Foto: Lucas Uebel / Grêmio FBPA
Qualquer um que ouvir as palavras de Lincoln hoje em dia perceberá que o meia do Grêmio é tem muito mais maturidade do que os 17 anos de idade indicariam. Responsável por sustentar sua família desde cedo, prestes a ser pai, o autor de um golaço no último domingo pede passagem no time titular e dá passos sólidos na carreira. Mas nem sempre foi assim. O processo de aprendizagem, como naturalmente ocorre, veio nos erros. E um corte de cabelo o fez ser cortado da seleção brasileira.
Lincoln estava entre os selecionados para a disputa da Copa das Nações Sub-15, no México, em 2013. Tinha apenas 14 anos. Ainda não havia encantado Felipão em um treinamento no gramado suplementar do estádio Olímpico, era conhecido apenas nas categorias de base do clube e da seleção. E já havia assinado com grupo DIS.
A inicial de seu nome e o número da camisa estamparam o cabelo. "L10" dizia a inscrição na cabeça do jovem, raspada em máquina zero, na apresentação. O ato desagradou o coordenador das seleções de base do Brasil a ponto de exigir a desconvocação do jovem, que acabou feita pelo técnico Caio Zanardi.
Gallo citou mais de uma vez em entrevistas que este tipo de postura não seria tolerado. Cabelos diferentes, brincos, marra, tudo seria vetado na seleção. O treinador ainda citou que Lincoln, em torneio pelo Grêmio, também havia se negado a cumprimentar seu treinador. Luiz Gabardo Júnior. "Tem um menino no Sub-15 do Grêmio que é um craque. Mas em um torneio eu vi que ele se recusou a apertar a mão do treinador. E usava o cabelo cortado com a inicial do seu nome e o número 10. Está fora da seleção", disse Gallo, em 2013, ao Estado de São Paulo.
Lincoln, prontamente, raspou os cabelos. Entendeu que o corte na seleção poderia ser parte de seu aprendizado. Mudou penteado e voltou a ser chamado. Sempre uma categoria acima da sua. Com 15 anos atuava na Sub-17. Agora com 17 luta por lugar na Sub-20.
"Na verdade, me arrependi de ter feito. Infelizmente não dava mais para tirar. Já era tarde. Quando o treinador pediu para tirar o corte, não daria mais tempo. Hoje eu vejo que serviu de aprendizado", disse Lincoln ao UOL Esporte através de sua assessoria de imprensa.
Hoje em dia, o jovem é exemplo de conduta exatamente contrária ao que Gallo atribuiu a ele. Chega sempre cedo nos treinamentos, tem conduta exemplar fora de campo, quando concede entrevistas, mostra-se humilde e atento ao que é necessário para ter uma carreira de sucesso. Recentemente, ao comentar a gravidez de sua namorada, Lincoln surpreendeu até os que questionavam ser pai tão cedo.
"Ser pai dá a mesma responsabilidade com 17 anos ou com 50. Não vai mudar nada. É uma alegria e uma responsabilidade muito grande", disse. "Tem apenas dois meses, não sabemos se é menino ou menina", completou após marcar aos 44 minutos do segundo tempo o gol de empate na Libertadores, contra o San Lorenzo, na Argentina.
Lincoln passou, por força de Gallo, por um processo natural na adolescência. Aprendeu errando. Jamais ostentou novamente o 'L10' nos cabelos ou teve qualquer palavra ou ato desrespeitoso com membros da comissão técnica. É querido por funcionários do mais baixo ao mais alto escalão no clube.
Órfão de pai, Lincoln sustenta desde muito cedo sua família com o futebol. Tem a mãe e mais cinco irmãos, sendo uma portadora de deficiência. Como 'homem da casa', levou todos do bairro Lomba do Pinheiro para uma casa melhor. E hoje orgulha-se de ter tirado lições de tantos momentos difíceis.
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Lincoln estava entre os selecionados para a disputa da Copa das Nações Sub-15, no México, em 2013. Tinha apenas 14 anos. Ainda não havia encantado Felipão em um treinamento no gramado suplementar do estádio Olímpico, era conhecido apenas nas categorias de base do clube e da seleção. E já havia assinado com grupo DIS.
A inicial de seu nome e o número da camisa estamparam o cabelo. "L10" dizia a inscrição na cabeça do jovem, raspada em máquina zero, na apresentação. O ato desagradou o coordenador das seleções de base do Brasil a ponto de exigir a desconvocação do jovem, que acabou feita pelo técnico Caio Zanardi.
Gallo citou mais de uma vez em entrevistas que este tipo de postura não seria tolerado. Cabelos diferentes, brincos, marra, tudo seria vetado na seleção. O treinador ainda citou que Lincoln, em torneio pelo Grêmio, também havia se negado a cumprimentar seu treinador. Luiz Gabardo Júnior. "Tem um menino no Sub-15 do Grêmio que é um craque. Mas em um torneio eu vi que ele se recusou a apertar a mão do treinador. E usava o cabelo cortado com a inicial do seu nome e o número 10. Está fora da seleção", disse Gallo, em 2013, ao Estado de São Paulo.
Lincoln, prontamente, raspou os cabelos. Entendeu que o corte na seleção poderia ser parte de seu aprendizado. Mudou penteado e voltou a ser chamado. Sempre uma categoria acima da sua. Com 15 anos atuava na Sub-17. Agora com 17 luta por lugar na Sub-20.
"Na verdade, me arrependi de ter feito. Infelizmente não dava mais para tirar. Já era tarde. Quando o treinador pediu para tirar o corte, não daria mais tempo. Hoje eu vejo que serviu de aprendizado", disse Lincoln ao UOL Esporte através de sua assessoria de imprensa.
Hoje em dia, o jovem é exemplo de conduta exatamente contrária ao que Gallo atribuiu a ele. Chega sempre cedo nos treinamentos, tem conduta exemplar fora de campo, quando concede entrevistas, mostra-se humilde e atento ao que é necessário para ter uma carreira de sucesso. Recentemente, ao comentar a gravidez de sua namorada, Lincoln surpreendeu até os que questionavam ser pai tão cedo.
"Ser pai dá a mesma responsabilidade com 17 anos ou com 50. Não vai mudar nada. É uma alegria e uma responsabilidade muito grande", disse. "Tem apenas dois meses, não sabemos se é menino ou menina", completou após marcar aos 44 minutos do segundo tempo o gol de empate na Libertadores, contra o San Lorenzo, na Argentina.
Lincoln passou, por força de Gallo, por um processo natural na adolescência. Aprendeu errando. Jamais ostentou novamente o 'L10' nos cabelos ou teve qualquer palavra ou ato desrespeitoso com membros da comissão técnica. É querido por funcionários do mais baixo ao mais alto escalão no clube.
Órfão de pai, Lincoln sustenta desde muito cedo sua família com o futebol. Tem a mãe e mais cinco irmãos, sendo uma portadora de deficiência. Como 'homem da casa', levou todos do bairro Lomba do Pinheiro para uma casa melhor. E hoje orgulha-se de ter tirado lições de tantos momentos difíceis.
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