Em 4 meses, Roger ganha grupo e dá nova vida a desacreditados no Grêmio

Golaço de Maxi é simbólico ao justificar chances concedidas ao elenco desde que treinador assumiu o comando; Edinho, Erazo, Galhardo e Fernandinho são exemplos


Fonte: GloboEsporte

Em 4 meses, Roger ganha grupo e dá nova vida a desacreditados no Grêmio
Técnico tricolor passa confiança aos jogadores e motiva grupo (Foto: Eduardo Moura/GloboEsporte.com)

Mais do que garantidor da vitória do Grêmio sobre o Avaí na noite de sábado por 3 a 1, o golaço de Maxi Rodríguez na Arena é simbólico. Pouco aproveitado por Felipão em sua passagem pelo Grêmio entre 2014 e 2015, o uruguaio pode ser mais um jogador recuperado por Roger Machado em quatro meses de trabalho. Com métodos modernos de treinamento e a confiança do grupo, o treinador começa a se destacar também por resgatar o futebol de atletas desacreditados pela torcida.

Fora dos planos com Luiz Felipe Scolari, o meia de 24 anos foi emprestado ao Vasco no segundo semestre do ano passado para ganhar experiência. No início de 2015, seguiu para a Universidad de Chile, no qual disputou a Libertadores. Depois do encerramento do contrato de empréstimo com os chilenos, Roger pediu-o de volta à direção. Justificou que seria mais uma opção importante para o elenco - principalmente quando Douglas estivesse ausente -, já que o Grêmio encara uma política de contenção de gastos.

- Desde que voltou, o Maxi foi um desejo da gente para que permanecesse. Fui muito claro e honesto com ele, da utilidade que gostaríamos que tivesse no clube. Falei que precisava que ele competisse mais, que aproveitasse as oportunidades. E fez o golaço hoje (sábado). Não tem esmorecido. A recompensa foi ter entrado e ter feito aquele gol. Quando ele puxou para dentro e veio para a esquerda, eu imaginei que o goleiro iria buscar a bola no fundo do gol - comentou Roger após a vitória sobre o Avaí.

Mais um belo gol para a lista de Maxi, que ainda é curta no Grêmio - são sete marcados desde 2013. É possível lembrar outros quatro tentos de encher os olhos do torcedor. No Brasileirão de 2013, contra o Criciúma, e duas vezes no mesmo jogo contra o Flamengo. Em 2014, decidiu a vitória contra o Botafogo, em partida disputada no Alfredo Jaconi, em Caxias do Sul.

Outros quatro jogadores também podem colocar em Roger Machado a “culpa” pela recuperação do bom futebol no Grêmio. O exemplo mais emblemático é o volante Edinho, que ficou seis meses treinando separado do grupo por determinação de Felipão. Chamado de volta por Roger em junho, ele tornou-se o principal reserva para ausências de Walace ou Maicon. Já soma 19 jogos em 2015.

Agradecido ao treinador, Edinho falou que vai guardar Roger “no coração” por tê-lo resgatado. Além da energia e da entrega, virou uma peça fundamental nas formações do time. Movimenta-se de forma diferente e tem ainda duas assistências para gol no Brasileirão. Depois do jogo contra o Avaí, voltou a elogiar o técnico pelo poder de manter o grupo todo motivado, “não apenas 10, 12 jogadores”.


Edinho é a primeira opção nas ausências de Walace ou Maicon (Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA)


Já Erazo chegou à Arena por empréstimo, em um acordo costurado com Flamengo e Barcelona-ECU. Começou o ano irregular, provocando insegurança na torcida quando atuava até mesmo no Gauchão. Porém, após a saída de Rhodolfo, assumiu a zaga ao lado de Geromel e manteve por algum tempo a defesa menos vazada do Brasileirão. Hoje, ninguém mais questiona suas performances.

Galhardo foi outro que desembarcou sob desconfiança no Salgado Filho. Era citado como “o jogador que tirou o Grêmio da Libertadores” por ter marcado um gol de falta pelo Bahia no Brasileirão de 2014. Ficou quase metade do ano na reserva do argentino Matías Rodriguez. Única opção para a posição, ganhou a confiança de Roger e tem se destacado pela ofensividade. Além disso, já marcou o gol de falta que devia, diante do Joinville, na Arena.

Por fim, o atacante Fernandinho foi emprestado ao Verona, da Itália, no começo de 2015. Retornou para o segundo semestre. Esperou e agora contabiliza 18 jogos com a camisa do Grêmio, entre Brasileirão e Copa do Brasil. No Gre-Nal do 5 a 0, entrou no segundo tempo, fez um gol e a jogada do último. Ganhou a posição de Pedro Rocha no ataque, mas ainda sofre com a recomposição defensiva. Um acerto a mais para definir junto ao “resgatista” Roger Machado.


Erazo marcou seu primeiro gol diante do Joinville, na Arena (Foto: Lucas Uebel/ Divulgação Grêmio)


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