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Titular, Fernandinho se cobra por gols e corre por colegas que pediram volta

Atacante tem meta para 2015, embora não divulgue quantas vezes planeja balançar as redes, e fala também sobre função: 'Meu irmão confunde e diz: Lateral-esquerdo'


Fonte: GloboEsporte

Titular, Fernandinho se cobra por gols e corre por colegas que pediram volta
Fernandinho vive bom momento no Tricolor (Foto: Eduardo Moura/GloboEsporte.com)

Há duas partidas, o Grêmio tem um novo titular. E, pelas palavras de Roger Machado, sem muita possibilidade de deixar o time. Fernandinho é o novo dono da ponta esquerda. Mas ainda não está satisfeito. O trabalho não para. O atacante se cobra, diariamente, para ver a rede balançando, como foi no Gre-Nal do dia 9 de agosto, no seu único gol com o manto gremista. As metas colocadas ficam martelando a cabeça do camisa 77, sem que ninguém tome conhecimento dos números. Até para fazer justiça aos companheiros que pediram seu retorno ao Tricolor, algo que ocorreu quando seu futuro estava indefinido em 2015.

Dois ex-companheiros de São Paulo e que estavam na liderança do vestiário, Maicon e Rhodolfo, falaram com o presidente Romildo Bolzan Júnior para contar com o atacante no restante do ano. Os contatos ajudaram na decisão do mandatário de reintegrar Fernandinho, considerado reforço para a sequência de 2015. Tanto que ganhou a posição após bons rendimentos consecutivos com Roger.

- Isso foi muito bacana, é algo que irei guardar. Não é algo que acontece normalmente, o grupo ir pedir a volta de um jogador que já esteve no elenco. Fiquei muito feliz, liguei para alguns para agradecer. A melhor forma de retribuir é dando meu melhor. Voltei ainda mais motivado. Motiva. Não tem como não correr por um cara que foi falar com o presidente para você voltar - disse o atacante em contato por telefone com o GloboEsporte.com.

Fernandinho claramente se cobra por rendimento melhor. Após o jogo com o Joinville, por exemplo, quando entrou no intervalo e melhorou o time, comemorou a atuação. Mas ainda no túnel de saída do campo da Arena, lamentou não ter tido oportunidade de fazer gol. Até agora, marcou seu gol solitário no clássico. Mas, se depender dos planos do atleta, por pouco tempo.

- Eu cobro, cobro demais. As bolas que passam e eu não consegui chegar, as que estou mal posicionado, é algo que faço individuamentel. Procuro colocar metas, guardo mais para mim. Quando consigo alcançar, acabo falando.Todos os jogadores têm, mas o objetivo maior são as metas alcançadas todos juntos. Mas tenho, sim - admitiu, sem revelar os gols.

GloboEsporte.com: Como você ficou sabendo que seria titular do Grêmio? Houve algum tipo de conversa especial?
Fernandinho: Na realidade eu fui ganhando nos treinos, procurando agradar no treinamento, no dia a dia. E entrando nos jogos, tentando dar o melhor e trabalhando com dedicação e agradar ao técnico. E aí no jogo que eu iniciei, fiquei sabendo na hora da preleção, no hotel. A equipe titular mal treinou, na sequência dos jogos.
O Grêmio hoje, como todos clubes, vive uma maratona de jogos. Dificulta entrar neste momento na equipe, sem poder treinar, imagino…
É verdade, dificulta um pouco, mas tem que aproveitar. Como tem treinado pouco e jogado bastante, vamos pegando e se conhecendo durante as partidas. Fica mais demorado, mas dá para conseguir. Temos jogado bem, merecíamos muito a vitória contra o Coritiba, apesar do cansaço. Todos irão passar por isso, jogo das 11h, que é uma adaptação nova, vão passar. A questão de um tempo de um jogo para o outro, torço que seja para todos isso. Temos descansado e usado os recursos que nos favorecem para chegar nos jogos bem.

Que diferença há entre entrar nos jogos e ser titular?
Sempre achei muito difícil entrar nos jogos. Você entra descansado, de sangue novo, em um ritmo muito abaixo de quem está jogando. Faz tudo, aquece, mas os caras estão a 200km/hora e você tem que elevar o quanto antes para igualar. Aí quando consegue e passa o momento do abafa, desenvolve. Às vezes nem dá tempo de atingir o mesmo ritmo. Quando tenta elevar esse nível o mais rápido possível, leva vantagem.

E quando começa?
Começar, eu sempre penso que tenho que entrar não para jogar nos 90 minutos. Procuro não me poupar. Meu objetivo é entrar e do primeiro ao último minuto, seja aos 90, aos 70, aos 80, assim que estiver cansado ou o treinador achar que for melhor me substituir, quero dar o melhor. É algo que tenho me cobrado bastante, meu advogado também cobra. Tenho procurado fazer o meu melhor.


Fernandinho vibrou com pedido dos colegas para que voltasse (Foto: Lucas Uebel/Grêmio)

Os seus companheiros pediram para você voltar. Como encarou isso?
Isso foi muito bacana, é algo que irei guardar. Não é algo que acontece normalmente, o grupo ir pedir a volta de um jogador que já esteve no elenco. Fiquei muito feliz, liguei para alguns para agradecer. A melhor forma de retribuir é dando meu melhor. Voltei ainda mais motivado. Motiva. Não tem como não correr por um cara que foi falar com o presidente para você voltar.

Após um jogo, na saída de campo, você disse que estava feliz pela vitória, mas que também queria seu gol. Você se cobra muito por isso, por dar passes para gol?
Eu cobro, cobro demais. As bolas que passam e eu não consegui chegar, as que estou mal posicionado, é algo que faço individual. Procuro colocar metas, guardo mais para mim. Quando consigo alcançar, acabo falando. Sempre guardo e me cobro. Mas vem sempre ligada ao grupo, não só metas individuais. Todos os jogadores têm, mas o objetivo maior são as metas alcançadas todos juntos. Mas tenho, sim. Me cobro de gols, assistências, parte defensiva também. Tem jogo que a gente acaba sofrendo, e quanto mais o atacante ajuda, menos sofremos.

E tem meta para este ano?
Eu prefiro não falar, guardar para mim. Nem para minha esposa eu falei (risos), mas vou falar. Para ela dar uma orada por mim também. Ao final do ano, eu vejo se cheguei no número.
Você citou que busca ajudar a defesa. Tem até aparecido como lateral em alguns jogos…
Tem acontecido, meu irmão até confunde e diz “está de lateral-esquerdo!”. Meu companheiro ataca e aquele que tiver mais próximo, volta. Ele está mais próximo do gol e eu mais distante, por ultrapassagem, e o time perde a bola, se eu tiver mais perto eu volto na dele e ele na minha. E a gente descansa. É bacana, acontece do meu lado, comigo ou com o Pedro, como do lado do Giuliano e Galhardo.


Fernandinho valoriza confiança de Roger (Foto: Eduardo Moura/GloboEsporte.com)



Que avaliação faz dos seus primeiros jogos como titular?
Olha, eu estou procurando dar o melhor, só assim vou conseguir atingir o ápice da parte física. Primeiro, agradeço pela confiança e pela sequência. Para eu alcançar o melhor ritmo de jogo, preciso dar o máximo, treinar no limite. Agora não que estamos mais descansando. Mas durante os jogos. Tentar descansar e chegar o melhor possível. Ir ao limite, para alcançar melhor parte física, ritmo de jogo, para chegar igual aos companheiros. Meu objetivo é ajudar.

Esse último jogo já foi melhor, não?
Já achei bem melhor, apesar do jogo ser às 11h.

Facilita ter um centroavante como o Bobô na área?
São características diferentes, o Luan tem a movimentação, não para e dá opção o tempo inteiro. E consegue estar na área nos momentos que conseguimos as jogadas individuais pelo lado. Já o Bobô, fica mais, faz a parede, estamos conhecendo ele agora, dá opção em uma diagonal, e isso é legal. É do centroavante, que ele faz rápido para finalizar. E cruzamento ele está sempre lá brigando. Vai muito bem na parte aérea, vai com certeza nos ajudar muito. São características diferentes, mas os dois são efetivos.

Muda um pouco o estilo.
Muda, sim, estamos acostumados com um jogador que trabalha como falso-nove, é um jeito. E passar a jogar com um camisa 9, é de outro jeito. Mas acho que não terá tanto dificuldade porque teremos muitas jogadas pelos lados. E favorece ao centroavante.


Fernandinho comemora seu gol no 5 a 0 sobre o Inter (Foto: Eduardo Moura/GloboEsporte.com)


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