O frio que atingiu Porto Alegre em 16 de agosto de 1995 não afugentou os gremistas do Estádio Olímpico. Pelo contrário. Deu charme especial às arquibancadas repletas de torcedores para empurrar o Grêmio rumo a um triunfo sobre o já conhecido Emelec - rival também na primeira fase - para avançar à grande final da Libertadores da América. Dentro de campo, o urro otimista dos fãs se materializava em um ainda mais confiante Jardel. O centroavante pisou o gramado trajando duas camisas tricolores de mangas cumpridas. Sintoma do gélido inverno gaúcho, sentido na pele pelo cearense? Nada disso. Era a certeza de que o matador, artilheiro da competição, então com nove tentos anotados, voltaria a balançar as redes.
Tão nítida quanto as memórias dos gremistas acerca das batalhas do título de 1995 era a certeza de Jardel naquela noite. Quase uma previsão de que balançaria as redes. Como o fez. Anotou o segundo gol da vitória por 2 a 0 e logo correu na direção das arquibancadas para, enfim, explicar o motivo da segunda camiseta: era um presente aos fãs, arremessado com euforia pelo goleador. Como se ele precisasse de mais motivos para fazê-los sorrir.
A felicidade do atacante despertou a fúria do Emelec, que já havia feito os tricolores sofrerem no jogo da ida, num memorável e sofrido 0 a 0. Longe do frio da capital gaúcha, os equatorianos marcaram o jogo para o forte calor do meio-dia, em Guayaquil. Valeram-se do fator local para tentar sufocar o Grêmio. Colocaram duas bolas na trave e chegaram a balançar as redes, em tento irregular, com a mão.
> Assista às histórias da semifinal nos web documentários:
QUASE SEM DANRLEI NO "INFERNO" AO MEIO-DIA
10.08.1995 - Emelec 0 x 0 Grêmio - Estádio Modelo
Danrlei, sobre o sofrido confronto com o Emelec:
"Eles botaram o jogo ao meio-dia de lá para mudar nossa organismo em relação ao almoço. Colocaram para o meio-dia num calor dos infernos, e eles já treinando para o jogo no horário.Sabíamos que ia ser complicado. Mudaram para um estádio com grama não tão boa. Eram um time muito bom, base da seleção equatoriana. Foi difícil segurar o 0 a 0 contra jogadores que atuaram uma vida na seleção deles. O que mais lembro é que a gente entrou em campo, e o juiz mandou eu trocar o material inteiro. Tive que trocar toda a roupa que estava. Quando eu voltei, estava o Murilo no gol, e o árbitro pronto para apitar o começo do jogo. Cheguei, pisei o gramado, o Murilo saiu, e o juiz apitou o começo do jogo. Aconteceu até isso. O jogo foi difícil, com catimba, eles eram muito fortes".
Alexandre Gaúcho, sobre o forte calor no Equador:
"Não tem como uma confederação aceitar esse tipo de coisa. É desumano. É perigoso. Nós vemos tantas mortes dentro do futebol por coisas bobas... Fizeram isso porque facilitaria para eles, então, acho que isso aí é uma falta de organização. E, sinceramente, de respeito com o ser humano".
VITÓRIA COM A MARCA DE JARDEL
16.08.1995 - Grêmio 2 x 0 Emelec - Estádio Olímpico
Jardel, após ter entrado em campo com duas camisas contra o Emelec:
"Tirei a camisa, tinha outra por baixo. Queria saber quem pegou para eu autografar. Eu sabia que ia fazer o gol. Que pergunta que você fez. É óbvio que eu sabia que ia fazer o gol. Se eu pudesse entrar com três camisas, era bom. Estou brincando. É bom quando você está com o time encaixadinho, confiante. As coisas fluem naturalmente".
Carlos Miguel, sobre a partida:
"A confiança que tínhamos para jogar no Olímpico era muito grande. Nunca chegávamos com o pensamento de que estava morto, mas a confiança era muito grande. Esse jogo contra o Emelec, não sei quantas mil pessoas tinha, mas o estádio estava lotado. O jogo foi tarde, e às 20h30 já estava lotado. Então fomos com motivação muito grande de passar. Ali, era o que faltava para chegar à final. Não demos chances. Fizemos gol logo no começo com Paulo Nunes, depois com Jardel. Acabamos matando o jogo e ali começamos a pensar somente no Nacional".
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Tão nítida quanto as memórias dos gremistas acerca das batalhas do título de 1995 era a certeza de Jardel naquela noite. Quase uma previsão de que balançaria as redes. Como o fez. Anotou o segundo gol da vitória por 2 a 0 e logo correu na direção das arquibancadas para, enfim, explicar o motivo da segunda camiseta: era um presente aos fãs, arremessado com euforia pelo goleador. Como se ele precisasse de mais motivos para fazê-los sorrir.
A felicidade do atacante despertou a fúria do Emelec, que já havia feito os tricolores sofrerem no jogo da ida, num memorável e sofrido 0 a 0. Longe do frio da capital gaúcha, os equatorianos marcaram o jogo para o forte calor do meio-dia, em Guayaquil. Valeram-se do fator local para tentar sufocar o Grêmio. Colocaram duas bolas na trave e chegaram a balançar as redes, em tento irregular, com a mão.
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Alexandre Gaúcho, sobre o forte calor no Equador:
"Não tem como uma confederação aceitar esse tipo de coisa. É desumano. É perigoso. Nós vemos tantas mortes dentro do futebol por coisas bobas... Fizeram isso porque facilitaria para eles, então, acho que isso aí é uma falta de organização. E, sinceramente, de respeito com o ser humano".
VITÓRIA COM A MARCA DE JARDEL
16.08.1995 - Grêmio 2 x 0 Emelec - Estádio Olímpico
Jardel, após ter entrado em campo com duas camisas contra o Emelec:
"Tirei a camisa, tinha outra por baixo. Queria saber quem pegou para eu autografar. Eu sabia que ia fazer o gol. Que pergunta que você fez. É óbvio que eu sabia que ia fazer o gol. Se eu pudesse entrar com três camisas, era bom. Estou brincando. É bom quando você está com o time encaixadinho, confiante. As coisas fluem naturalmente".
Carlos Miguel, sobre a partida:
"A confiança que tínhamos para jogar no Olímpico era muito grande. Nunca chegávamos com o pensamento de que estava morto, mas a confiança era muito grande. Esse jogo contra o Emelec, não sei quantas mil pessoas tinha, mas o estádio estava lotado. O jogo foi tarde, e às 20h30 já estava lotado. Então fomos com motivação muito grande de passar. Ali, era o que faltava para chegar à final. Não demos chances. Fizemos gol logo no começo com Paulo Nunes, depois com Jardel. Acabamos matando o jogo e ali começamos a pensar somente no Nacional".
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