação do Roger de como ele queria a movimentação dentro de campo e minha vontade de fazer o que ele pede.
Você se considera um centroavante eficiente?
Na minha carreira inteira, os meus números são bons para um atacante. Eu acho que sim.
Me falaram de uma história contra o Geromel, na base, entre Palmeiras e Corinthians. Como foi isso?
A história foi que a gente jogou contra algumas vezes, nos campeonatos paulistas de base. A gente sempre ganhava do Palmeiras, o Geromel sempre saía com raiva dos jogos. E teve um jogo, ele que me lembrou, eu não lembrava. A gente jogou contra eles, ganhou de 3 a 0 e eu fiz dois gols. Quando cheguei aqui, ele me contou essa história.
Já chegou com cobrança dele então.
Já veio falando: eu lembro de você. Você lembra de mim? Quem apanha não esquece, não. (risos).
Temos visto fazer uma função tática em alguns momentos da partida. Fecha no meio se precisar. Como é isso para um cara que geralmente não precisa fazer isso?
É isso que o Roger pede para todos. Independentemente de quem está na posição, tem que recompor como se fosse da posição. Quem está pelo lado, fecha pelo lado.
Dá para dizer que esta é sua grande chance no Brasil?
Sim, por ficar muito tempo fora e sair muito cedo para jogar fora, na Turquia. É uma grande chance de mostrar meu futebol no Brasil.
Assim como o Geromel, você foi bem fora para depois voltar. Ajuda esse aprendizado?
Sim, muitas experiências. Você fica mais rodado, vê coisas que acontecem repetidamente e pega experiência para não errar o que errou antes.
Foram muitos anos de Turquia. Passou muito perrengue lá?
Ih, muitos. De adaptação, na língua, na comida, com os jogadores para poder se comunicar. Começo era difícil, era com mímica. Dentro do futebol, a linguagem é universal. No dia a dia, você vai pegando as coisas de dentro de campo. Toca a bola, chuta, fica mais atrás. Essas coisas que você aprende em campo.
Nas redes sociais, podemos ver carinho dos turcos contigo. Ainda entram em contato?
Eles me marcam muito nas coisas que acontecem no clube que joguei lá (Besiktas), o do Rhodolfo, eles me marcam bastante. Agora fizeram um novo estádio, que está para inaugurar. Me convidam para visitar o estádio novo.
Nesse período na Europa, também foi bom pessoalmente, imagino. Conheceu muitos lugares?
Foi bom. Até para conhecer não só o país que eu estava, mas como lá é tudo perto, conheci bastantes lugares na Europa. O futebol, também, por jogar muitas ligas fora – Champions e Liga Europa – me levou a alguns países que não imaginei que iria e acabei conhecendo.
Nesta fase mais decisiva, o Grêmio é quem chega melhor?
É difícil falar. O Grêmio chega bem. Vem em uma crescente, os jogadores que estão entrando estão dando conta do recado. Hoje começa a primeira decisão, na quarta-feira tem outra. Agora começa uma fase de jogos decisivos no primeiro semestre. O Grêmio está preparado para isso.
Fala-se muito na necessidade de título.
Sem dúvida. Todos os jogadores que estão aqui sabem da responsabilidade. Lógico, o Grêmio faz um tempo que não ganha nada, mas pelo peso da camisa que tem, pelo tamanho do clube, estamos fazendo o possível e o impossível para ganhar tudo esse ano.
Pessoalmente, tem como meta ser artilheiro? Coloca algum número de gols?
Claro que sim. Meta é fazer o máximo de gols possível. Eu não coloco meta. Às vezes, você fala uma coisa, não acontece e é cobrado por isso. É melhor ir no dia a dia dos jogos e fazer o máximo possível.
O seu contrato acaba no final do ano. Como está a situação, pretende renovar?
Acaba em dezembro. Vamos começar agora a tratar sobre isso, semana que vem, vamos começar a tratar junto com o pessoal. Por mim, eu fico.
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Titular nas últimas partidas e na sequência que se avizinha com o jogo desta quarta, às 19h30, contra o Brasil de Pelotas, na Arena, e na partida contra a LDU, na próxima semana, pela Libertadores, Bobô tem cinco gols no ano. Ao lado de Luan e Pedro Rocha, é o artilheiro gremista no ano. Condição que espera manter até o final de 2016, sem metas, sem números estipulados, mas com a ambição de ajudar em títulos para a temporada.
São 14 jogos no ano até o momento. Nas chances recebidas, agradou a ponto de fazer Roger mudar a função de Luan. Mas não a característica do ataque. Bobô passou a ser figura também próxima da linha lateral, para dar mais opções de passe aos companheiros. Participa constantemente de jogadas de gol, como o de Douglas no empate com o Juventude ou o salvador de Lincoln no Nuevo Gasômetro, no 1 a 1 com o San Lorenzo. Sempre na área. Porque, querendo ou não, Bobô é centroavante. E dos eficientes.
GloboEsporte.com: Você está vivendo um bom momento, artilheiro do time... Como encara essa sequência que recebe do Roger?
Bobô – Sequência sempre é boa, principalmente para atacante. Você pega muito mais ritmo do que uma pessoa que fica entrando durante os jogos. Consegui fazer os gols, junto com o pessoal do ataque, que faz bastante gol. O Grêmio é o ataque mais positivo do campeonato. A gente espera manter.
Além de marcar, também tem participado de gols diretamente. Satisfaz participar da mecânica de jogo?
O objetivo é esse: me adaptar ao estilo do Grêmio. Não só fazer gol, como dar passes aos companheiros. E cair nas beiradas, como o Roger pede, fazendo a movimentação.
Muito se fala de sua adaptação ao estilo de jogo do Grêmio. O que foi mais determinante, a dedicação, alguma orientação diferente ou pegar ritmo de jogo mesmo?
Acho que tudo. A força de vontade, a orientação do Roger de como ele queria a movimentação dentro de campo e minha vontade de fazer o que ele pede.
Você se considera um centroavante eficiente?
Na minha carreira inteira, os meus números são bons para um atacante. Eu acho que sim.
Me falaram de uma história contra o Geromel, na base, entre Palmeiras e Corinthians. Como foi isso?
A história foi que a gente jogou contra algumas vezes, nos campeonatos paulistas de base. A gente sempre ganhava do Palmeiras, o Geromel sempre saía com raiva dos jogos. E teve um jogo, ele que me lembrou, eu não lembrava. A gente jogou contra eles, ganhou de 3 a 0 e eu fiz dois gols. Quando cheguei aqui, ele me contou essa história.
Já chegou com cobrança dele então.
Já veio falando: eu lembro de você. Você lembra de mim? Quem apanha não esquece, não. (risos).
Temos visto fazer uma função tática em alguns momentos da partida. Fecha no meio se precisar. Como é isso para um cara que geralmente não precisa fazer isso?
É isso que o Roger pede para todos. Independentemente de quem está na posição, tem que recompor como se fosse da posição. Quem está pelo lado, fecha pelo lado.
Dá para dizer que esta é sua grande chance no Brasil?
Sim, por ficar muito tempo fora e sair muito cedo para jogar fora, na Turquia. É uma grande chance de mostrar meu futebol no Brasil.
Assim como o Geromel, você foi bem fora para depois voltar. Ajuda esse aprendizado?
Sim, muitas experiências. Você fica mais rodado, vê coisas que acontecem repetidamente e pega experiência para não errar o que errou antes.
Foram muitos anos de Turquia. Passou muito perrengue lá?
Ih, muitos. De adaptação, na língua, na comida, com os jogadores para poder se comunicar. Começo era difícil, era com mímica. Dentro do futebol, a linguagem é universal. No dia a dia, você vai pegando as coisas de dentro de campo. Toca a bola, chuta, fica mais atrás. Essas coisas que você aprende em campo.
Nas redes sociais, podemos ver carinho dos turcos contigo. Ainda entram em contato?
Eles me marcam muito nas coisas que acontecem no clube que joguei lá (Besiktas), o do Rhodolfo, eles me marcam bastante. Agora fizeram um novo estádio, que está para inaugurar. Me convidam para visitar o estádio novo.
Nesse período na Europa, também foi bom pessoalmente, imagino. Conheceu muitos lugares?
Foi bom. Até para conhecer não só o país que eu estava, mas como lá é tudo perto, conheci bastantes lugares na Europa. O futebol, também, por jogar muitas ligas fora – Champions e Liga Europa – me levou a alguns países que não imaginei que iria e acabei conhecendo.
Nesta fase mais decisiva, o Grêmio é quem chega melhor?
É difícil falar. O Grêmio chega bem. Vem em uma crescente, os jogadores que estão entrando estão dando conta do recado. Hoje começa a primeira decisão, na quarta-feira tem outra. Agora começa uma fase de jogos decisivos no primeiro semestre. O Grêmio está preparado para isso.
Fala-se muito na necessidade de título.
Sem dúvida. Todos os jogadores que estão aqui sabem da responsabilidade. Lógico, o Grêmio faz um tempo que não ganha nada, mas pelo peso da camisa que tem, pelo tamanho do clube, estamos fazendo o possível e o impossível para ganhar tudo esse ano.
Pessoalmente, tem como meta ser artilheiro? Coloca algum número de gols?
Claro que sim. Meta é fazer o máximo de gols possível. Eu não coloco meta. Às vezes, você fala uma coisa, não acontece e é cobrado por isso. É melhor ir no dia a dia dos jogos e fazer o máximo possível.
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