Foto: Montagem sobre fotos de Diego Vara e Lucas Uebel/Grêmio, Divulgação
Mesmo com três jogadores acometidos por caxumba – Ramiro é o caso mais recente, após Henrique Almeida e Luan também terem sido infectados –, o Grêmio só fará vacinação contra a doença a partir da próxima semana, quando a delegação voltar de Quito. Segundo o médico Márcio Bolzoni, apesar dos cuidados adotados pelo clube, é possível que novos casos possam ocorrer.
– Todos estiveram expostos ao vírus, em menor ou maior frequência. Nos três casos, eles não tinham imunidade. Estamos em contato com infectologistas para discutir o melhor momento de vacinar o grupo. Mas não será antes da viagem ao Equador. Infelizmente, podemos ter outros casos, se um jogador já estiver com o vírus e a doença ainda não tiver se manifestado – alerta Bolzoni, que informa que a vacina leva 30 dias para fazer efeito.
Em razão da forma de contágio pelo ar, não há a previsão de modificar os locais de treinos e concentrações. Conforme o médico, as instalações ficam livres de contaminação após 20 dias sem o surgimento de novos casos. Ainda assim, isso não impede que, no contato com familiares ou com pessoas próximas, o vírus seja transmitido.
– Não estamos falando de ebola, mas de caxumba. As pessoas não deixam de ter vida social. Certamente este contato é mais próximo, há faixas de risco. Mesmo no contato com familiares, pode ter contágio – completa.
O QUE É?
Uma infecção viral causada pelo Paramixovírus que afeta principlamente as glândulas parótidas (salivares), que ficam na região maxilar. Ë uma doença benigna com uma letalidade muito baixa, na grande maioria das vezes evoluindo sem complicações ou sequelas.
COMO OCORRE O CONTÁGIO?
Via aérea, através disseminação de gotículas, ou por contato direto com saliva de pessoas infectadas. Uma pessoa pode começar a transmitir o vírus até 48h antes e até 09 dias após o início dos sintomas. Em 30 a 40% dos indivíduos infectados a infecção não apresenta sintomas mas eles podem transmití-la mesmo assim.
COMO PREVENIR?
Através da vacina combinada tríplice viral, que protege contra sarampo, rubéola e caxumba. O recomendado são duas doses conferindo uma proteção de até 95% mas que pode diminuir com o passar dos anos. Outra medida que dificulta o contágio é higienização das mãos.
QUAIS SÃO OS SINTOMAS?
Febre, mal-estar, cansaço, fraqueza, inflamação na parótida, orquite (inflamação nos testículos) em até 30% dos homens, dor no pescoço e perda de apetite. Também pode apresentar quadros de encefalite, meningite e pancreatite embora sejam bem menos frequentes. A infecção no primeiro trimestre da gravidez pode provocar abortamento espontâneo.
COMO TRATAR?
É necessário o afastamento do contato com outras pessoas no trabalho ou escola principalmente com repouso domiciliar, e tratamento com antitérmicos e anti-inflamatórios. O vírus pode ser transmitido até após o desaparecimento dos sintomas.
PERÍODO DE INCUBAÇÃO?
O período de incubação é de 12 a 25 dias, sendo, em média, 16 a 18 dias.
Infectologista sugere vacinação nos atletas
O médico infectologista Paulo Ernesto Gewehr Filho, coordenador do Núcleo de Vacinas do Hospital Moinhos de Vento, na Capital, entende que o ideal para o Grêmio seria a vacinação imediata de todos os jogadores. Conforme o especialista, o surgimento da caxumba no grupo se deve ao fato de algum jogador não ter sido vacinado quando criança ou por não ter recebido as duas doses necessárias para a imunização.
– A vacinação de bloqueio é necessária para evitar a novos casos – explica.
Além disso, Gewehr esclarece que quem já teve a doença quando criança não corre o risco de ser infectado. E informa que o risco de que a caxumba recolha para os testículos (o que pode causar infertilidade) é de cerca de 30% dos casos.
– O ideal é sempre verificar a carteira de vacinação para checar se as doses estão em dia – alerta.
INTER – HEPATITE (2008)
Cinco jogadores do Inter contraíram hepatite A em 2008: os goleiros Renan e Muriel, os volantes Edinho e Maycon e o lateral-esquerdo Ramon foram infectados com a doença entre março e abril. De acordo com a direção colorada, o surto foi causado após a viagem colorada a Patos, na Paraíba, para o jogo contra o Nacional-PB pela primeira fase da Copa do Brasil, no dia 27 de fevereiro. Os jogadores ficaram cerca de um mês e meio em recuperação.
AVAÍ – CONJUNTIVITE (2003)
Uma epidemia de conjuntivite em Santa Catarina provocou um surto da doença no Avaí em março de 2003. Foram 17 jogadores infectados – 15 das categorias de base e dois profissionais, o volante André e o lateral-esquerdo Magal. Os treinos no clube foram cancelados durante o período. No Figueirense, um jogador também pegou a doença: o zagueiro André Luiz.
NACIONAL-URU – CAXUMBA (2006)
A caxumba pegou nove jogadores do Nacional, de Montevidéu, em outubro de 2006. Cinco atletas eram titulares da equipe, que estava na disputa da Copa Sul-Americana. A direção do Nacional chegou a pedir o adiamento do confronto com o Boca Juniors, pelas oitavas de final, mas o clube argentino não aceitou o pedido – e ainda assim os uruguaios se classificaram à fase seguinte, após vitória nos pênaltis na Argentina.
FLAMENGO – CONJUNTIVITE (1982)
Há 34 anos, um surto de conjuntivite no Rio de Janeiro atingiu o Flamengo. Apenas um jogador foi infectado – mas foi justamente Zico, principal craque do esquadrão rubro-negro da década de 1980. Ainda assim, o meia veio a Porto Alegre para o confronto com o Inter e, com um olho inchado, comandou o Flamengo na vitória por 3 a 2, de virada, anotando um gol de cabeça.
CATANDUVENSE – VIROSE (2016)
A Catanduvense, que disputa a Série A3 do Campeonato Paulista, sofreu com um surto de virose no início do ano. Foram 12 jogadores, além de vários funcionários do clube, infectados em fevereiro. Ainda assim, os atletas _ mesmo debilitados – seguiram jogando normalmente.
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Em razão da forma de contágio pelo ar, não há a previsão de modificar os locais de treinos e concentrações. Conforme o médico, as instalações ficam livres de contaminação após 20 dias sem o surgimento de novos casos. Ainda assim, isso não impede que, no contato com familiares ou com pessoas próximas, o vírus seja transmitido.
– Não estamos falando de ebola, mas de caxumba. As pessoas não deixam de ter vida social. Certamente este contato é mais próximo, há faixas de risco. Mesmo no contato com familiares, pode ter contágio – completa.
O QUE É?
Uma infecção viral causada pelo Paramixovírus que afeta principlamente as glândulas parótidas (salivares), que ficam na região maxilar. Ë uma doença benigna com uma letalidade muito baixa, na grande maioria das vezes evoluindo sem complicações ou sequelas.
COMO OCORRE O CONTÁGIO?
Via aérea, através disseminação de gotículas, ou por contato direto com saliva de pessoas infectadas. Uma pessoa pode começar a transmitir o vírus até 48h antes e até 09 dias após o início dos sintomas. Em 30 a 40% dos indivíduos infectados a infecção não apresenta sintomas mas eles podem transmití-la mesmo assim.
COMO PREVENIR?
Através da vacina combinada tríplice viral, que protege contra sarampo, rubéola e caxumba. O recomendado são duas doses conferindo uma proteção de até 95% mas que pode diminuir com o passar dos anos. Outra medida que dificulta o contágio é higienização das mãos.
QUAIS SÃO OS SINTOMAS?
Febre, mal-estar, cansaço, fraqueza, inflamação na parótida, orquite (inflamação nos testículos) em até 30% dos homens, dor no pescoço e perda de apetite. Também pode apresentar quadros de encefalite, meningite e pancreatite embora sejam bem menos frequentes. A infecção no primeiro trimestre da gravidez pode provocar abortamento espontâneo.
COMO TRATAR?
É necessário o afastamento do contato com outras pessoas no trabalho ou escola principalmente com repouso domiciliar, e tratamento com antitérmicos e anti-inflamatórios. O vírus pode ser transmitido até após o desaparecimento dos sintomas.
PERÍODO DE INCUBAÇÃO?
O período de incubação é de 12 a 25 dias, sendo, em média, 16 a 18 dias.
Infectologista sugere vacinação nos atletas
O médico infectologista Paulo Ernesto Gewehr Filho, coordenador do Núcleo de Vacinas do Hospital Moinhos de Vento, na Capital, entende que o ideal para o Grêmio seria a vacinação imediata de todos os jogadores. Conforme o especialista, o surgimento da caxumba no grupo se deve ao fato de algum jogador não ter sido vacinado quando criança ou por não ter recebido as duas doses necessárias para a imunização.
– A vacinação de bloqueio é necessária para evitar a novos casos – explica.
Além disso, Gewehr esclarece que quem já teve a doença quando criança não corre o risco de ser infectado. E informa que o risco de que a caxumba recolha para os testículos (o que pode causar infertilidade) é de cerca de 30% dos casos.
– O ideal é sempre verificar a carteira de vacinação para checar se as doses estão em dia – alerta.
INTER – HEPATITE (2008)
Cinco jogadores do Inter contraíram hepatite A em 2008: os goleiros Renan e Muriel, os volantes Edinho e Maycon e o lateral-esquerdo Ramon foram infectados com a doença entre março e abril. De acordo com a direção colorada, o surto foi causado após a viagem colorada a Patos, na Paraíba, para o jogo contra o Nacional-PB pela primeira fase da Copa do Brasil, no dia 27 de fevereiro. Os jogadores ficaram cerca de um mês e meio em recuperação.
AVAÍ – CONJUNTIVITE (2003)
Uma epidemia de conjuntivite em Santa Catarina provocou um surto da doença no Avaí em março de 2003. Foram 17 jogadores infectados – 15 das categorias de base e dois profissionais, o volante André e o lateral-esquerdo Magal. Os treinos no clube foram cancelados durante o período. No Figueirense, um jogador também pegou a doença: o zagueiro André Luiz.
NACIONAL-URU – CAXUMBA (2006)
A caxumba pegou nove jogadores do Nacional, de Montevidéu, em outubro de 2006. Cinco atletas eram titulares da equipe, que estava na disputa da Copa Sul-Americana. A direção do Nacional chegou a pedir o adiamento do confronto com o Boca Juniors, pelas oitavas de final, mas o clube argentino não aceitou o pedido – e ainda assim os uruguaios se classificaram à fase seguinte, após vitória nos pênaltis na Argentina.
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