Foto: Montagem sobre fotos de Fernando Gomes e Ronaldo Bernardi
Zero Hora convidou quatro jornalistas do Grupo RBS a escalar seus times ideais de Inter e Grêmio para o Gre-Nal 402. Confira:
David Coimbra — colunista de Zero Hora
Inter
É fácil escalar o time do Inter. O time do Inter tem de ter Aránguiz. Pode não ter Alex, pode não ter nenhum dos centroavantes, pode não ter nem D'Alessandro, desde que tenha Aránguiz.
Aránguiz tornou-se o centro técnico do time do Inter. Com ele, parece haver mais densidade demográfica no meio-campo. Com ele, D'Alessandro tem com quem dialogar, não porque ambos falam espanhol, mas porque falam a mesma linguagem da bola. Com ele, de repente, o centroavante tem companhia.
O Inter tem de ter Aránguiz. O resto é o silêncio.
Grêmio
Felipão precisa compreender que Renato tinha razão. Quando Renato fechou o time do Grêmio, com três zagueiros na área e três volantes à frente deles, Renato chegou ao vice-campeonato brasileiro. Enderson vislumbrou a luz, essa mesma luz, num Gre-Nal no começo do ano, quando escalou três volantes, foi melhor do que o Inter e só não ganhou por detalhe. Mas essa estabilidade durou até o outro Gre-Nal, o que é emblemático. Então, ele achou que era melhor e fracassou rotundamente, perdendo o rumo para sempre, até ser demitido entre suspiros e lamentações.
Felipão precisa aferrolhar o meio-campo do Grêmio: Edinho há de jogar entre os zagueiros, e outros dois volantes haverão de ser atarraxados diante dele, de preferência Riveros e Felipe Bastos. Completando o meio-campo, Giuliano. Na frente, Barcos e Fernandinho. O resto? O resto é o silêncio.
Leonardo Oliveira — editor de esportes do Diário Gaúcho
Inter
Abel Braga já escalou Aránguiz. Mas como é impossível jogar com 12, acredito que Alán Patrick comece o clássico e Alex o termine. Um dos dois cederá o lugar para o único jogador de Copa no time com estádio de Copa. Abel não vai mexer no que ajustou diante da área.
Ele encontrou em Wellington um companheiro para auxiliar Willians na marcação. Wellington entrou e encaixou como uma luva no time. Reforçou a marcação e ainda mostrou algum talento no ataque. O arremate no poste contra o Santos, de dentro da área, é de quem sabe o que faz com a bola.
Grêmio
Felipão sabe que, depois do atropelamento sofrido na Copa, o que ele não pode é perder o clássico. Seria desastroso para o Grêmio e para essa sua retomada como técnico. Um empate seria motivo suficiente para ele abrir um bom vinho no domingo à noite e respirar aliviado.
Acredito que por isso ele reforçará a marcação e recheará o meio-campo. Edinho é figura certa. Riveros deve ganhar a parceria de Ramiro. Luan começaria na reserva e, com Fernandinho, seria alternativa para mudar o cenário no segundo tempo. Na lateral-esquerda, como não é hora de arriscar, aposto em Zé Roberto, calejado em grandes jogos e um porto seguro para os nervos de um time instável.
Maurício Saraiva — comentarista da RBSTV
Inter
Abel Braga tem o melhor meio-campo a fazer com Willians ou Wellington - não vejo o primeiro como titular absoluto no Inter — Aranguiz, D'Alessandro, Alex e Alan Patrick. Porém, esperando um Grêmio de marcação reforçada, também o treinador colorado pode adotar esta medida de segurança.
Neste caso, Alan Patrick sobraria, Aranguiz seria adiantado com liberdade ilimitada. Alex ficaria mais preso e D'Alessandro seria liberado para flutuar do meio para a frente. Ernando entra naturalmente na vaga de Paulão. Por mais discutíveis que sejam os laterais, não creio que Abel deixe de escalar Wellington Silva e Fabrício. O Inter vem de três vitórias seguidas no Brasileirão, não faria sentido uma cirurgia na equipe que tem pontuação de vice-líder.
Grêmio
O Luiz Felipe da Copa do Mundo projetou surpreender a Alemanha com um time ofensivo, fazer um gol e trancar a rua. Não deu certo, como não daria depois com o time mais fechado de três volantes contra a Holanda. Na dúvida, porém, creio que o treinador gremista vai apostar na segurança defensiva e, a partir daí, armar uma estratégia de contragolpe. Felippe Bastos atende a esta necessidade.
É jogador de boa marcação, bola parada de primeira no chute de média distância e chegada à frente. Não bastasse, ainda devolveria Giuliano à função onde se dá melhor, quarto homem de meio. Para resguardar o lado por onde o Inter tem mais força ofensiva, Luiz Felipe pode inverter Pará para a esquerda e lançar Mathias Rodriguez na lateral-direita. Na frente, Luan perdeu pontos com seu segundo tempo insuficiente contra o Vitória. Dudu passa a ser o maior candidato a parceiro de Barcos.
Luiz Zini Pires — colunista de Zero Hora
Inter
Dos 11 jogadores que golearam o Grêmio na final do Gauchão, na tarde quente do dia 13 de abril, só dois não vestirão a nova camisa colorada no Gre-Nal 402: Gilberto, hoje reserva, e Paulão, expulso domingo passado. Entre acertos e tropeços, mas no G-4 do Brasileirão, Abel Braga mostra ideias claras sobre futebol - ofensivo, especialmente -, conhece os jogadores e confia num formato de equipe.
Abel repete o time. Sabe que é na sequência de jogos que uma equipe se forma e se fortalece. O técnico treinará jogadas especiais, por certo, quer surpreender o adversário, mesmo favorito, mas sua escalação não apresentará surpresas.
Grêmio
Ao contrário de Abel, Felipão não conhece seus jogadores. Tentará uma aproximação em uma semana, lerá relatórios e gastará horas em conversas com gente da aldeia que sabe do time. Se o Grêmio acredita num técnico milagroso, Felipão tem muita fé, reza para Nossa Senhora do Caravaggio, mas sabe que santo não calça chuteira.
Felipão será MUITO Felipão no clássico. Não faz mal empatar, não para ele que chegou agora. Seu Grêmio será cuidadoso, recheado de atenções defensivas, talvez com três volantes e, se baixar o espirito do Felipão do passado, três zagueiros também. Um novo e famoso técnico de Seleção consegue supermotivar seus atletas em sete dias. Não tem como formatar um time competitivo em tão pouco tempo.
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Zero Hora convidou quatro jornalistas do Grupo RBS a escalar seus times ideais de Inter e Grêmio para o Gre-Nal 402. Confira:
David Coimbra — colunista de Zero Hora
Inter
É fácil escalar o time do Inter. O time do Inter tem de ter Aránguiz. Pode não ter Alex, pode não ter nenhum dos centroavantes, pode não ter nem D'Alessandro, desde que tenha Aránguiz.
Aránguiz tornou-se o centro técnico do time do Inter. Com ele, parece haver mais densidade demográfica no meio-campo. Com ele, D'Alessandro tem com quem dialogar, não porque ambos falam espanhol, mas porque falam a mesma linguagem da bola. Com ele, de repente, o centroavante tem companhia.
O Inter tem de ter Aránguiz. O resto é o silêncio.
Grêmio
Felipão precisa compreender que Renato tinha razão. Quando Renato fechou o time do Grêmio, com três zagueiros na área e três volantes à frente deles, Renato chegou ao vice-campeonato brasileiro. Enderson vislumbrou a luz, essa mesma luz, num Gre-Nal no começo do ano, quando escalou três volantes, foi melhor do que o Inter e só não ganhou por detalhe. Mas essa estabilidade durou até o outro Gre-Nal, o que é emblemático. Então, ele achou que era melhor e fracassou rotundamente, perdendo o rumo para sempre, até ser demitido entre suspiros e lamentações.
Felipão precisa aferrolhar o meio-campo do Grêmio: Edinho há de jogar entre os zagueiros, e outros dois volantes haverão de ser atarraxados diante dele, de preferência Riveros e Felipe Bastos. Completando o meio-campo, Giuliano. Na frente, Barcos e Fernandinho. O resto? O resto é o silêncio.
Leonardo Oliveira — editor de esportes do Diário Gaúcho
Inter
Abel Braga já escalou Aránguiz. Mas como é impossível jogar com 12, acredito que Alán Patrick comece o clássico e Alex o termine. Um dos dois cederá o lugar para o único jogador de Copa no time com estádio de Copa. Abel não vai mexer no que ajustou diante da área.
Ele encontrou em Wellington um companheiro para auxiliar Willians na marcação. Wellington entrou e encaixou como uma luva no time. Reforçou a marcação e ainda mostrou algum talento no ataque. O arremate no poste contra o Santos, de dentro da área, é de quem sabe o que faz com a bola.
Grêmio
Felipão sabe que, depois do atropelamento sofrido na Copa, o que ele não pode é perder o clássico. Seria desastroso para o Grêmio e para essa sua retomada como técnico. Um empate seria motivo suficiente para ele abrir um bom vinho no domingo à noite e respirar aliviado.
Acredito que por isso ele reforçará a marcação e recheará o meio-campo. Edinho é figura certa. Riveros deve ganhar a parceria de Ramiro. Luan começaria na reserva e, com Fernandinho, seria alternativa para mudar o cenário no segundo tempo. Na lateral-esquerda, como não é hora de arriscar, aposto em Zé Roberto, calejado em grandes jogos e um porto seguro para os nervos de um time instável.
Maurício Saraiva — comentarista da RBSTV
Inter
Abel Braga tem o melhor meio-campo a fazer com Willians ou Wellington - não vejo o primeiro como titular absoluto no Inter — Aranguiz, D'Alessandro, Alex e Alan Patrick. Porém, esperando um Grêmio de marcação reforçada, também o treinador colorado pode adotar esta medida de segurança.
Neste caso, Alan Patrick sobraria, Aranguiz seria adiantado com liberdade ilimitada. Alex ficaria mais preso e D'Alessandro seria liberado para flutuar do meio para a frente. Ernando entra naturalmente na vaga de Paulão. Por mais discutíveis que sejam os laterais, não creio que Abel deixe de escalar Wellington Silva e Fabrício. O Inter vem de três vitórias seguidas no Brasileirão, não faria sentido uma cirurgia na equipe que tem pontuação de vice-líder.
Grêmio
O Luiz Felipe da Copa do Mundo projetou surpreender a Alemanha com um time ofensivo, fazer um gol e trancar a rua. Não deu certo, como não daria depois com o time mais fechado de três volantes contra a Holanda. Na dúvida, porém, creio que o treinador gremista vai apostar na segurança defensiva e, a partir daí, armar uma estratégia de contragolpe. Felippe Bastos atende a esta necessidade.
É jogador de boa marcação, bola parada de primeira no chute de média distância e chegada à frente. Não bastasse, ainda devolveria Giuliano à função onde se dá melhor, quarto homem de meio. Para resguardar o lado por onde o Inter tem mais força ofensiva, Luiz Felipe pode inverter Pará para a esquerda e lançar Mathias Rodriguez na lateral-direita. Na frente, Luan perdeu pontos com seu segundo tempo insuficiente contra o Vitória. Dudu passa a ser o maior candidato a parceiro de Barcos.
Luiz Zini Pires — colunista de Zero Hora
Inter
Dos 11 jogadores que golearam o Grêmio na final do Gauchão, na tarde quente do dia 13 de abril, só dois não vestirão a nova camisa colorada no Gre-Nal 402: Gilberto, hoje reserva, e Paulão, expulso domingo passado. Entre acertos e tropeços, mas no G-4 do Brasileirão, Abel Braga mostra ideias claras sobre futebol - ofensivo, especialmente -, conhece os jogadores e confia num formato de equipe.
Abel repete o time. Sabe que é na sequência de jogos que uma equipe se forma e se fortalece. O técnico treinará jogadas especiais, por certo, quer surpreender o adversário, mesmo favorito, mas sua escalação não apresentará surpresas.
Grêmio
Ao contrário de Abel, Felipão não conhece seus jogadores. Tentará uma aproximação em uma semana, lerá relatórios e gastará horas em conversas com gente da aldeia que sabe do time. Se o Grêmio acredita num técnico milagroso, Felipão tem muita fé, reza para Nossa Senhora do Caravaggio, mas sabe que santo não calça chuteira.
Felipão será MUITO Felipão no clássico. Não faz mal empatar, não para ele que chegou agora. Seu Grêmio será cuidadoso, recheado de atenções defensivas, talvez com três volantes e, se baixar o espirito do Felipão do passado, três zagueiros também. Um novo e famoso técnico de Seleção consegue supermotivar seus atletas em sete dias. Não tem como formatar um time competitivo em tão pouco tempo.
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