[Grêmio Avalanche]: A hora da verdade

Entramos no período decisivo do primeiro semestre, onde, nas duas competições que disputamos atualmente, é chegada a famosa "hora da verdade".

Aqui nas nossas bandas, o "ruralito" conhecido com o "Charmoso" Gauchão, chega na sua fase eliminatória. Dos 14 clubes que iniciaram a competição, apenas 8 seguem vivos e se enfrentam em fase de quartas de final. Por ter sido o primeiro na classificação geral, o Grêmio inicia a fase de mata-mata decidindo em casa. Vale lembrar que os pontos seguem contando, portanto, avançar com uma vitória direta não necessariamente signifique a mesma coisa do que em uma decisão por pênaltis, após um empate nos 90 minutos.

Nosso adversário de amanhã é o Brasil de Pelotas, time que já viveu melhores fases nos últimos anos de Gauchão, mas sempre merece atenção especial, não apenas pela numerosa e apaixonada torcida, mas por ter Beto Zimmermann como um dos técnicos mais longevos na atualidade, principal responsável por fazer o Xavante voltar a figurar no cenário nacional, visto que vai disputar a Série D neste 2016.

Em contrapartida, pela Libertadores, na próxima semana voltamos a estar frente a frente com a LDU, desta vez na altitude de Quito, onde a fase ainda é classificatória, mas também com grande importância. O resultado conquistado lá pode mudar nosso futuro na competição.

E como o Grêmio chega para essa fase decisiva?
Bom, podemos dizer que aguardamos esse jogo com boas e más notícias.

Uma das más notícias do momento é a caxumba que vem vitimando o elenco Tricolor. Luan foi o primeiro, já recuperado e de volta ao combate. Henrique Almeida, coincidentemente ou não por ser colega de quarto de Luan, nas concentrações, foi o segundo, e ainda está se recuperando. E, a última vítima foi Ramiro, titular da lateral direita que fica de fora dos dois confrontos, tanto pelo Gauchão como pela Libertadores. O pequeno grande volante, agora lateral, é um importante desfalque para a equipe, visto que seus colegas que brigam pela posição não vem apresentando boas atuações. Wallace Oliveira novamente deixou a desejar no último domingo, contra o Juventude. É provável que ele ocupe novamente aquele setor.

Outro assunto que preocupa é o baixo desempenho de jogadores que foram fundamental na última campanha do Tricolor: Giuliano e Luan, responsáveis por criar e finalizar jogadas de ataque para o Grêmio, vem apresentando atuações abaixo do esperado. Continuam sendo perigosos, tanto é que Luan nos salvou da derrota diante do Juventude com mais um golaço de falta, porém, principalmente quando atuam juntos, o time apresenta uma certa lentidão naquele setor. Ambos os jogadores, somados a Douglas, não conseguem acelerar as jogadas e deixar o meio de campo dinâmico. Aliás, muito pelo contrário, está cada vez mais fácil saber quais serão as jogadas feitas por esses atletas. Falta variação, falta criatividade, até a famigerada ousadia sempre citada pelo "Menino Neymar".

Em defesa dos dois, ambos sofrem do mesmo problema: fascite plantar, uma dor aguda que atinge a sola do pé e atrapalha até a pisada do atleta. Giuliano ficou afastado por conta deste problema, e vem sofrendo com ele desde o início da temporada. Já Luan parece ter sido beneficiado com os tratamentos e precauções para combater o problema, porém, como já mencionado, ficou de fora enquanto estava em repouso por conta da caxumba.

A falta de ritmo pode prejudicar os dois, é verdade, contudo, mesmo antes dos mencionados problemas físicos/clínicos, estes dois atletas não vinham bem. Todos nós, e principalmente o "Pep" Roger, esperamos que voltem a por em prática todo o bom futebol que sabem.

Mas, nem só de coisas ruins vive o atual momento gremista. As boas notícias são a volta do trabalho coletivo, principal bandeira levantada por Roger desde que assumiu a equipe, assim como a melhora e consolidação no desempenho individual de alguns atletas.

Passeando por todos os setores, começando pela defesa e indo em rumo ao ataque, temos debaixo das traves o goleiro que nunca jogou por outra equipe se não o Grêmio, mantendo a fase que o coloca como um dos melhores do país. Marcelo Grohe segue sendo decisivo nos jogos, e é um dos pilares da defesa gremista, ao lado de Pedro Geromel. O zagueiro pode ser tranquilamente definido como o melhor jogador do grupo gremista na atualidade. Sempre muito eficiente e preciso, mantém a regularidade jogo após jogo, e já vem despontando como ídolo da nossa apaixonada torcida. No meio, a volta da parceria entre Walace e o capitão Maicon foi fundamental na melhora apresentada nas últimas partidas, com marcação, posicionamento, desarme e, sobretudo, saída de bola dentre as qualidades apresentadas. Os dois servem como termômetro para a equipe, pois quando vão bem, a partida se torna muito mais fácil do que quando vão mal. Por fim, lá no ataque, a grata surpresa é Bobô. O centro-avante enfrentou as críticas e desconfianças do início de temporada, se mostrou adaptado ao esquema de jogo de Roger ao não ficar plantado esperando a bola e, com grande movimentação no setor ofensivo, vem anotando seus gols e participando da construção dos ataques, aproveitando as chances que recebeu. Vale também o elogio a Pedro Rocha, que recuperou em partes a boa fase que viveu em 2015. Rocha só precisa ter um pouco mais de calma no momento de definir as jogadas, para evitar tanto desperdício, tantos erros na hora de "matar" e, aí sim, tem tudo para ser titular.

Além disso tudo, ainda nos encontramos em estado de espera por Miller Bolaños, principal reforço que esperamos muito em breve possa finalmente começar de fato sua jornada como atleta gremista, bem como alguns reforços pretendidos pela direção. O nome conhecido é apenas de Emilio Zeballos, lateral direito pretendido pelo departamento de futebol. Porém, dizem que vão buscar peças para outros setores. Especula-se que mais um zagueiro, para suprir as saídas de Kadu e, muito provavelmente, Werley.

Enfim, como jamais deixará de ser, a temporada de um clube de futebol passa por altos e baixos, muitas vezes ao mesmo tempo. É exatamente o que acontece agora no Tricolor.

Esperamos que "os altos" sejam altos o suficiente para tornar "os baixos" insignificantes, pois chegamos na parte da história onde não é mais possível errar!

Saudações Tricolores!

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