Força total para a Copa... e para o que der e vier

Hoje, o Grêmio tem o jogo de volta pela Copa do Brasil, contra o Coritiba, às 21h, na Arena. Exceto o desfalque de Maicon, Roger prometeu o time com força total nesta competição, ratificando que o clube não vai dar preferência a um dos campeonatos que disputa, pelo menos por enquanto.

Muito se discutiu acerca da necessidade de optar por uma competição de agora em diante ou, até mesmo, de realizar um rodízio na equipe, afim de poupar jogadores do desgaste físico. No entanto, o tricolor parece deixar claro que pretende pensar em uma partida de cada vez, para, assim, conseguir manter o foco tanto no Brasileirão, como na Copa do Brasil. Ao meu ver, o foco deveria ser em manter-se no G4, porque é o objetivo mais adequado para o elenco gremista. Por outro lado, já ouvi de vários torcedores a preferência de focar completamente no título da Copa do Brasil, pois o Grêmio não teria estrutura, nem mesmo no ano que vem, para disputar a Libertadores.

A realidade é que as escolhas feitas durante o ano só vão ser um sucesso ou insucesso ao final da temporada. Não há como julgar plenamente a situação no momento atual, nem mesmo a escolha de não optar por nenhuma competição. Afinal, se analisarmos o Grêmio de agora, temos bola no pé para ganhar as duas competições, entretanto o que não temos é elenco para repor peças que podem vir a desfalcar. O futebol que o time está realizando em campo é capaz de vencer qualquer adversário e, digo sem medo, que o Grêmio tem o sistema de jogo mais avançado e mais bem executado que seus principais adversários (Galo, Corinthians, Fluminense, Palmeiras, São Paulo...). A diferença é que estes adversários têm elenco para suportar os desafios que uma competição de pontos corridos exige, concomitante à disputa de um mata-mata.

Na Copa do Brasil, Corinthians, Galo e Flamengo já não estão mais na disputa. Para nós, torcedores, é um caminho que se abre para o tão desesperado título que acalmaria nossos corações dilacerados. Talvez o segredo seja esse mesmo, de enfrentar um jogo por vez, sem tentar adivinhar muito o futuro. Ou, quem sabe, o nosso desejo de “sair da fila” não esteja atrapalhando uma análise mais coerente do momento? No fim das contas, é melhor cumprirmos apenas nosso papel de torcedores e estarmos do lado do time na competição que o Grêmio estiver. Contra quem tiver que ser. Hoje é contra o Coxa e tudo que nós queremos é, mais uma vez, a vitória.

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