Pesquisa aponta gremistas a favor da reeleição de Bolzan e colorados contra novo mandato de Piffero

Foto: Montagem sobre fotos/ Lauro Alves e Omar Freitas


Entre os dias 11 e 12 de fevereiro, o Instituto Index entrevistou 2.025 gaúchos com mais de 16 anos para recolher uma amostragem científica acerca do pensamento dos gaúchos. Zero Hora publicou os resultados na edição de domingo, revelando as aflições e aspirações que mais nos consomem nestes tempos de crise e incerteza. O trabalho incluiu também futebol, é claro. Quem, na Província de São Pedro, não tem uma opinião na ponta da língua sobre Grêmio ou Inter?

A amostra é anterior a dois eventos importantes, que se cruzam na gangorra da paixão Gre-Nal: a derrota do Grêmio para o Toluca, na estreia da Libertadores, e as goleadas do Inter sobre Avaí e Cruzeirinho. São episódios que poderiam ter alterado os números de alguma maneira, mas me parece que não o suficiente para reverter a fotografia do momento. Aí vão os dados recolhidos pelo Index, dirigido pelo cientista política Caco Arais.

Roger Machado foi avaliado como bom (57,5%) ou ótimo (36,7%) por 94,2% dos gremistas. Teve apenas 4,8% de regular e ninguém considerou o seu trabalho em 2015 ruim ou péssimo, uma façanha em um meio insuportavelmente corneteiro como o futebol. Os números do presidente Romildo Bolzan só não são idênticos ao de seu treinador pelos rigores decimais da matemática: ele tem a mesma distribuição dos 94,2% de aprovação, 4,5% de regular e 0,9% de ruim, além do zero por cento de péssimo. Exatos 90,1% se manifestaram favoráveis a sua reeleição. No Inter, a pesquisa não captou essa quase unanimidade.

Argel Fucks exibiu conceito médio para bom: 0,4% de ótimo, 38,9% de bom, 47,6% de regular, 9,2% de ruim e 0% de péssimo. Já Vitorio Piffero, a julgar pela pequisa, terá de recuperar a simpatia dos colorados. A pergunta feita para saber o que a torcida pensa do comando do clube foi a mesma oferecida aos gremistas: como você avalia o desempenho do presidente? Piffero: ótimo (8,3%), bom (31,4%), regular (36,7%), ruim (21,4%) e péssimo (0%). Hoje, não seria reeleito: 64,6% responderam "não" para um novo mandato, contra 32,8% que disseram "sim".

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