Lateral Marcelo Hermes será titular diante da LDU pela suspensão de Marcelo Oliveira
Não é fácil se tornar jogador profissional. A vida começa a cobrar cedo coisas que para a maioria acontecem só mais tarde. Marcelo Hermes é exemplo disso. Com apenas 11 anos ele deixou a família e passou a trocar de cidade vivendo na casa de parentes para jogar futebol. Foi privado da infância, mas atingiu seu objetivo. Amadureceu rápido e será titular do Grêmio contra a LDU pela Libertadores, em Quito, aos 21 anos.
E o destino age de forma curiosa. Hermes tinha acabado de ser aprovado no Figueirense após uma semana em Santa Catarina quando veio o jogo contra o Grêmio. O clube onde atuava, no interior gaúcho, comprou passagens e pediu retorno. Ele saiu, de ônibus, às 23h de Florianópolis, chegou às 5h para o jogo contra o Tricolor e, sem dormir, fez um gol e deu uma assistência. Foi contratado e jamais retornou ao alvinegro da capital catarinense.
Em entrevista exclusiva ao UOL Esporte, Hermes falou do início da carreira, da oportunidade contra os equatorianos e do principal sonho no futebol: defender um dia o Bayern de Munique.
Como começou sua carreira até a chegada no Grêmio?
Comecei no Vila Nova de Passo Fundo (no interior gaúcho). Em 2007, depois de dois anos lá tive a oportunidade de ir para o Inter, fiquei de março a novembro lá e não tive chance. Voltei para o Vila Nova, na metade do ano joguei contra o Grêmio, me contrataram... desde então estou aqui...
Você chegou a ter um teste no Figueirense, não é?
Eu estava no Vila Nova, não sabia nada do Grêmio ainda, e um empresário me levou ao Figueirense para teses. Fiquei lá uma semana treinando e fui aprovado. Era, na mesma semana do jogo com Grêmio. Daí o pessoal de Passo Fundo me chamou para jogar contra o Grêmio. Me pagaram a passagem e peguei ônibus às onze da noite, cheguei às cinco da manhã para jogar às 10 da manhã. Não dormi, quase. Mas eu fiz gol contra o Grêmio, dei passe e em diante já me chamaram. Daí eu voltei e disse que não iria mais ficar no Figueirense, disse que iria ficar e jogar com meus amigos. Mas na verdade era para vir para o Grêmio.
Como foi tua infância? Você saiu muito cedo de casa?
Saí com 11 anos de casa. O treinador da minha cidade me deu chance de jogar futsal onde ele estudava, na Ulbra de Carazinho (também no interior gaúcho). E lá eu fui começando a jogar. Eu fiquei longe da família, em casa de familiares, que me deram força para morar, para jogar e tudo.
Como foi a tua formação como pessoa com tantas mudanças em uma fase da vida em que o grupo de amigos, o colégio, tudo é tão importante?
Amadureci muito rápido. Tive que lidar com essa situação de ficar longe da família e dos amigos, conviver com outras pessoas, conhecer. Onde eu morava tinha um restaurante em baixo e eu ajudava quando precisavam. Fazia amizades. Tive que amadurecer antes do tempo e encarar tudo isso. Me torneio adulto.
Como você se sustentava? Trabalhava?
Meus familiares nunca cobraram nada. Quando precisava de ajuda no restaurante, trabalhava de garçom, precisava de ajuda em outra coisa, eu ajudava também, se eu quisesse comprar alguma coisa, por exemplo, passagem para ir visitar a família em casa, eu pegava carona ou os familiares me ajudavam, eu pedia. Meu pai e minha mãe não tinham condições de me pagar as coisas. Eu pedia. O pessoal sabia minha situação e queriam que eu jogasse, então davam um jeito de me ajudar.
Isso ajudou no amadurecimento...
Aprendi rápido a lidar com as coisas. Não posso ter tudo que eu quero, minha família não tem dinheiro, essas coisas.
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Em entrevista exclusiva ao UOL Esporte, Hermes falou do início da carreira, da oportunidade contra os equatorianos e do principal sonho no futebol: defender um dia o Bayern de Munique.
Como começou sua carreira até a chegada no Grêmio?
Comecei no Vila Nova de Passo Fundo (no interior gaúcho). Em 2007, depois de dois anos lá tive a oportunidade de ir para o Inter, fiquei de março a novembro lá e não tive chance. Voltei para o Vila Nova, na metade do ano joguei contra o Grêmio, me contrataram... desde então estou aqui...
Você chegou a ter um teste no Figueirense, não é?
Eu estava no Vila Nova, não sabia nada do Grêmio ainda, e um empresário me levou ao Figueirense para teses. Fiquei lá uma semana treinando e fui aprovado. Era, na mesma semana do jogo com Grêmio. Daí o pessoal de Passo Fundo me chamou para jogar contra o Grêmio. Me pagaram a passagem e peguei ônibus às onze da noite, cheguei às cinco da manhã para jogar às 10 da manhã. Não dormi, quase. Mas eu fiz gol contra o Grêmio, dei passe e em diante já me chamaram. Daí eu voltei e disse que não iria mais ficar no Figueirense, disse que iria ficar e jogar com meus amigos. Mas na verdade era para vir para o Grêmio.
Como foi tua infância? Você saiu muito cedo de casa?
Saí com 11 anos de casa. O treinador da minha cidade me deu chance de jogar futsal onde ele estudava, na Ulbra de Carazinho (também no interior gaúcho). E lá eu fui começando a jogar. Eu fiquei longe da família, em casa de familiares, que me deram força para morar, para jogar e tudo.
Como foi a tua formação como pessoa com tantas mudanças em uma fase da vida em que o grupo de amigos, o colégio, tudo é tão importante?
Amadureci muito rápido. Tive que lidar com essa situação de ficar longe da família e dos amigos, conviver com outras pessoas, conhecer. Onde eu morava tinha um restaurante em baixo e eu ajudava quando precisavam. Fazia amizades. Tive que amadurecer antes do tempo e encarar tudo isso. Me torneio adulto.
Como você se sustentava? Trabalhava?
Meus familiares nunca cobraram nada. Quando precisava de ajuda no restaurante, trabalhava de garçom, precisava de ajuda em outra coisa, eu ajudava também, se eu quisesse comprar alguma coisa, por exemplo, passagem para ir visitar a família em casa, eu pegava carona ou os familiares me ajudavam, eu pedia. Meu pai e minha mãe não tinham condições de me pagar as coisas. Eu pedia. O pessoal sabia minha situação e queriam que eu jogasse, então davam um jeito de me ajudar.
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