Barça e Real ganham, disparados, muito mais do que os outros times da Espanha (Foto: Javier Soriano/AFP)
Com Flamengo e Corinthians recebendo 18,3% das cotas de televisão da Série A do Brasileiro em 2015, a discussão que surge, principalmente entre os outros clubes da competição, é se o futebol brasileiro está rumo a um cenário similar ao da Espanha, onde Real Madrid e Barcelona reinam absolutos na arrecadação da verba da TV. Mas o quadro do Brasil é tão desigual assim? Para o presidente do Santos, Modesto Roma - por exemplo -, sim, já que não há no horizonte uma divisão mais igualitária.
– Precisamos tomar cuidado para não cairmos na espanização do futebol brasileiro. No Brasil cabem quatro Espanhas. Tem mais gente para dividir o dinheiro. A espanização é ruim. Vamos fazer uma britanização. Mas ninguém está querendo abaixar o valor de Corinthians e Flamengo – afirmou ele, referindo-se ao modelo de divisão adotado na Premier League inglesa.
O presidente do Atlético-MG, Daniel Nepomuceno, vai além:
- Assim, só vão existir dois clubes no Brasil. Flamengo e Corinthians pegam a melhor cota da Globo, do patrocínio do governo...
Por outro lado, a Globo se defende usando algumas estatísticas. A primeira delas para dizer que o Brasil está longe de ser Espanha é o somatório do percentual recebido pelos dois clubes que mais ganham no país. Nesse ponto de vista, o Brasil ainda está mesmo longe da Espanha, já que Real e Barça abocanham mais de 37%.
Outro número é a proporção que o primeiro recebe em comparação ao último clube do campeonato. Para o diretor da Globo Esportes, Marcelo Campos Pinto, 3,3 para 1 é uma proporção aceitável.
– Tentamos fazer com que não haja uma diferença muito maior que 3,2 no grupo dos 18. Achamos que, no momento em que fuja do controle, precisa haver redistribuição – disse o executivo da emissora, em palestra no Rio.
Novos contratos entrarão em vigor a parir de 2016. Flamengo e Corinthians continuarão recebendo mais. Marcelo Campos Pinto diz que o montante não do tamanho que chegou a ser ventilado:
–Os números são protegidos por sigilo. Não posso revelá-los, mas não vão receber R$ 170 milhões. Algumas dezenas de milhões a menos.
Pay-Per-View é maior objeto de discórdia
O item que é mais atacado pelos dirigentes é o critério de distribuição da verba da TV fechada, responsável pela disparidade na distribuição, já que as cotas de TV aberta – ainda que distintas – são mais próximas. No atual modelo, a divisão do pay-per-view é feita mediante pesquisas de Ibope e Datafolha, com cerca de 2 milhões de assinantes.
– Essa questão é mais pelo pay-per-view. Isso tem que ser revisto. Somos o quarto na venda, com numero menor de exposição do clube – apontou o presidente do Atlético-MG, Daniel Nepomuceno, que, apesar de contestar, vê poucas chances de alterações nos próximos três anos:
– O contrato está assinado, não tem como mudar agora.
A questão da TV fechada é algo que a própria Globo reconhece ser um fator desequilibrante:
– Não é a diferença entre os percentuais (de TV aberta) que vai fazer com que um clube ganhe três vezes mais do que outro. Quando se olha para o pay-per-view é que as coisas são diferentes. A variação é atrelada ao resultado de campo. Mas não vemos Flamengo e Corinthians descolando tanto – disse Marcelo Campos Pinto.
"A lógica de negócio está errada"
Amir Somoggi - Consultor em gestão esportiva
Atualmente, o Brasil não está igual à Espanha, claro, mas ficaremos se não alterarmos o modelo. É uma lóigica errada no ponto de vista de negócio. Se os clubes que a TV paga tanto vão mal, desmorona o castelo da competição. Nas outras ligas, existe um fator determinante para o sucesso é que metade do valor das cotas é dividido de forma igual. Aí então poderia até incluir a audiência nos outros aspectos a serem considerados, dentro dos 50% dos restantes. Mas os clubes têm que entender que o ideal é que a receita de TV represente 40%, no máximo, do bruto. É preciso desenvolver receitas de marketing e estádios.
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Com Flamengo e Corinthians recebendo 18,3% das cotas de televisão da Série A do Brasileiro em 2015, a discussão que surge, principalmente entre os outros clubes da competição, é se o futebol brasileiro está rumo a um cenário similar ao da Espanha, onde Real Madrid e Barcelona reinam absolutos na arrecadação da verba da TV. Mas o quadro do Brasil é tão desigual assim? Para o presidente do Santos, Modesto Roma - por exemplo -, sim, já que não há no horizonte uma divisão mais igualitária.
– Precisamos tomar cuidado para não cairmos na espanização do futebol brasileiro. No Brasil cabem quatro Espanhas. Tem mais gente para dividir o dinheiro. A espanização é ruim. Vamos fazer uma britanização. Mas ninguém está querendo abaixar o valor de Corinthians e Flamengo – afirmou ele, referindo-se ao modelo de divisão adotado na Premier League inglesa.
O presidente do Atlético-MG, Daniel Nepomuceno, vai além:
- Assim, só vão existir dois clubes no Brasil. Flamengo e Corinthians pegam a melhor cota da Globo, do patrocínio do governo...
Por outro lado, a Globo se defende usando algumas estatísticas. A primeira delas para dizer que o Brasil está longe de ser Espanha é o somatório do percentual recebido pelos dois clubes que mais ganham no país. Nesse ponto de vista, o Brasil ainda está mesmo longe da Espanha, já que Real e Barça abocanham mais de 37%.
Outro número é a proporção que o primeiro recebe em comparação ao último clube do campeonato. Para o diretor da Globo Esportes, Marcelo Campos Pinto, 3,3 para 1 é uma proporção aceitável.
– Tentamos fazer com que não haja uma diferença muito maior que 3,2 no grupo dos 18. Achamos que, no momento em que fuja do controle, precisa haver redistribuição – disse o executivo da emissora, em palestra no Rio.
Novos contratos entrarão em vigor a parir de 2016. Flamengo e Corinthians continuarão recebendo mais. Marcelo Campos Pinto diz que o montante não do tamanho que chegou a ser ventilado:
–Os números são protegidos por sigilo. Não posso revelá-los, mas não vão receber R$ 170 milhões. Algumas dezenas de milhões a menos.
Pay-Per-View é maior objeto de discórdia
O item que é mais atacado pelos dirigentes é o critério de distribuição da verba da TV fechada, responsável pela disparidade na distribuição, já que as cotas de TV aberta – ainda que distintas – são mais próximas. No atual modelo, a divisão do pay-per-view é feita mediante pesquisas de Ibope e Datafolha, com cerca de 2 milhões de assinantes.
– Essa questão é mais pelo pay-per-view. Isso tem que ser revisto. Somos o quarto na venda, com numero menor de exposição do clube – apontou o presidente do Atlético-MG, Daniel Nepomuceno, que, apesar de contestar, vê poucas chances de alterações nos próximos três anos:
– O contrato está assinado, não tem como mudar agora.
A questão da TV fechada é algo que a própria Globo reconhece ser um fator desequilibrante:
– Não é a diferença entre os percentuais (de TV aberta) que vai fazer com que um clube ganhe três vezes mais do que outro. Quando se olha para o pay-per-view é que as coisas são diferentes. A variação é atrelada ao resultado de campo. Mas não vemos Flamengo e Corinthians descolando tanto – disse Marcelo Campos Pinto.
"A lógica de negócio está errada"
Amir Somoggi - Consultor em gestão esportiva
Atualmente, o Brasil não está igual à Espanha, claro, mas ficaremos se não alterarmos o modelo. É uma lóigica errada no ponto de vista de negócio. Se os clubes que a TV paga tanto vão mal, desmorona o castelo da competição. Nas outras ligas, existe um fator determinante para o sucesso é que metade do valor das cotas é dividido de forma igual. Aí então poderia até incluir a audiência nos outros aspectos a serem considerados, dentro dos 50% dos restantes. Mas os clubes têm que entender que o ideal é que a receita de TV represente 40%, no máximo, do bruto. É preciso desenvolver receitas de marketing e estádios.
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