O lobby dos árbitros derrubou a obrigação de sortear quem apitará cada jogo e abriu brecha para a CBF aumentar o poder nas escalas. Ou seja, a Anaf (Associação Nacional de Arbitros de Futebol), que ameaça greve por não levar 0,5% do direito de arena, teve uma demanda atendida na Lei do Profut. Com isso, a confederação deve acabar com o sorteio em 2016.
A Lei do Profut alterou o artigo 32 do Estatuto do Torcedor. Antes, o texto obrigava que a definição de juízes ocorresse por meio de bolinhas sorteadas. Agora, pode ser feito desta forma ou com audiência pública.
“Foi um pleito dos árbitros para que pudesse ser realizado por audiência pública (a escala) que resolvi atender. Os árbitros têm muitos argumentos neste sentido'', contou o deputado federal Otávio Leite (PSDB-RJ), que era o relator do projeto de lei. “Até o Arnaldo César Coelho (comentarista da Globo) veio me dizer que era melhor sem sorteio.''
Segundo Leite, a comissão de arbitragem da CBF, cujo presidente é Sérgio Corrêa, também opinou pelo fim do sorteio. O blog não conseguiu confirmar essa informação, mas é certo que a confederação sempre foi contra o uso de bolinhas para definir escalas. Tanto que já tem um projeto para acabar com esse.
“Pedimos, sim, o fim do sorteio e nisso fomos atendidos. Eles mantiveram a possibilidade, mas pode fazer por audiência pública'', explicou o presidente da Anaf, Marco Antônio Martins. “Imagine se no seu jornal tivesse que sortear quem vai fazer a matéria? Não dá para fazer carreira assim. Tem árbitros Fifa que ficam semanas sem atuar.''
Martins, no entanto, apresentou um argumento contraditório: disse que, na prática, o sorteio já é direcionado para poucos juízes. “O que se sorteia é o jogo e não o juiz da forma que é feito'', disse. Não conseguiu explicar como um árbitro Fifa pode ficar sem atuar durante muito tempo se há um tendência a só usar os juízes mais fortes.
Ainda não está claro como a CBF fará a audiência pública para escolher árbitros. Sua intenção é ouvir o governo federal para definir a metodologia. O Ministério do Esporte confirmou que a definição dos juízes pode ocorrer neste tipo de audiência, mas disse que o método terá de ser regulamentado.
“O artigo 32 do Profut cria ainda mais transparência ao processo de escolha dos árbitros para as partidas de futebol, ao acrescentar a possibilidade de a escolha ser feita em audiência pública transmitida ao vivo pela internet. Esse item, porém, ainda precisa de regulamentação'', disse o Ministério do Esporte.
A fórmula pensada pela entidade é definir os nomes e permitir que os clubes opinem. Mas Martins entende que os times não podem ter poder de veto.
Satisfeitos com o provável fim do sorteio, a Anaf mantém a pressão para que o governo dê 0,5% do direito de arena para os árbitros. Prometem entrar com uma ação na Justiça nesta quarta-feira contra a Globo para exigir que a imagem dos árbitros não seja vinculada na transmissão dos jogos. Isso depois de fazer protesto em uma rodada com consentimento da CBF.
“Será um pedido de liminar. Depende do juiz. Se ele der, pode valer já na rodada desta quarta-feira'', contou Martins. O blog questionou o presidente da Anaf se era o momento ideal para fazer reivindicações após vários erros cometidos no final de semana no Brasileiro. “Não posso dizer que é bom. Mas erros sempre vão acontecer. A maioria foi de interpretação'', minimizou.
Certo é que, errados ou certos, os árbitros parecem ter a CBF ao seu lado. Principalmente quando fazem lobby que atende os interesses da confederação.
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“Foi um pleito dos árbitros para que pudesse ser realizado por audiência pública (a escala) que resolvi atender. Os árbitros têm muitos argumentos neste sentido'', contou o deputado federal Otávio Leite (PSDB-RJ), que era o relator do projeto de lei. “Até o Arnaldo César Coelho (comentarista da Globo) veio me dizer que era melhor sem sorteio.''
Segundo Leite, a comissão de arbitragem da CBF, cujo presidente é Sérgio Corrêa, também opinou pelo fim do sorteio. O blog não conseguiu confirmar essa informação, mas é certo que a confederação sempre foi contra o uso de bolinhas para definir escalas. Tanto que já tem um projeto para acabar com esse.
“Pedimos, sim, o fim do sorteio e nisso fomos atendidos. Eles mantiveram a possibilidade, mas pode fazer por audiência pública'', explicou o presidente da Anaf, Marco Antônio Martins. “Imagine se no seu jornal tivesse que sortear quem vai fazer a matéria? Não dá para fazer carreira assim. Tem árbitros Fifa que ficam semanas sem atuar.''
Martins, no entanto, apresentou um argumento contraditório: disse que, na prática, o sorteio já é direcionado para poucos juízes. “O que se sorteia é o jogo e não o juiz da forma que é feito'', disse. Não conseguiu explicar como um árbitro Fifa pode ficar sem atuar durante muito tempo se há um tendência a só usar os juízes mais fortes.
Ainda não está claro como a CBF fará a audiência pública para escolher árbitros. Sua intenção é ouvir o governo federal para definir a metodologia. O Ministério do Esporte confirmou que a definição dos juízes pode ocorrer neste tipo de audiência, mas disse que o método terá de ser regulamentado.
“O artigo 32 do Profut cria ainda mais transparência ao processo de escolha dos árbitros para as partidas de futebol, ao acrescentar a possibilidade de a escolha ser feita em audiência pública transmitida ao vivo pela internet. Esse item, porém, ainda precisa de regulamentação'', disse o Ministério do Esporte.
A fórmula pensada pela entidade é definir os nomes e permitir que os clubes opinem. Mas Martins entende que os times não podem ter poder de veto.
Satisfeitos com o provável fim do sorteio, a Anaf mantém a pressão para que o governo dê 0,5% do direito de arena para os árbitros. Prometem entrar com uma ação na Justiça nesta quarta-feira contra a Globo para exigir que a imagem dos árbitros não seja vinculada na transmissão dos jogos. Isso depois de fazer protesto em uma rodada com consentimento da CBF.
“Será um pedido de liminar. Depende do juiz. Se ele der, pode valer já na rodada desta quarta-feira'', contou Martins. O blog questionou o presidente da Anaf se era o momento ideal para fazer reivindicações após vários erros cometidos no final de semana no Brasileiro. “Não posso dizer que é bom. Mas erros sempre vão acontecer. A maioria foi de interpretação'', minimizou.
Certo é que, errados ou certos, os árbitros parecem ter a CBF ao seu lado. Principalmente quando fazem lobby que atende os interesses da confederação.
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